As lesões neurológicas podem estar tanto no SNP quanto no SNC. Cite-as. Flashcards

1
Q

As lesões neurológicas podem estar tanto no SNP quanto no SNC. Cite-as.

A

SNP: lesões motoras (músculo), na placa motora (ex: Miastnia Gravis), no nervo periférico (sintomas motores: guilan-Barréou; sintomas sensitivos: neuropatia diabética), ou na riaz nervosa (ex: hérnia de disco)

SNC: MIELOPATIAS (paraplegia, tetraplegia, paraparesia etc), no TRONCO CEREBRAL (comprometimento de nervos cranianos), CEREBELO (sintomas motores),SUBCORTICAL (há comprometimento da substância nigro-palidal ou caudado-putâmico, doença de Parkinson e Coréia de Hunttington, respectivamente) ou CORTICAL (afeta a linguagem, causa epilepsia, convulsões tônico-clônicas, apraxias - movimentos automáticos acometidos).

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2
Q

Defina disartria, disfonia, dislalia e dislexia.

A

Dis ou afonia – problema nas cordas vocais

Dislalias – não consegue falar uma letra

Dis ou anartrias (dificuldade na articulação das palavras) são periféricas

Dislexias – troca as letras quando está lendo (dificulta o aprendizado)-

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3
Q

Quais são os principais achados clínicos da síndrome do 1º e do 2º neurônio motor?

A

1ºNM: Paresia, hiperreflexia e hipertonia (em canivete). APENAS ELA TEM SINAL DE BABINSKY
 Córtico-espinhais
Ex: AVE isquêmico – tem-se uma hemiparesia espástica ou ceifante

2ºNM: Paresia, hiporreflexia ou arreflexia, hipotonia
Ex: neuromiopatias periféricas – flacidez (é uma hipotonia)

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4
Q

Quais são os principais sinais de SÍNDROME CEREBELAR?

A

AUSÊNCIA DE COORDENAÇÃO MOTORA: paciente se apresenta dismétrico – paciente que não consegue fazer a prova dedo-nariz, calcanhar-joelho tem problema de métrica e com problemas na alternância de movimentos, logo, tem disdiadococinesia

FALA ESCANDIDA: fala silabalicamente o tempo todo, não tem cadência na fala impedindo que ele fale de forma fluente

MARCHA EBRIOSA: não consegue andar em linha reta, pois os neurônios de Purkinje do cerebelo, responsável pela marcha, estão edemaciados, além da inibição frontal

REFLEXOS PENDULARES EXACERBADOS

“Romberg” positivo com olhos ABERTOS (acometimento cerebelar não tem romberg porque romberg é a piora ou aparecimento da instabilidade ao fechar os olhos, a síndrome cerebelar independe dos olhos abertos ou fechados.

OBS: O equilíbrio axial é mais concentrado no vérmix cerebelar, mas as doenças são mais nos lobos. Parte de coordenação apendicular, braços e pernas, está localizada no lobos.

OBS: ATAXIA MOTORA LOCALIZA PROBLEMA NO CEREBELO!

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5
Q

Quais são os principais achados da síndrome EXTRAPIRAMIDAL?

A

Tem uma RIGIDEZ (não hipertonia, porque hipertonia e hipotonia se relaciona a via piramidal e rigidez são todas as outras vias, na prática o sinal é o mesmo,
uma resistência ao movimento mas o nome é outro)

TREMOR EM REPOUSO: alta frequência e baixa amplitude, “tremor de contar moedas” da síndrome parkinsoniana

FÁCIES DE CERA

RIGIDEZ EM RODA DENTEADA (evolução em saltos) ou em CANO DE CHUMBO (rigidez em todo o movimento)

FESTINAÇÃO: Paciente tem dificuldade de alteração de movimento, dificuldade para começar, parar e mudar de direção no movimento

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6
Q

A síndrome de hipertensão intracraniana é grave e cursa com a TRÍADE DE CUSHING, denotando piora do prognóstico. Defina essa tríade.

A

Tríade de Cushing: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, BRADICARDIA e ALTERAÇÃO RESPIRATÓRIA (taquipnéia, bradipnéia etc)

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7
Q

Quais são os principais achados a serem notados a fim de impedir que um paciente com hipertensão intracraniana não abra a tríade de cushing?

A

ANISOCORIA (sinal de herniação, pois ao edemaciar pode acometer o III NC (oculomotor)

MIDRÍASE (início ipsilateral. Se passar para biliteral denota sofrimento de tronco.

PUPILA MÉDIO-FIXA (início de morte cerebral)

Evolução: isocoria –> anisocoria –> midríase –> pupila médio-fixa.

OBS: é uma emergência cirúrgica.

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8
Q

A SÍNDROME TALÂMICA é o acometimento em alguns núcleos do tálamo que normalmente acontece por sangramento ou AVC isquêmico das artérias perfurantes. Quais são os seus principais sintomas?

