As Lesoes Renais (Glomerulopatias 2) Flashcards

1
Q

D) Síndrome Nefrótica

A

Alteração na permeabilidade proteína no glomérulo

DEFINIÇÃO (!!!)

1) Proteinúria > 3,5g/dia (ADULTOS) ou > 40-50mg/kg/dia (CRIANÇA) —> ou Relação proteína/creatina (amostra de urina)
Se < 0,2 normal
Se 0,2 - 2,0 proteína nefrítica
Se > 2,0 síndrome nefrótica
EAS: apenas da noção.

2) Hipoalbuminemia

+ Queda albumina

+ Queda de antitrombina III (anticoagulante endógeno - risco de trombose), IgG (anticorpo de proteção contra germes encapsulados - pneumococo), transferrina (anemia ferropriva pouco responsivo a reposição de ferro)

+ AUMENTO da Alfa-2 Globulina: ela é muito grande e mesmo na condição de nefrótica ela não passa. O fígado, devido a hipoproteinemia generalizada, é estimulado à produção maciça de proteínas como forma de compensação e uma delas é alfa-2 levando ao seu aumento.

3) EDEMA: devido à queda da pressão oncótica (perda de proteína) - pode levar à formação de ascite com aumento do risco de para infecção secundária com translocação bacteriana levando a PBE (queda da defesa por perda de anticorpo) por pneumococo (diferente do cirrótico que é por E. coli)

4) HIPERLIPIDEMIA: mesmo processo de produção compensatória de proteína pelo fígado (lipoproteínas) + lipidúria, cilindros graxos na urina

CLÍNICA: urina espumosa, edema,

COMPLICAÇÕES:

I) TVP de veia renal (pela queda da antitrombina III); dor lombar (por distensão da cápsula), hematuria (por rompimento de vasos) / piora proteinúria, assimetria renal (por dificuldade de drenagem), varicocele à esquerda.

ETIOLOGIA (as duas últimas mais amiloidose) Glomerulopatia Membranosa “que trombosa” (principal), Glomerulonefrite membranoproliferativa, Amiloidose
TRATAMENTO: Anticoagulação

II) INFECÇÃO: por pneumococo
- PBE

III) ATEROGENESE ACELERADA

DIAGNÓSTICO: BIÓPSIA !!
Exceção - LESÃO MÍNIMA (tto normalmente com peça terapêutica com corticoide)

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2
Q

Como ocorre a proteinúria?

A

Através da lesão de Barreira específicas

  • Física/Mecânica (não seletiva): fendas de filtração que impedem que substâncias grandes (proteínas - globulinas, etc ) passem livremente em direção a urina) ex: globulinas; alfa, beta e gama (anticorpos)
  • Elétrica (de carga - seletiva)
    obs: a membrana basal tem carga negativa e repele a passagem de moléculas de carga negativa (ex: albumina)
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3
Q

Tipos de proteinúria

A

Seletiva: à custa de albumina (carga)
Não seletiva: perda proporcional (tamanho)

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4
Q

Etiologia primária Síndrome Nefrótica

A

Primária:
A) Doença por lesão mínima
B) Gloméruloesclerose focal e segmentar (GEFS)
C) Glomerulonefrite proliferativa mesangial
D) Glomerulopatia Membranosa
E) Glomerulonefrite membranoproliferativa (mesangiocapilar)

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5
Q

Etiologia Secundária Síndrome Nefrótica

A

Diabetes, HAS, Lúpus…

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6
Q

Doença por Lesão Mínima (minimamente vista, apenas ao microscópio eletrônico)

A

EPIDEMIOLOGIA
Adultos: 10-15%
Crianças: 1-8 anos 85% (é a doença da criança)

PATOGÊNESE
Perda da carga negativa da membrana basal (proteinúria - albuminuria - seletiva) devido ao aumento da circulação de células inflamatórias na região glomerular com manifestações inflamatórias na membrana basal e posterior —>

FUSÃO E RETRAÇÃO DOS PROCESSOS PODOCITÁRIOS!

