Antibioticoterapia e Antibioticoprofilaxia Flashcards

Uso racional em cirurgias e infecções

1
Q

Quais as duas formas de utilizar antibioterapia em cirurgias?

A

Uso profilático:
Previne infecções por agentes conhecidos;
Benefício x Efeitos adversos.

Uso curativo:
Situações onde o processo infeccioso está estabelecido;
Empírico ou baseado em antibiogramas;
Curta ou longa duração.

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2
Q

Como utilizar corretamente o ATB para profilaxia?

A
  1. Cirurgias que tenham comprovadamente suas taxas de infecção reduzidas pela administração de antibióticos;
  2. Agentes de primeira linha;
  3. Níveis séricos máximos no momento cirúrgico;
  4. Limitar o uso ao tempo de cirurgia;
  5. Selecionar um antimicrobiano com espectro direcionado contra os agentes da cirurgia a ser feita.
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3
Q

Quais as indicações de antibioticoprofilaxia?

A
  1. Risco alto de contaminação (cirurgias de TGI, genitourinário e respiratório);
  2. Risco alto de infecção (amputação por enfermidade vascular, enxertos, próteses);
  3. Pacientes imunocomprometidos (transplantes, quimioterapia).
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4
Q

Quais os princípios da antibioticoprofilaxia?

A
  1. Espectro
  2. Toxicidade
  3. Risco de alterar a flora bacteriana
  4. Farmacocinética
  5. Duração
  6. Custo
  7. Considerações cirúrgicas
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5
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em cirurgias de vias biliares e fígado?

A

Patógenos:
E.coli, Klebsiellae, enterococos, bacilos
gram-negativos, bactérias anaeróbias,
estreptococos e estafilococos

Esquemas:
Cefazolina + metronidazol
Ciprofloxacino + metronidazol

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6
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em traumas abdominais?

A

Os patógenos variam de acordo com o trauma.

Esquemas:
Cefoxitina
Sulbactam + ampicilina
Cefazolina + metronidazol

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7
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em cirurgias de TGI superior?

A

Patógenos:
Estreptococos, lactobacilos e difteróides
(nasofaringe); E. coli, enterococos e cândida

Esquema:
Cefazolina

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8
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a colecistectomia?

A

Patógenos:
E. coli, Klebsiellae, enterococos, outros bacilos
gram-negativos, estreptococos e estafilococos
são ocasionalmente isolados; bactérias anaeróbias
são incomuns, e o Clostridium é o mais isolado

Esquema:
Cefazolina
Não utilizar antibiótico

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9
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a apendicectomia?

A

Patógenos:
Bactérias anaeróbias (B.fragilis) e bactérias
entéricas gram-negativas (E.coli), estafilococos,
enterococos e Pseudomonas sp.

Esquemas:
Cefoxitina
Sulbactam + ampicilina
Piperacilina

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10
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a cirurgias urológicas?

A

Patógenos:
E. coli, outras bactérias gram-negativas
e enterococos

Esquemas:
Cefazolina
Ampicilina
Ciprofloxacino

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11
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a cirurgias de cabeça e pescoço, incluindo boca e laringe?

A

Patógenos:
Flora normal da boca, estreptococos (aeróbios
e anaeróbios), S. aureus, Peptostreptococcus,
Neisseria e numerosos anaeróbios gram-negativos,
incluindo Porphyromonas (Bacteroides), Prevotella
(Bacteroides) Fusobacterium e Veillonella

Esquema:
Sulbactam + ampicilina
Cefazolina + metronidazol

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12
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a cirurgias colorretais?

A

Patógenos:
Bacilos gram-negativos, anaeróbios +
E. colí e Bacteroides fragílis

Esquema:
Oral
Sulfato de neomicina + eritromicina
20h, 18h e 9h antes da cirurgia

Parenteral
Cefoxitina
Ceftriaxona + metronidazol
Cefuroxima + metronidazol
Gentamicina + metronidazol
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13
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a cirurgias limpas?

A

Patógenos:
Estafilococos

Esquema:
Cefazolina

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14
Q

Quais patógenos estão envolvidos e quais esquemas fazer em pacientes submetidos a cirurgias de obesidade mórbida?

A

Patógenos:
Estreptococos, lactobacilos e difteróides
(nasofaringe); E. colí, enterococose cândida
estafilococos

Esquema:
Sulbactam + ampicilina
Cefazolina

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15
Q

O que são infecções pós-cirúrgicas?

A

São aquelas que ocorrem em qualquer local do sítio operatório após procedimento operatório.

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16
Q

Como são divididas as infecções pós-cirúrgicas?

A
  1. Incisional superficial: Pele e tecido subcutâneo
  2. Incisional profunda: Plano fascial e músculos
  3. Relacionada a órgão/espaço: Localização anatômica do procedimento.
17
Q

Patógenos + comuns envolvidos em infecções pós-cirúrgicas?

A
  1. Staphylococcus aureus
  2. Estafilococos coagulase negativa
  3. Enterococos
  4. Escherichia coli
18
Q

Qual o intervalo para se definir uma infecção como pós-cirúrgica?

A

Ocorrem em até 30 dias após o procedimento ou até 01 ano em caso de implantes.

19
Q

Quais causas são determinantes em uma infecção pós-cirúrgica?

A
  1. Fatores bacterianos
  2. Local da ferida cirúrgica
  3. Paciente / Fatores de risco
20
Q

Quais os fatores de risco para infecção pós-cirúrgica?

A
  1. Idade
  2. Imunossupressão
  3. Doença neoplásica
  4. Desnutrição
  5. Cirurgias ou transfusões recentes
  6. ASA 3, 4 ou 5
  7. Múltiplas comorbidades
21
Q

Quais os fatores relacionados ao local da ferida cirúrgica que impactam no risco de infecção pós-cirúrgica?

A
  1. Corpo estranho
  2. Eletrocoagulação
  3. Drenos cirúrgicos
  4. Tricotomia com lâmina de barbear
  5. Irradiação local prévia
22
Q

Como são classificadas as feridas cirúrgicas de acordo com o grau de contaminação?

A
  1. Limpa
  2. Limpa-contaminada
  3. Contaminada
  4. Suja
23
Q

O que é uma ferida limpa?

A

Não infectada e sem inflamação, feridas primariamente fechadas ou drenagens fechadas, tratos respiratório, digestivo e genitourinário não violados.

24
Q

O que é uma ferida limpa-contaminada?

A

Ausência de contaminação grosseira.

25
Q

O que é uma ferida contaminada?

A

Feridas traumáticas abertas e recentes, com quebra da técnica asséptica e incisões não purulentas.

26
Q

O que é uma ferida suja?

A

Feridas traumáticas não recentes com tecido desvitalizado ou vísceras perfuradas. Sugere que os organismos causadores estavam presentes antes da operação.

27
Q

Quais os tipos de prevenções de infecções pós-cirúrgicas?

A
  1. Pré-operatórias;
  2. Intra-operatórias;
  3. Pós-operatórias;
  4. Pacientes cirúrgicos em UTI.