All day LUNG Flashcards

1
Q

Definição de Insuficiência Respiratória

A

É a incapcidade do sistema respiratório de desempenhar as suas principais funções:
1. Transporte de O2 para o sangue arterial
2. Remoção de gas carbônico do sangue venoso

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2
Q

Quais são causas de hipoxemia

A

hipoventilação, baixa relação V/Q, alta relação V/Q, baixa fração de O2 inspirada.

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3
Q

Quais são as causas de hipercapnia

A

Hipoventilação, fases tardias de outras alterações

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4
Q

Qual é a classificação de IRp

A

300-400mmHg= Hipoxemia
<300mmHg= Insuficiência Respiratória
<200mmHg= Insuficiência Respiratória Grave

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5
Q

PaCO2 normal e alterada

A

35-45mmHg
Já >50mmHg é considerada Insuficiência Respiratória

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6
Q

Quais dados te mostram a presença de Insuficiência Respiratória

A

Alteração da frequência respiratória ou do seu padrão
Esforço respiratório aumentado (uso de musculatura acessória, tiragem e batimento das asas do nariz)
Respiração paradoxal (fadiga do diafragma)

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7
Q

sinais de hipoxemia e de hipercapnia

A

HIPOXEMIA: agitação, bradicardia, choque, hipertensão, palidez, sudorese, cianose

HIPERCAPNIA: depressão progressiva do nível de consciência até o coma, taquicardia, hipotensão, cefaleia, abalos msuculares.

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8
Q

Qual é o melhor exame para confirmar a IRpA

A

O melhor exame para confirmar a IRpA é a GASOMETRIA ARTERIAL

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9
Q

Quais são tipos de IRpA

A

Tipo 1 (não ventilatória): PaO2 <60mmHg com PaCO2 normal ou baixa (isso porque a CO2 é um gás facilmente difundido pela membrana alveolocapilar )

Tipo 2 (ventilatória): PaO2 <60mmHg com PaCO2 > 50mmHg (isso porque não está tendo a renovação dos gás)

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10
Q

Como tratar a IRpA

A

Manter a troca gasosas em níveis seguros até compensar a causa de IRpA (oxigenação é fundamental para reverter a hipoventilação e hipoxemia)
Eliminar de CO2
Manter a segurança da via aéreas
Evitar o trabalho respiratório excessivo que pode contribuir para a descompensação do paciente.
Tratar a causa básica

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11
Q

Indicações para a ventilação mecânica

A

-PaO2< 55mmHg
-sinais de esforço respiratório (fadiga de diafragma, tiragem intercostal, uso de musculatura assessória)
-Paradas cardiorrespiratórias
-Rebaixamento do nível de consciência

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12
Q

Qual é o marcador do distúrbio obstrutivo e dê exemplos de doenças com essa padrão

A

O principal marcador é a relação VEF1/CVF <70%
Além disso, pode também encontrar CVF normal, VEF reduzido.
Doenças como DPOC na fase inicial, Asma assumem esse padrão

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13
Q

O que é considerado uma prova broncodilatadora positiva

A

CVF >350ml OU VEF1 >12% e >200ml do que o prévio

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14
Q

Qual é a necessidade do teste de broncoprovocação

A

Teste broncoprovocação é positiva em Asma, uma vez que o paciente tem uma hiperatividade e hipersensibilidade brônquica. Isso é negativo na DPOC.

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15
Q

Quais são as características de um distúrbio obstrutivo com CVF reduzida

A

VEF1 ↓
CVF↓
relação VEF1/CVF↓ prova broncodilatadora negativa ou positiva

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16
Q

Marcador de distúrbios restritivos

A

CVF↓ (marcador)
VEF↓
VEF1/CVF normal ou aumentado
Prova broncodilatadora negativa

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17
Q

Define pneumonia e quais os sintomas

A

É uma inflamação aguda do parênquima pulmonar distal aos bronquíolos, de natureza infecciosa.
Os sintomas são tosse, expectoração, dor torácica, dispneia, febre.
Outros sintomas como mialgia, adinamia, cefaleia, dor abdominal ou em ombro, diareia, herpes labial, podem acontecer

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18
Q

Definição de pneumonia hospitalar

A

É um quadro agudo de inflamação do parênquima pulmonar distal aos bronquíolos que acontecem entre 48-72 horas após internação no hospital ou no serviço de prestação de serviço de saúde

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19
Q

sinais da síndrome de condensação na pneumonia lobar

A

frêmito toraco-vocal aumentado; submacicez à percussão, som traqueal ao invés de murmurio vesicular, estertores crepitantes

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20
Q

qual é principal exame para o diagnóstico da pneumonia
Quais são os outros exames que podem contribuir para o diagnóstico

A

Principal exame é Radiografia de Tórax

Exames como hemograma (mostra a leucocitose), Proteína C Reativa (mostra inflamação aguda), Gasometria arterial (em casos de IRpA), exames microbiológicos (através do escarro do paciente pode ser determinado o agente etiológico)