Não há uma lesão estrutural visível inicialmente, é de cargas
Associações: linfoma de hodgkin/ AINE
Complicação: PBE por pneumococo

Clínica: Síndrome Nefrótica clássica com períodos de atividade e remissão. Complemento é normal

Tratamento: Corticoide (excelente resposta)
80-90% das crianças respondem em 4 semanas

Criança - lesão mínima - corticoide (prova terapêutica - evita biópsia)

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7
Q

Glomeruloesclerose focal e segmentar

A

Epidemiologia: principal causa de síndrome nefrótica em adultos

Patogênese:
Primária - ataques de linfócitos aos podocitos?
Secundária (!) - sequela, sobrecarga, hiperfluxo

Associações: diversas; HAS, HIV, Anemia falciforme…

Clínica: qualquer nível de proteinúria (geralmente na faixa nefrótica), HAS, hematuria microscópica, complemento normal

Tratamento: Corticoide (remissão 40/60%)
Nefroproteção (IECA ou BRA, Estatina)

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8
Q

Glomerulonefrite Proliferativa Mesangial (pouco relevante)

A

Epidemiologia: 5-10% das síndrome nefrótica primárias

Patogênese: Proliferação celular no mesangio

Associações: Lúpus

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9
Q

Glomerulonefrite proliferativa Mesangial

A

Clínica: proteinúria + hematuria
Tratamento: corticoterapia

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10
Q

Glomerulopatia Membranosa (!)

A

Epidemiologia: 2 forma mais comum de síndrome nefrótica primária
Mais com em idosos

Patogênese: Depósito subepitelial de imunocomplexos leva ao —> espessamento da membrana basal (fica maior do que o normal, mais grossa dando aspecto de “membranona” à microscopia)

Associações: pode ser uma alteração para neoplásica, pode ser sinal inicial de lúpus, hepatite B, DROGAS (sais de ouro, D-penicilamina, IECA, AINES)

Ocorre espessamento da membrana basal (“membranona”)

Clínica: síndrome nefrótica (70-80%) / complemento normal
É a mais associada com a Trombose de veia renal
Evolução variável (branda ou grave)

Tratamento:
Nefroprotecao (IECA ou BRA, Estatina)
Avaliar anticoagulação profilática (principalmente se albumina <2-3g/dL)
Avaliar imunossupressão (ex- rituximabe)

Prognóstico:
Sinais de bom prognóstico: jovens/ sexo feminino
Proteinúria: <10 g/dia
Albumina: > 2,5g/dL
Ausência de fenômeno tromboembolico
Ausência de insuficiência renal
Ausência de alterações tubulointersticiais à biópsia

Revisar: SER SÍNDROME NEFRÓTICA NA ESSÊNCIA, associada a neoplasia, lúpus, hepatite B, captopril, sais de ouro e d penicilamina, risco de trombose

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11
Q

Glomerulonefrite mambranoproliferativa (mesangiocapar)

A

Simula GNPE

Diferença: complemento baixo por muito tempo (+ 8 semanas) e proteinúria nefrótica > 4 semanas

Patogênese: proliferação mesangial intensa, descolando o endotélio da membrana basal com aspecto de duplo contorno à microscopia óptica

Associação: hepatite C, crioglobulinemia mista, endocardite bacteriana

Clínica: Síndrome Nefritica e ou Nefrótica
Trombose veia renal
Infecção respiratória alta prévia em 50%
Hipocomplementenemia
Diagnóstico diferencial com GNPE

Tratamento: Nefroprotecao (IECA ou BRA, estatina)
Se grave: imunossupressão

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12
Q

Glomerulopatias Secundárias

A

Diabetes Mellitus - Nefropatia Diabética

Epidemiologia
- Principal causa de IRC no mundo
- Risco de 20-40% de desenvolver IRC em 10 anos

Patogênese
Fase 1: hiperfiltração glomerular; o paciente DM é hiperglicêmico, dessa forma o volume arterial efetivo é grande levando a hiperfluxo TFG é maior —> hipertrofia glomerular, expansão mesangial, espessamento da MB, perda da barreira de carga, rim de tamanho aumentado (até aqui o processo é reversível através do controle da glicemia)

A perda da barreira de carga pela MB leva ao início e manifestação da lesão renal através da perda de albumina na urina

Fase 2: Microalbuminuria ou albuminuria moderadamente aumentada - 30-300 mg/dia (o normal de perda é 30mg de albumina ou 150mg de proteínas totais) - leva cerca de 5 anos para se instalar