A

Hemianestesia superficial persistente contralateral

Hemiplegia ligeira sem contratura rapidamente regressiva

Hemiataxia ligeira

Dores fortes, persistentes no lado paralítico. Paciente com dor excruciante no mesmo local da anestesia, é de difícil controle no lado paralisado

Movimentos coreoatetósicos (“movimentos de dança”) no lado paralisado.

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9
Q

Nas síndromes mesencefálicas do tronco cerebral há 4 principais. Caracterize sucintamente cada uma.

A

WEBER: na base do mesencéfalo
 Paresia/paralisia do III com hemiplegia/hemiparesia cruzada.
 III par é acometido ipsilateralmente porque ele não cruza e a via piramidal contralateralmente porque cruza no bulbo.

CLAUDE: lesão dentro do mesencéfalo (pega núcleo rubro e fibras do III NC)
 Paralisia do III par ipsilateral
 Ataxia cerebelar (núcleo rubro é diretamente ligado ao cerebelo)
 Tremor contralateral

BENEDICT: Terá ataxia cerebelar, tremor contralateral e hemiparesia

PARINAUD: acomete o teto do mesencéfalo. tumores de pineal cursam com a síndrome de Parinaud porque o aumento da pineal empurra a parte de trás do mesencéfalo. Se empurra a parte de trás fecha o aqueduto Sylviano, que liga o terceiro ventrículo ao
quarto ventrículo levando a hidrocefalia não comunicante.

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10
Q

A medula tem metâmeros que são segmentos e de cada segmento saem duas raízes. Quais são seus principais tratos e cordões (funículos)?

A

Funículos (cordões) posteriores (principalmente grácil e cuneiforme)– trafegam informações sensitivas responsáveis pela propriocepção, palestesia (sensibilidade vibratória) e tato epicrítico (fino).

Trato córtico-espinhal lateral – responsável pela força, sendo a principal via motora, faz sinapse com alfa-motoneurônios que são o segundo neurônio motor.

Ponta anterior- composta também por alfa-motoneurônios. Responsável pelo trofismo muscular

Trato espino-talâmico anterior – responsável pela sensibilidade pressórica e sensibilidade tátil protopática (grosseira).

Trato espinotalâmico lateral – responsável pela sensibilidade dolorosa e sensibilidade térmica.

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11
Q

Há diversas síndromes medulares. Fale sucintamente sobre a SÍNDROME TRANSVERSA.

A

 É uma secção total da medula (destroi todo metâmero), gerando déficit global de perda de força (paraplegia daquele nível para baixo ou tetraplegia se for cervical)
 Pode ser causada por: traumas ou por reação autoimunes ou infecciosas, que são chamadas de mielites (ex esclerose múltipla) que é a inflamação da
medula

OBS: Uma perda súbita de força sem história de trauma com nível tem que pensar em inflamação da medula

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12
Q

Descreva a Síndrome de Brown-Séquard (hemisecção medular).

A

Normalmente causada por arma branca, caracterizada por perda sensibilidade profunda (cordões posteriores) e presença de síndrome piramidal ipsilaterais,
perda das sensibilidades dolorosa e térmica (trato espino-talâmico) contralaterais e síndrome medular completa no hemidermátomo correspondente: causado por traumas, tumores e mielites

RESUMO: perde sensibilidade profunda ipsilateral, ao passo que perde sensibilidade dolorosa e térmica contralaterais.

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13
Q

Descreva a Síndrome do canal central.

A

Acomete o trato espino-talâmico e a ponta anterior, gerando paresia amiotrófica e abolição da sensibilidade térmica e dolorosa somente ao nível da lesão (alteração
suspensa) causada por seringomielia (hidrocefalia na medula devido à coleta de líquor nesse canal, tumores (ex apendimoma).

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14
Q

Descreva a Síndrome funicular posterior.

A

 Acomete somente os funículos posteriores, sendo uma síndrome puramente sensitiva, causada por neurossífilis (tabes dorsalis), infarto da artéria espinhal
posterior (raro)
 Síndrome que acomete os cordões posteriores, então os fascículos grácil e cuneiforme (responsáveis por propriocepção - então o paciente passa a ter marcha talonante devido ao problema na propriocepção)

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15
Q

Descreva a Síndrome cordonal posterior.

A

 Teste de Romberg – estudar o equilíbrio estático, que é dado pelo sistema vestibular, visão e propriocepção (cordão posterior – fascículos grácil e cuneiforme) sendo necessários 2 destes para se equilibrar estaticamente
 Se o teste de Romberg der positivo, faz-se testes de sensibilidade profunda para saber em qual dos outros dois está a lesão. Se cair sempre para o mesmo lado o
problema é vestibular se cair para lados diferentes é propriocepção.

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16
Q

Descreva a Síndrome da esclerose lateral amiotrófica.