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21
Q

qual é principal exame para o diagnóstico da pneumonia
Quais são os outros exames que podem contribuir para o diagnóstico

A

Principal exame é Radiografia de Tórax

Exames como hemograma (mostra a leucocitose), Proteína C Reativa (mostra inflamação aguda), Gasometria arterial (em casos de IRpA), exames microbiológicos (através do escarro do paciente pode ser determinado o agente etiológico)

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22
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos da anamnese

A

Idade avançada, indivíduo instituicionalizado, comorbidades como insuficiência hepática, DM, Neoplasia, DPOC, Insuficiência renal crônica, Insuficiência cardíaca congestiva, doença neurológica.

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23
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos do exame físico

A

FR >30irpm; alteração da consciência, FC>ou =120bpm, PAS<90mmHg, PAD40ºC

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24
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos da radiografia

A

Acometimento bilateral do pneumonia, derrame pleural associada, acometimento de mais de 1 lobo, presença de cavidade, piora após 48horas de tratamento

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25
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos dos exames complementares

A

Gasometria com hipoxemia, acidose metabólica
Anemia
Leucocitose (>15,000)
Leucopenia (<4000)
Glicose elevada
Sódio ↓
Alargamento de TTPA

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26
Q

O que é CURB-65 e qual é a sua importância

A

CURB-65 é um escore utilizado para determinar o tratamento de um paciente com pneumonia.
0-1→tratamento ambulatorial
2→internação na enfermaria hospitalar
> ou = 3→ internação na UTI

C→ Confusão mental
U→ uréia maior que 50mg/dL
R→ frequência respiratória > ou =30irpm
B→ PAS<90mmHg ou PAD< ou = 60mmHg
65→ idade maior que 65 anos

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27
Q

Quais são os critérios maiores para internação na UTI

A

Presença de choque séptico
Necessidade de ventilação mecânica

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27
Q

Quais são os critérios maiores para internação na UTI

A

Presença de choque séptico
Necessidade de ventilação mecânica

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28
Q

Quais outros fatores além de CURB-65 são considerados para internação do paciente com pneumonia

A

aspectos socioeconômicos, aspectos cognitivos, comprometimento da oxigenação, comordidades descompensadas

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29
Q

como fazer o diagnóstico etiológico da pneumonia

A

testes rápidos moleculares
teste sorológico
pesquisa de antígeno urinario
hemocultura toracocentese quando há derrame pleural, aspirado traqueal ou lavado bronquioalveolar no paciente intubado

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30
Q

quais são os fatores de risco para Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina

A
  1. idade <2 anos ou >65 anos
  2. Imunossupressão
  3. Alcoolismo
  4. exposição a crianças de creche
  5. uso de beta-lactâmicos nos últimos 3 meses.
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31
Q

tratamento ambulatorial do paciente sem comorbidades e sem risco de SPRP e nos pacientes com comorbidades e com risco de SPRP

A

Beta-lactâmicos ou macrolídeos (sem comorbidades e sem risco de SPRP)
-Beta-lactâmicos→ Amoxicilina 500mg, VO, 12-12h por 5-7 dias ou Amoxicilina 875mg + Clavulanato 125mg, VO 12-12h por 5-7 dias

-Macrolídeo→ Azitromicina 500mg, VO, por 5 dias ou Claritromicina 500mg por 5 dias

Após 48h-72h pede um retorno do paciente. Em casos de piora do caso, vá ao pronto socorro.

Beta-lactâmicos + Macrolídeos ou Quinolona respiratória (associar os dois medicamentos em pacientes com comorbidades e com risco de SPRP)
No caso da quinolona→ Levofloxacino, Moxifloxacino ou Gemifloxacino (500mg)

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32
Q

Qual é o tratamento de pneumonia na enfermaria

A

Beta-lactâmicos + Macrolídeos ou Quinolonas respiratórias

-Beta-lactâmicos→ Ceftriaxona 2g IV; cefotaxima 1g IV, Ampicilina-sulbactan, ertapenem

-Macrolídeos→ Claritromicina ou Azitromicina

-Quinolonas→ Levofloxacino ou Moxifloxacino

Na enfermaria, prioriza os medicamentos intravenosos

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33
Q

Qual é o esquema de tratamento adequado para o paciente na UTI com e sem risco de Pseudomonas aeruginosa

A

SEM RISCO DE PSEUDOMONAS
Beta-lactâmicos + Macrolídeos ou Quinolonas
-Beta-lactâmicos→ ceftruaxona, ampicilina-sulbactan, ertapenem
-Macrolídeos→ Azitromicina ou Claritromicina
-Quinolonas→ levofloxacino, moxifloxacino