Esse processo pode ser barrado através do uso de IECA ou BRA. É tratável

Fase 3: Macroalbuminuria ou albuminúria grave > 300 mg/dia. Surgimento das doenças sistêmicas; HAS, EDEMA, RETINOPATIA (se não tiver retinopatia associada não é diabetes a causa da disfunção renal) - Nessa fase é mais difícil reverter, porém ainda é possível

Fase 4: Insuficiência renal

Diagnóstico
- Urina 24h ou relação albumina/creatinina na amostra
- Biópsia (apenas em casos de dúvida); achado mais COMUM; glomeruloesclerose difusa com aumento do mesangio
achado mais ESPECÍFICO; glomeruloesclerose nodular (é uma GEFS). Acomete menos glomérulos (focal) e é mais nodular conhecida como lesão de KIMMELSTIEL-WILSON

Rastreio:
DM 1: 5 anos após o diagnóstico
DM2: No momento do diagnóstico, anualmente

Tratamento:
Controle glicêmico
Alvo: HBA1C < ou = 7%
Inibidor da SGLT-2 (glifozina) ( se TFG > 45 mL/min); atuam diminuindo a reabsorção de glicose nos túbulos renais facilitando a eliminação de glicose (diminuindo a glicemia) e diminuindo o fluxo renal

Controle da PA
Alvo: 130x80 mmHg
IECA ou BRA (mesmo sem HAS)

Restrição proteica: não recomendado de rotina

MEV

HAS - NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA

Patogênese
Hipertrofia da camada média + espessamento da íntima da microvasculatura (arteríolas) para tolerar o excesso de pressão - estreitamento arteriolar. Todo esse quadro leva a esquemas Glomerular com sobrecarga dos glomérulos remanescentes levando a GEFS

Clínica
- Proteinúria < 1,5 g/dia
- IRC lentamente progressiva
- HVE, retinopatia hipertensiva (graus I e II)

Tratamento
Controle PA (IECA ou BRA)

Cuidado! NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA MALIGNA; vasoconstrição violenta para evitar rompimento, mas como consequência gera isquemia do órgão levando a insuficiência renal aguda —> GLOMERULONEFRITE NECROSANTE

Clínica: IRA, PROTEINÚRIA, HEMATURIA, RETINOPATIA (grau III - consequência da vasoconstrição com palidez e exudato; o mesmo que manchas brancas na retina e grau IV - PAPILEDEMA; que é a lesão do órgão), HAS GRAVE (> 180x120mmHg)
Tratamento: reduzir PA até 25% nas primeiras 2-6 horas (NÃO REDUZIR DE VEZ pois levará a hipoperfusao e risco de piorar isquemia), reduzir PA alvo em 2-3 meses

NEFROPATIA PELO HIV

Patogênese
GEFS + colapso de todo o tufo glomerular (rim cresce)
OBS: prognóstico ruim, quadro grave

Clínica
- Síndrome nefrotica
- IRC de evolução rápida
- Mais comum em negros, usuários de drogas IV e na doença avançada

Tratamento
TARV e Nefroprotecao (avalie IECA ou BRA)

NEFROPATIA POR REFLUXO

Refluxo vesicoureteral leva ao aumento do risco de infecções e suas repetições levam ao risco aumentado de lesão glomerular com formação de cicatriz levando a sobrecarga dos glomérulos remanescentes = GEFS

AMILOIDOSE RENAL
(!) VERMELHO DO CONGO

Patogênese
Depósito de fibrilas Amiloidose em tecidos que coram pelo vermelho do Congo

Clínica
- SD Nefrotica
- IRÁ com rins aumentados
- Disfunção tubular

DM
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13
Q

Diabetes Mellitus - Nefropatia Diabética

A

Diabetes Mellitus - Nefropatia Diabética

Epidemiologia
- Principal causa de IRC no mundo
- Risco de 20-40% de desenvolver ORC em 10 anos

Patogênese
Fase 1: hiperfiltração glomerular; o paciente DM é hiperglicêmico, dessa forma o volume arterial efetivo é grande levando a hiperfluxo TFG é maior —> hipertrofia glomerular, expansão mesangial, espessamento da MB, perda da barreira de carga, rim de tamanho aumentado (até aqui o processo é reversível através do controle da glicemia)