A

 Acomete pontas anteriores (paralisia flácida, amiotrófica e arreflexa) e via piramidal, causa paralisia dos nervos cranianos motores, causa aumento das
fasciculações musculares (principalmente da língua) e atrofia muscular no mesmo segmento. O paciente não
sente dor e a parte cognitiva é preservada (preso no corpo dele, cérebro funciona normalmente e perde funções motoras).

Sintomas quase patognomônicos de ELA: sd 1ºNM (paresia+hipertonia+hiperreflexia) + fasciculações de língua

17
Q

Defina CONVULSÃO.

A

Convulsão (“curto-circuito”) se caracteriza por sinais e sintomas neurológicos temporários (se for mantido vira estado do mal epiléptico), que resultam em atividade
elétrica neuronal anormal, paroxística (quando deveria parar ela é ativada) e hipersincrônica no córtex cerebral (todos os focos se ativam ao mesmo tempo e gera várias funções que são entendidas como descarga motora muscular levando as crises tônico-clônicas.

18
Q

Defina SÍNCOPE.

A

é o hipofluxo sanguíneo dos hemisférios cerebrais ou do tronco cerebral (perde a consciência para não lesar neurônio, baixa de influxo sanguíneo no cérebro para que não tenha morte celular).

19
Q

Quais são os 4 tipos de crise convulsiva?

A

 Crise epilética: expressão clinica decorrente de uma descarga anormal e excessiva do tecido cerebral (crise que consegue dizer, ver que é uma crise)
 Crise aguda sintomática (ou crise provocada): crise epiléptica que consegue definir a causa, como distúrbio metabólico, intoxicação aguda, abstinência de drogas sedativas ou insulto neurológico agudo.
 Epilepsia: doença neurológica que se caracteriza pela ocorrência de crises espontâneas recorrentes (duas ou mais). Distúrbio cerebral que geram essas crises.
 Crise isolada: uma ou mais crises recorrendo no período de 24 horas. Pode corresponder a uma crise aguda sintomática ou a primeira manifestação de epilepsia

20
Q

Quais são as principais causas de crise convulsiva?

A

disfunção primária do SNC, de um distúrbio metabólico
subjacente ou doença sistêmica, febre, infecção, trauma, convulsão benigna da infância por mielinização, alterações da estrutura cerebral, entre outros.

21
Q

Quais são as principais características das crises convulsivas?

A

 Sintomas prodrômicos (aura)
 Postura do paciente no momento da perda da consciência
Alteração de comportamento (epilepsia do lobo temporal - responsável pela memória e empatia

22
Q

As crises convulsivas podem ser parciais, parcial-complexa e complexa.

A

 Crise parcial: crise focal, sem perda da consciência, normalmente motora. Tem crise, tomou remédio e parou. Pode ser no braço, pernas, onde for o estímulo principal motor.
 Crise parcial complexa: começa localizada, evolui para perda de consciência.
 Crise complexa: já começa com perda da consciência. Perde a consciência e tem a crise.

23
Q

O queé a CRISE DE AUSÊNCIA (pequeno mal)?

A

crise complexa e amotora, paciente não tem tremor, sem liberação esfincteriana, fica de olhos abertos, perde a interação com o meio e depois retorna como se
nada tivesse acontecido.

24
Q

Quais são os principais sintomas notados durante (período ictal) e após (período pós-ictal) uma crise convulsiva?

A

DURANTE:
 Enrijecimento tônico e movimentos crônicos (paciente rígido e batendo)
 Flacidez
 Enrijecimento ou abalo breves (crises parciais)

APÓS: 
 Confusão breve
 Confusão prolongada
 Mordida da língua
 Incontinência urinária
 Recuperação imediata da consciência ( é mais difícil acontecer, a exceção da crise de ausência)
25
Q

Quais são as principais perguntas a se fazer para um paciente que chega ao PS devido à uma crise convulsiva em período pós-ictal?

A

 Apresenta quadro de febre, rigidez de nuca, confusão e convulsões (meningite é uma das causas de crise convulsiva e mata rápido)?
 História de traumatismo craniano?
 Distúrbios metabólicos: hipoglicemia, hiperglicemia, distúrbios eletrolíticos, hipóxia?
 História de tentativa de suicídio com ingestão de tóxicos?
 História de lesão neurológica prévia? (tumor, trauma e por conta disto anos depois fez cicatriz cirúrgica e vira um gerador anômalo de impulso)
 Lesões neurológicas agudas concomitantes com a crise epiléptica
 História de etilismo? (tem história de deficiência de vitamina)

26
Q

Qual é a principal conduta a ser tomada em um paciente que chega ao PS com possível ou determinada crise epilética?

A

Dosar e, se for o caso, corrigir a GLICEMIA CAPILAR.

27
Q

O que a alteração abrupta da administração de sódio pode causar principalmente?

A

MIELINÓLISE PONTINA: iatrogenia irreversível que pode levar à síndrome do cativeiro (paciente preso no próprio corpo – só pisca o olho, mas pensa perfeitamente).