COM RISCO DE PSEUDOMONAS
Beta-lactâmicos + Quinolonas
-Beta-lactâmicos→ imipenem, meropenem, piperacilina-tazobactan
quinolonas→ ciprofloxacino, levofloxacino

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34
Q

A presença de pneumatoceles é um indício de qual bactéria

A

Staphylococcus aureus

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35
Q

Qual é o tratamento antibiótico para as MRSAs

A

Vancomicina ou Linezolida

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36
Q

Define da Bronquiectasia

A

É uma dilatação e distorção irreversível de um ou mais brônquios, devido da destruição dos componentes elásticos e musculares da sua parede, levando presença persistente de sintomas, com piora importante da qualidade de vida

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37
Q

Explica a patofisiologia da bronquiectasia

A

Tem 2 elementos fundamentais:
Agressão infecciosa que leva inflamação que por sua vez cumula com destruição e distorção das vias aéreas e do aparelho mucociliar e uma deficiência na depuração das secreções brônquicas. Essa secreção brônquica vira um meio de cultura bacteriana e assim, há de novo a inflamação e vira um ciclo vicioso.

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38
Q

Qual é um grande fator preocupante da bronquiectasia

A

A permanência dos microrganismos na secreção, cumulando com a seleção das espécies mais virulentas, levando por sua vez uma inflamação crônica

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39
Q

Quais são as etiologias de bronquiectasia

A

→Desordem genética: Fibrose cística, deficiência de alfa-1-antitripsina e discinesia ciliar primária

→Doença pós-infecciosa: bactérias, vírus, fungos (mais comum) e tuberculose
→Imunodeficiência: AIDs, imunodeficiências congênitas
→Aspiração: DRGE, fístula traqueoesofágico
→ Malformações congênitas
→Resposta inflamatória exacerbada: Doenças autoimunbes, Aspergilose broncopulmonar alérgica
→Idiopática >50% dos casos

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40
Q

Explique a Fibrose Cística

A

É uma doença autossômica recessiva que tem um defeito no canal CFTR-ATPase que é responsável para a secreção de cloreto e água fora da célula no epitélio pulmonar e nos. ductos do trato gastrointestinal e reabsorver os mesmos na glândula sudorípara.
A alteração desse canal causa acúmulo de secreção espessa na via aérea, sendo assim, um meio de cultura para microrganismos. É uma doença rastreável no teste de pezinho.

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41
Q

Explique a Discinesia Ciliar Primária

A

É uma doença hereditária onda há imobilidade dos cílios do epitélio respiratório. Isso causa uma falha no aparelho mucociliar e assim, há acúmulo de secreção, formando um meio de cultura para os microrganismos. O paciente é um portador frequente de infecções da via aérea inferior, dos seios nasais e do ouvido médio. Além disso, tem infertilidade.
Tem uma forma da doença (Síndrome de Kartagener)→ pansinusite crônica, bronquiectasia e situs inversus com dextrocardia

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42
Q

Explique a Aspergilose Broncopulmonar Alérgica

A

É uma resposta de hipersensibilidade pela presença do fungo Aspergillus fumigatus. Acontece principalmente nos pacientes com brônquios hiperreativos como os asmáticos ou pacientes com fibrose cística. A bronquiectasia costuma ser central e tem uma elevação da contagem dos eosinófilos e uma eleação sérica de IgE total e específica para o fungo. O paciente pode ter tosse com moldes brônquicos.

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43
Q

quais são os agentes infecciosos ou doenças que podem causar bronquiectasia

A

Sarampo, coqueluche (B.pertussis), adenovírus, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniar, Mycoplasma pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis, Aspergilus fumigatus e Histoplasma capsulatum

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44
Q

classificação da bronquiectasia de acordo com a morfologia

A

Cístico, varicosa e cilíndricas

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45
Q

Bronquiectasia tem predileção para qua lobo pulmonar e qual é classificação de acordo com a localização

A

Tem predileção aos lobos inferiores
Tem a bronquiectasia localizada→ pneumonia e corpo estranho
Tem a bronquiectasia generalizada→ doença sistêmica

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46
Q

sintomas e sinais de bronquiectasia

A

tosse produtiva persistente, episódios de exacerbação, dispneia, mal-hálito

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47
Q

Explique a bronquiectasia seca

A

É uma condição que pode surgir no ápice pulmonar e lobos superiores como consequências e sequelas de tuberculose. A tosse é seca e pode ter hemoptise

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48
Q

apresentação clínica de bronquiectasia

A

Crepitações, sibilos, roncos e baqueteamento digital devido a hipoxemia crônica

49
Q

Qual é o melhor exame de imagem para a confirmação do diagnóstico de bronquiectasia

A

Tomografia computadorizada do tórax de alta resolução: permite o diagnóstico, o diferencial e avaliação da extensão do dano.

Radiografia de tórax: mostra linhas de trem, imagens anelares, atelectasias laminares e hiperinsuflação do segmento adjacentes. Permite também um diagnóstico diferencial.