A perda da barreira de carga pela MB leva ao início e manifestação da lesão renal através da perda de albumina na urina

Fase 2: Microalbuminuria ou albuminuria moderadamente aumentada - 30-300 mg/dia (o normal de perda é 30mg de albumina ou 150mg de proteínas totais) - leva cerca de 5 anos para se instalar

Esse processo pode ser barrado através do uso de IECA ou BRA. É tratável

Fase 3: Macroalbuminuria ou albuminúria grave > 300 mg/dia. Surgimento das doenças sistêmicas; HAS, EDEMA, RETINOPATIA (se não tiver retinopatia associada não é diabetes a causa da disfunção renal) - Nessa fase é mais difícil reverter, porém ainda é possível

Fase 4: Insuficiência renal

Diagnóstico
- Urina 24h ou relação albumina/creatinina na amostra
- Biópsia (apenas em casos de dúvida); achado mais COMUM; glomeruloesclerose difusa com aumento do mesangio
achado mais ESPECÍFICO; glomeruloesclerose nodular (é uma GEFS). Acomete menos glomérulos (focal) e é mais nodular conhecida como lesão de KIMMELSTIEL-WILSON

Rastreio:
DM 1: 5 anos após o diagnóstico
DM2: No momento do diagnóstico, anualmente

Tratamento:
Controle glicêmico
Alvo: HBA1C < ou = 7%
Inibidor da SGLT-2 (glifozina) ( se TFG > 45 mL/min); atuam diminuindo a reabsorção de glicose nos túbulos renais facilitando a eliminação de glicose (diminuindo a glicemia) e diminuindo o fluxo renal

Controle da PA
Alvo: 130x80 mmHg
IECA ou BRA (mesmo sem HAS)

Restrição proteica: não recomendado de rotina

MEV

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14
Q

HAS - NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA

A

HAS - NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA

Patogênese
Hipertrofia da camada média + espessamento da íntima da microvasculatura (arteríolas) para tolerar o excesso de pressão - estreitamento arteriolar. Todo esse quadro leva a esquemas Glomerular com sobrecarga dos glomérulos remanescentes levando a GEFS

Clínica
- Proteinúria < 1,5 g/dia
- IRC lentamente progressiva
- HVE, retinopatia hipertensiva (graus I e II)

Tratamento
Controle PA (IECA ou BRA)

Cuidado! NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA MALIGNA; vasoconstrição violenta para evitar rompimento, mas como consequência gera isquemia do órgão levando a insuficiência renal aguda —> GLOMERULONEFRITE NECROSANTE

Clínica: IRA, PROTEINÚRIA, HEMATURIA, RETINOPATIA (grau III - consequência da vasoconstrição com palidez e exudato; o mesmo que manchas brancas na retina e grau IV - PAPILEDEMA; que é a lesão do órgão), HAS GRAVE (> 180x120mmHg)
Tratamento: reduzir PA até 25% nas primeiras 2-6 horas (NÃO REDUZIR DE VEZ pois levará a hipoperfusao e risco de piorar isquemia), reduzir PA alvo em 2-3 meses

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15
Q

NEFROPATIA PELO HIV

A

NEFROPATIA PELO HIV

Patogênese
GEFS + colapso de todo o tudo glomerular (rim cresce)
OBS: prognóstico ruim, quadro grave

Clínica
- Síndrome nefrotica
- IRC de evolução rápida
- Mais comum em negros, usuários de drogas IV e na doença avançada

Tratamento
TARV e Nefroprotecao (avalie IECA ou BRA)

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16
Q

NEFROPATIA POR REFLUXO

A

NEFROPATIA POR REFLUXO

Refluxo vesicoureteral leva ao aumento do risco de infecções e suas repetições levam ao risco aumentado de lesão glomerular com formação de cicatriz levando a sobrecarga dos glomérulos remanescentes = GEFS

17
Q

AMILOIDOSE RENAL - (!) VERMELHO DO CONGO

A

AMILOIDOSE RENAL
(!) VERMELHO DO CONGO

Patogênese
Depósito de fibrilas Amiloidose em tecidos que coram pelo vermelho do Congo

Clínica
- SD Nefrotica
- IRÁ com rins aumentados
- Disfunção tubular