Apendicite Flashcards

1
Q

Epidemiologia

A
  • Leve predomínio no sexo masculino
  • Idade: Entre 10-30 (+ em 20-30 anos)
  • Causa mais comum de abdome agudo não traumático
  • Emergência cirúrgica mais comum
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2
Q

Etiologia e Fisiopatologia

A
  • Presença de fecalito (fezes obstruídas)
  • Hiperplasia de tecido linfoide
  • Sementes e matéria vegetal
  • Neoplasia

Tudo isso pode obstruir o apêndice, gerar distensão da parede, que associada a produção de muco e proliferação bacteriana vai aumenta a pressão ali, obstruindo a drenagem venosa e linfática, causando isquemia. A isquemia vai tornar a parede frágil e friável, podendo levar a perfuração do apêndice. A evolução disso é ou ocorrer a formação de um abcesso ou mais grave, ocorrer a perfuração livre do peritônio.

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3
Q

Anatomia

A

O apêndice se encontra na confluência das tênias, na parte inferior do ceco. Sua base é fixa nessa região, mas como o ceco pode ter diferentes localizações, a ponta do apêndice pode ter diversas localizações também.

A localização mais comum é a retrocecal. Também existe a retroileal, pélvica, préileal, pósileal, paracecal.

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4
Q

Histologia

A

O apêndice vermiforme é um diverticulo verdadeiro pois tem mucosa, submucosa, muscular e serosa.

Região mucosa –> células caliciformes –> produzem muco

Região submucosa –> tecido linfoide

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5
Q

Quadro Clínico

A

Começa com uma dor abdominal periumbilical e mal localizada, que migra para a FID. Pode estar associada com náuseas, vômitos, anorexia, febre (geralmente menor que 38 graus), disúria e manifestações urinárias (se for apendicite pélvica ou proxima a bexiga), íleo adinâmico, alteração do hábito intestinal, diarréia em alguns casos.

Apendicite pélvica pode dar sintomas como hematúria microscópica, sintomas urinários, toque retal e ginecológico dolorosos.

Apendicite com abcesso: dor na FID e pode ocorrer a formação de plastrão e ser identificado na palpação.

Apendicite perfurada: dor abdominal difusa, abome em tábua, rigidez, febre > 38 graus

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6
Q

Diagnóstico

A

É clinico.

Exames complementares auxiliam no diagnóstico diferencial, diagnóstico duvidoso e a investigar melhor o quadro do paciente.

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7
Q

Exames complementares: laboratoriais

A

Hemograma (pode ter leucocitose e desvio a esquerda)
BHCG (descartar gravidez, pois faz DD com doenças ginecológicas)
Urina rotina (investigar hematúria e piúria)
PCR (investigar inflamação)

Obs: leucocitose moderada: 10 a 15 mil
leucocitose alta: > 16 mil

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8
Q

Exames comp: de imagem

A

US ou TC.

US:
Indicado para crianças e gestantes (não tem radiação)
Sensib: 80%, Especif: 90%
Alterações:
Apendice distendido (> 7mm)
Parede espessada
Borramento, densificação ecogênica da gordura periapendicular
Apendicolito
Ap mais avançada: Liquido apendicular, presença de massa e abcesso

TC: padrão ouro 
Sensib: 90%
Especif: 80-90%
Apendice distendido (> 7mm)
Parede espessada
Borramento, densificação ecogênica da gordura periapendicular
Apendicolito
Com a evolução da inflamação, pode ser visto: gordura periapendicular retorcida, edema, líquido peritoneal e abscesso periapendicular.
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9
Q

Escala de Alvarado (diagnóstico)

A

Sintomas:
Nausea e vomitos - 1 ponto
Anorexia - 1 ponto
Migração da dor - 1 ponto

Sinais:
Febre - 1 ponto
Defesa do doa abd na FID - 2 pontos
Dor a compressão na FID (Blumberg) - 1 ponto

Exames:
Leucocitose - 2 pontos
Desvio a esquerda - 1 ponto

Total: 10 pts

Valores > 7 = muito provavel
Valores entre 5 - 7 = provavel
Valor < 5 = pouco provavel

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10
Q

Fases da apendicite

A

Grau 1:
Edematosa: apendice edemaciado, inflamado, distendido

Grau 2:
Flegmonosa: apendice edemaciado, inflamado, distendido, presença de fibrina. Já pode ter inicio de formação de abcesso e areas de necrose

Grau 3:
Supurativa ou Gangrenosa
Formação de abcesso e áreas de necrose.

Grau 4:
Perfurada
Perfuração do apêndice 
Extravasamento de liquido para a cavidade peritoneal
Peritonite
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11
Q

Tratamento

A

Apendicectomia.

Laraposcopia x Aberta:
Laraposcopia possui mais vantagens: menor tempo de internação, incisão menos agressiva, menos dor pos operatória, laraposcopia diagnóstica

Aberta: mais indicada para pct hemodinamicamente instavel e apendicite perfurada associada a peritonite
Pensar que na laparoscopia, ocorre pneumoperitoneo e isso não é bom pra pct muito grave –> pode comprimir a cava, diminuir retorno venoso e isso piora o choque.

Pct com abcesso: drena o abcesso, faz ATB e opera o paciente na internação ou de forma eletiva, dependendo do caso.

Pct com perfuração, liquido livre na cav peritoneal e peritonite: operação de emergência

Pct com apendicite não complicada, so faz profilaxia com a ATB, mas não toma apos a cirurgia.

Pct com apendicite complicada toma ATB apos cirurgia (3 a 5dias)

ATB devem cobrir gram - e anaerobias: Metronidazol, Clidamicina, Amoxilina com Clavulanato

Tratamento apenas clinico:
Só indicado em caso de contraindicação a cirurgia: paciente em UTI, em uso de anticoagulante.

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