50
Q

quais achados na TC pode auxiliar no diagnóstico de bronquiectasia

A

diâmetro de brônquico 1,5 vezes maior que o do vaso adjacente (anel de sinete), imagens anelares e lineares, espessamento das paredes brônquicas, perda da diminuição do calibre do brônquico na periferia.

51
Q

Como proceder com a investigação de bronquiectasia

A
  • Inverstigação de fibrose cística
  • Avaliação de imunidade
  • Pesquisa de ABPA
  • Pesquisa da presença de corpo estrnaho ou tumor
  • Deficiência alfa-1-antitripsina
  • Pesquisa de discinesia ciliar primária
  • História familiar sugestivo de bronquiectasia
  • Taquipneia neonatal não explicada
  • Dextrocardia ou situs inversus
  • Condições predisponentes de aspiração
52
Q

Como se faz a pesquisa de fibrose cística

A
  • triagem com teste de pezinho
  • teste de suor (níveis de sódio e cloro > 60mEq/L
  • estudo genético
53
Q

Como se faz a investigação etiológica

A

Contagem de leucócitos
Dosagem de imunoglobulinas
Dosagem de anticorpos específicos para o agente etiológico em suspeita
Determinação dos níveis de complemento
Avaliação dos linfócitos T, B e células NK
Sorologia para HIV

54
Q

Como fazer a pesquisa de ABPA

A

pesquisa para asma ou fibrose cística
elevação de IgE específica para o fungo e IgE total
Bronquiectasia central
Reação démrica de pápula e eritema antígeno do Aspergillus
Eosinofilia sanguínea (>1000 células)

55
Q

Como se faz a pesquisa de deficiência de alfa-1- antitripsina

A

Dosagem da alfa-1-antitripsina e estudo genético

56
Q

Como se faz o diagnóstico de discinesia ciliar primária

A

Biopsia do epitélio brônquico e escovado nasal para avaliar a motilidade e estrutura dos cílios por microscopia

57
Q

Quando usar a broncoscopia

A

Quando tem suspeita de um corpo estranho, compressão extrínseca do brônquico por um tumor ou quando tiver lesão endobrônquica

58
Q

Como vai ser a espirometria de um paciente com bronquiectasia

A

Nas fases iniciais: distúrbio obstrutivo (VEF1 e relação VEF-CVF reduzidas)
Nas fases avançadas: distúrbio restritivo (CVF reduzido com relação VEF-CVF normal)

59
Q

Como vai ser a gasometria arterial do paciente com bronquiectasia

A

Fases avançadas da doença: hipoxemia Sat de oxigênio ≤88% ou PaO2 < 60mmHg

Fases tardias da doença: hipercapnia (PaCO2 ≥45mmHg)

60
Q

Como tratar o paciente com bronquiectasia

A

Tratar a causa base, promover higiene brônquica e tratar ou prevenir as exacerbações infecciosas.
- Drenagem postural para aumentar a depuração brônquica
- Higiene brônquica: Nebulização com manitol 400mg 12-12h, ou com salina hipertônica a 7%, DNAse humana recombinante inalada para os com fibrose cística, mucolítico xarope

61
Q

O que é exacerbação de bronquiectasia e qual é a principal causa, como é tratado e conduzido

A

exacerbação é a piora do quadro basal da doença, ou seja, mais tosse com purulência, surgimento ou piora da dispnéia, febre, adinamia, sibilos, hemoptise, etc

A principal causa de exacerbação é a infecção de vias aéreas. O tratamento consiste em uso de antibióticos empíricos e depois, vai ser feita uma cultura através do escarro do paciente para determinar qual bactéria foi. Isso é feito para melhor direcionar o tratamento do paciente para a antibioticoterapia apropriada para a bactéria.

62
Q

Como prevenir as exacerbações de bronquiectasia

A

Vacinação contra gripe e pneumococo
Higiene brônquica
Antibiótico profilaxia inalado (ciprofloxacino, amicacina, azetreonam, etc) ou oral (azitromicina)

63
Q

Qual é o tratamento adjuvante para bronquiectasia

A

Broncodilatador para combater o broncoespasmo
Corticoides sistêmicos que são úteis nas exacerbações
Corticoides inalados em alguns pacientes podem diminuir o volume do escarro

64
Q

Quando se indica cirurgia na bronquiectasia

A

paciente com doença localizada, boa reserva funcional, sem melhora com medidas clínicas, pacientes com hemoptise

65
Q

Quando indicar transplante pulmonar

A

Quando há grande comprometimento funcional e na qualidade de vida do paciente, maior experiência com fibrose cística

66
Q

Explique tudo sobre a Histoplasmose

A

Agente etiológico→ Histoplasma capsulatum
Encontrada nas fezes de morcego (dado epidemiológico, algo na história relacionado com a exposição ao morcegos)

Histoplasmose pulmonar aguda localizada: exposição leve ao fungo, a maioria fica assintomática, ou pode ter febre, mialgia, tosse e dor torácica. Raio X pode ser normal ou aumento dos linfonodos hilares ou mediastinais

Histoplasmose pulmonar aguda disseminada: ocorre uma a duas semanas após a exposição maciça de fungo. O quadro clínico é uma infecção pulmonar aguda que pode levar a uma insuficiência respiratória . pode ter acometimento da pele, baço, fígado, linfonodos, medula óssea. No raio tem uma infiltração reticulonodular

Histoplasmose pulmonar crônica: acontece em pacientes com doença pulmonar estrutural como DPOC e bronquiectasia. Radiografia lembra tuberculose . Imagens cavit´rias em ápices pulmonares. Com sintomas como tosse, sudorese, dispneia, febre e tosse produtiva.

Detecção é a partir do encontro do fungo em espécimes clínicos como biospia do nódulo pulmonar (granulomas, com presença do fungo), sorologia (anticorpos formados após 4 semanas da infecção), antígenos fúngicos na urina, sangue, esarro ou lavado broncoalveolar.

Tratamento: casos leves ou não quer ser internado→ Itraconazol 200mg 3 vezes ao dia por 6 a 12 semanas; casos graves e internados→ anfotericina B 0,7mg por kg pela IV e depois Itraconazol. Duração do tratamento é por 12 semanas. Dá metilprednisolona por 2 semanas.
No caso de histoplasmose pulmonar crônica, o medicamento Itraconazol deve ser tomado pelo menos por 1 ano até melhor radiológica

67
Q

Explique tudo sobre a Paracoccidioidomicose

A

Micose sistêmica causada pelo Paracoccidiodes brasiliensis, Paracoccidiodes lutzii. Chamada doença do jardineiro, doença da zona rural. Não há transmissão interhumana.
Acontece após a inalação do fungo (micronídeos), há a formação do complexo primário que tem 2 caminhos.
1. Forma uma lesão quiescente e ficar no estado de latência
2. Ter uma progressão para doença de forma aguda na primoinfecção ou há uma reativação do fungo de forma crônica.

Tem 2 formas da doença:
Forma aguda ou subaguda ou juvenil→ Acontece em crianças e adultos até30 a 35 anos com manifestações de hepatoesplenomegalia, lesão na pele, linfadenopatia e megalias superficiais ou profundas, anemia, febre emagrecimento. Comprometimento pulmonar é RARO!!!

Forma crônica ou adulto→ tem predomínio masculino, há envolvimento pulmonar e das mucosas (oral, faringe, nasal, laringe). Outros órgãos como SNC, suprarrenais, baço, fígado, intestino,, sistema osteoarticular.

Forma residual: em pacientes com DPOC

Achado radiológico é o sinal de borboleta com acometimento perihilar

Diagnóstico é feito pela biopsia dos linfonodos, lesões cutâneas e da mucosas, escarro, etc e cultura ou coloração específica, teste sorológico. O fungo tem formato de roda de leme. O diferencial é tuberculose

Tratamento: Itraconazol 200mg por dia, VO por 9-18 meses. Sulfametoxazol + Trimetroprim (Bactrim®) 800-160mg 4 vezes por dia por 6 meses + 400-80mg 2 vezes por dia por 3 anos.
Caso graves: Anfotericina B IV
Tratamento é longo (de 6 a 24 meses). O ideal é tratar até resolução clínica, melhore radiológica.

68
Q

Explique tudo sobre Pneumocistose

A

Causada pelo agente etiológico Pneumocystis jiroveci
Infecção oportunista potencialmente fatal. Os pacientes com HIV e CD4 < 200 células, com neoplasias ativas, com imunossupressão são os mais susceptíveis. Tem transmissão interhumana. Os imunocompetentes são reservatórios e não ficam doentes.

Radografia mostra consolidações intersticiais ou alveolares difusas e bilaterais. Faz tomografia quando a radiografia está normal, pode mostrar sinais de vidro fosco e lesões císticas. TC normal, faça outra investigação.

Exame laboratorial mostra LDH elevada com Beta-D-glucana, um componente do fungo.
Diagnóstico: escarro ou lavado broncoalveolar, PCR, pode fazer diagnóstico presuntivo com fatores de risco, quadro clínico.

Tratamento: Bactrim® 15-20mg por peso cada 8h, Corticoides (metilprednisolona 0,5 mg por kilo nos hipoxêmicos. Duração do tratamento é por 21 dias e depois faz a profilaxia secundária até o CD4 > 200 células por 3 meses.

69
Q

Explique tudo sobre Aspergilose

A

Agente etiológico é Aspergillus fumigatus
Causa 4 formas da doença:
1. Aspergilose broncopulmonar alérgica→Hiperssensibiliade pulmonar devido à presença do fungo nas vias aéreas. Mais comum em pacientes com asma ou fibrose cística. Tem uma resposta imune, que culmina com inflamação crônica e a formação de bronquiectasia e fibrose pulmonar. Sinais são asma não controlada, piora do quadro respiratório do paciente com fibrose cística, bronquiectasia central, eliminação de escarro em moldes brônquicos. Diagnóstico é feito pela história clínica, presença de fungo, e teste cutânca de hiperssensibilidade ao fungo, IgE total elevada e elevação de anticorpos específicos ao fungo. Tratamento é corticoide sistêmico por tempo proglongado e itraconazol por 4 meses.

  1. Aspergiloma: um conglomerado de fungo, muco, fibrina em uma cavidade pré-formada no pulmonar. Paciente pode ser assintomático ou manifestar com hemoptise. A massa móvel é vista pelo TC e no raio X é só uma cavidade com uma bola dentro. Tratamento é ressecção cirúrgica + itraconazol + embolização da artéria brônquica para controlar a hemoptise com risco de morte.
  2. Apsergilose pulmonar necrotizante crônica: progressão lenta do doença no pulmão, acontece em pacientes com doenças pulmonares crônicas ou com imunossupressão. manifest sintomas como febre, tosse produtiva , sudorese noturna, sem melhora a antimicrobiano, tem uma evolução em semanas com formação de imagens cavitárias. Confirmação é feita pelo encontro do fungo na secreção 9escarro ou lavado broncoalveolar), biopsia do tecido pulmonar. tratamento pode ser Itraconazole, voriconazole até a resolução radiológica, ressecção cirúrgica, quando possível, suspenda a imunossupressão
  3. Aspergilose invasiva: exclusivamente para o paciente em grave imunossupressão. radiografia mostra múltiplos nódulos e lesões cavitárias. TC do tórax mostra halo invertido (vidro fosco circundado por consolidação. Diagnóstico é pelo encontro do fungo no escarro ou no tecido pulmonar, presença de galactomanana no sangue. Tratamento é voriconazole
70
Q

Sobre o vírus de Influenza

A

É um vírus encapsulado, com RNA, tem 2 proteinas de superfície: Hemaglutinina para adesão celular e neuroaminidase para provocar lise celular.
Existe vírus A, B e C.
A e B são as principais preocupaões

Antigenic drift: há um acúmulo de séries de mutações que cumulam com pequenas mudanças das glicoproteínas de superfície. Esse fenômeno acarreta nova variante do mesmo vírus e é responsável por surtos e pandemias.

Antigenic shift: há uma mistura de genes com outros vírus que afetam outras espécies e isso cumula com o surgimento de um novo vírus. Esse fenômeno é o mais preocupante uma vez que leva a pandemias.

71
Q

Fisiopatologia de Influenza

A

O vírus tem uma característica de ser sazonal. Há transmissão inter-humana através de secreção respiratória (transmissão direta) e através de contato com objetos contaminados com as gotículas de um portador de influenza e levar aquela mão ao nariz ou à boca. Tem um período de transmissão de 1 a 7 dias depois do início dos sintomas. Um período de incubação de 1 a 4 dias.
Os sintomas são FEBRE, adinamia, mialgia, cefaleia, artralgia, tosse, dor de garganta, rouquidão. É uma infecção aguda, evolução benigna, auto-limitada.

72
Q

condições ou fatores de risco para complicação de influenza

A

gestante,
puerpério até 2 semanas
paciente com doença cardiovascular ou respiratória crônica
diabéticos, nefropatas, IMC >40, imunodeprimidos, paciente hematológica,
residentes de asilos e creches, idade >60 anos e <5 anos

Esse são os grupos prioritários para a vacinação anual

73
Q

Como identificar casos graves da Influenza

A

Dispneia (principal marcador de gravidade)
Frequência respiratória > 25 irpm
Presença de comorbidades com descompensação
SpO2 < 95%
Alterações nos sinais vitais como hipotensão

74
Q

Como define uma síndrome respiratória grave

A

Dispneia + Síndrome gripal (febre+sintomas sistêmicos e respiratórios)

75
Q

Quais são as complicações da gripe

A

Infecções Bacterianas Secundárias (sinusite, otite, pneumonia)
Pneumonia pela Influenza
Descompensação de comorbidades pré-existentes
Encefalite, Guillain-Barré, Mielite Transversa, pericardite, etc

76
Q

Como se faz o diagnóstico de gripe

A

É CLÍNICO
Pode fazer cultutra, detecção de antígeno viral, RT-PCR

77
Q

Como tratar a Influenza

A

Tratamento sintomático (analgésico, antiemético, antitérmico)
Droga antiviral: Oseltamivir 75mg, VO, a cada 12 em 12h por 5 dias.
Sempre bom tomar o medicamento nas primeiras 48 horas após o início de sintomas.
Pode também usar Zanamivir e Peramivir.
Os medicamentos podem ser usado de forma profiláticos para alguns grupos.
Deve fazer ajuste de dose em nefropatias (Insuficiência Renal)

78
Q

Quais são as indicações para o uso de tratamento antiviral

A

Indivíduos sintomáticos com fatores de risco para complicações.
Pacientes com síndrome respiratória aguda grave.

Nos pacientes sintomáticos sem fatores de risco para complicações, fica ao critério do julgamento clínico e preferencialmente, deve administrar o antiviral nas primeiras 48 horas do início de sintomas.

79
Q

como manejar um paciente com a síndrome respiratória aguda grave

A

Suporte (hidratação, sintomáticos, oxigenoterapia), monitorização dos sinais vitais, coleta de amostras de secreção respiratória para exame laboratorial, início imediato de oseltamivir

80
Q

Quimioprofilaxia é indicado em quem

A

paciente não vacinado, com exposição há 48 horas
residentes de instituições fechadas durante surtos na instituição
profissionais de saúde envolvidos em procedimentos invasivos geradores de aerossóis

81
Q

Fala sobre a vacinação contra gripe

A

A vacinação é trivalente (2 cepas para o vírus A e 1 cepa para o vírus B), a vacina é feita pela cepa viral determinada pelo OMS. A imunidade surge após 2 semanas

82
Q

Quais são os grupos de prioridade vacinal

A

criança de 6 meses a 5 anos,
gestante e puérperas
pacientes com doenças crônicas
trabalhadores de saúde
professores
adultos ≥ 60 anos
indígenas
população encarcerada e funcionários de prisões

83
Q

quais são as contraindicações da vacina de gripe

A

criança < 6 meses
Indivíduos alérgicos às proteínas do ovo ou de galinha.
Histórico com reação adversa grave a vacinação prévia contra gripe

84
Q

explique tudo sobre resfriado comum

A

É a IVAS mais comum que envolve a cavidade nasal, seios paranasais e região faríngea. Os agentes etiológicos mais comum são rhinovírus, coronavírus, influenza, vírus respiratório sincicial, vírus parainfluenza. É transmitido atráves de gotículas ou de forma indireta (tocar a superfície com essas gotículas presentes), tem um curto período de incubação (24-72 horas).
Sintomas são rinorreia, obstrução e prurido nasal, espirros, dor de garganta, mal-estar, conjuntivite. Tem uma duração de 3-7 dias.
A complicações incluem rinossinusite bacteriana, IVAI (bronquite aguda), otite média aguda, exacerbação de asma e de DPOC.

Tratamento: hidratação, analgésico, anti-térmico (lembre que febre é incomum), anti-histamínicos, Ipratópio nasal ou busonid nasal, descongestionantes nasais ( evite usar por longos períodos, pode levar a rinite medicamentosa

85
Q

Explique tudo sobre a rinossinusite bacteriana

A

Inflamação da mucosa dos seios paranasais e nasais, provocada pela uma bactéria. Pode ser iniciada como uma sequela de um resfriado comum. Tem uma classificação: Aguda (< 4 semanas), Subaguda (4-12 semanas) crônica (> 12 semanas), recorrente (4 ou mais episódios em um ano).
Fatores de risco são anatomia dos seios, alteração do transporte mucociliar, corpo estranho, deficiência imunológica, rinite alérgica, infecções dentárias.
Sintomas acima de 7 dias e eles são rinorréia purulenta anterior/posterior (gota pós nasal), dor em pressão ao palpar os locais dos seios, obstrução nasal, cefaléia, redução do olfato, tosse, halitose, dor de garganta, mal estar e FEBRE.

diagnóstico é clínico, só se faz exame de imagem nas formas crônicas ou recorrente, ausência de melhora após tratamento e suspeita de complicação.
estudo microbiológico (punção do seio) nas formas crônicas e nos imunodeprimidos.

As complicações são celulite, abscesso periorbital, meningite, encefalite, trombose do seio cavernoso, osteomielite

86
Q

Sinais de alerta nas rinossinusites.

A

Ausência de resposta ao tratamento,
edema ou eritema palpebral
alterações visuais
cefaléia intensa
toxemia
sinais de meninge

87
Q

Tratamento de rinossinusite na fase aguda

A

Paciente sem uso de antibiótico ultimamente: Amoxicilina (+clavulanato); azitromicina, claritromicina, cefaclor, cefuroxima

Paciente com uso de antibiótico ultimamente: quinolona respiratória, cefaclor ou cefuroxima ou cefpodoxima, amoxicilina clavulanato

88
Q

Tratamento de rinossinusite na forma crônica

A

clindamicina
metronidazol+ cefalosporina da 2ª geração (cefaclor ou cefuroxima)
Moxifloxacino

Duração do tratamento é de 3 a 6 semanas

89
Q

Tratamento adjuvante de rinossinusite

A

Irrigação nasal com solução salina
corticoide sistêmciao prednisona 40mg por dia
Corticoide tópico
Anti-histamínicos ou descongestionantes

90
Q

Quais são os principais sintomas de bronquite aguda

A

tosse seca ou produtiva de 5 dias até 3 semanas
sibilos
febre é incomum

91
Q

quais são as 3 fases de coqueluche

A

Fase catarral: onde o paciente libera muito escarro
Fase paroxística: quando o paciente tem aquela tosse com respiração trabalhosa
Fase convalescença: quando o paciente começa a melhorar seus sintoma e estado geral.

A duração total é de 6 a 8 semana

92
Q

Diagnóstico diferencial de bronquite aguda e seu tratamento

A

Bronquite crônica (DPOC), Asma, síndrome de gota pós nasal (resfriado comum, rinite alérgica, rinossinusite), DRGE, Pneumonia
Diagnóstico é clínico, pode fazer raio X para. descartar pneumonia ou tuberculose, procalcitonina sérica.

Tratamento é sintomático
Caso de suspeita de coqueluche: deve medicar o paciente com macrolídeos (azitromicina, claritromicina ou eritromicina)
Deve usar antibiótico em paciente com doenças crônicas e várias comorbidades, suspeita de coqueluche, paciente > 65 anos com quadro agudo de tosse e 2 ou mais critérios:
- Admissão hospitalar no ano anterior
- Diabetes tipos 1 e 2
- História de ICC
- Uso atual de corticoide oral.

93
Q

explique a fisiopatologia de DPOC

A

DPOC é uma doença evitável, inflamatório crônica onde há destruição das vias aéreas e ou alvéolos devido a esposição a partículas nocivas, gases, tabaco, quye acabam produzindo sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo.

É a terceira causa de morte mundialmente.

A fisiopatogenia começa quando as vias aéreas e os alveolos ficam expostas de forma crônica a agentes nocivos, levando inflamação, estreitamento e hipersecreção de muco nos brônquicos→ bronquie crônica e nos alvéolos, leva uma destruição do parênquima pulmonar→ enfisema.

94
Q

Como fazer o diagnóstico de DPOC

A

Quadro clínico + fatores de risco para o desenvolvimento da doença + espirometria alterada

95
Q

Quais os sintomas são manifestados pelo paciente com suspeita de DPOC

A

Tosse, dispneia, sibilância, produção de escarro
Outros sintomas são fadiga, perda de peso, anorexia, cor pulmonale devido a crônica vivência com baixo oxigenação.

96
Q

Achados do exame físico de paciente com DPOC

A

tórax em barril, baqueteamento digital, dispneia, sibilânica, hipertimpanismo pulmonar, murmúrios vesiculares diminuídos, turgência jugular, hepatoesplenomegalia, hiperfonese de B2, sopro de regurgitação tricúspide (essas 4 últimas são devido a cor pulmonale)

97
Q

Quais são os principais fatores de risco para desenvolver DPOC

A

Tabagismo (> 20 maços- ano), exposição a fogão a lenha, deficiência de alfa-1-antitripsina, queima de biomassa, poeiras orgânicas e inorgânicas, poluição.

98
Q

Qual é o padrão da espirometria em paciente com DPOC

A

VEF ↓ CVF normal nas fases iniciais e ↓ nas fases avançadas da doença
Relação VEF-CVF ↓ ou seja, < 70% (marcador ). Prova bonrcodilatadora normalemente é negativa ou fracamente positiva.

99
Q

como se faz a prova broncodilatadora

A

Dar uma SABA (salbutamol ) e espera 15-20 minutos para repetir a espirometria
OU
Dar uma SAMA (brometo de ipratrópio) e espera 30-45 minutos para repetir a espirometria.

100
Q

como se faz a prova broncodilatadora

A

Dar uma SABA (salbutamol ) e espera 15-20 minutos para repetir a espirometria
OU
Dar uma SAMA (brometo de ipratrópio) e espera 30-45 minutos para repetir a espirometria.

101
Q

Classificação da alteração do VEF1 pelo GOLD

A

GOLD 1 → VEF1 ≥ 80%
GOLD 2→ 50%- < 80%
GOLD 3→ 30%- < 50%
GOLD 4→ < 30%

102
Q

Porque fazer raio X sabendo que não é o exame de confirmação de DPOC

A

O raio X é feito como um exame para excluir outras causas dos sintomas respiratórios do paciente. Não podemos usar raio X para confirmar o diagnóstico de DPOC, uma vez que pode ter DPOC sem ter alterações no parênquima pulmonar.
O raio X também é importante durante as exacerbações de DPOC para tentar achar a etiologia.

103
Q

Quais são os sinais clássicos radiológicos de DPOC

A

Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax em perfil, Aumento longitudinal do parênquima pulmonar (hiperinsuflação pulmonar), aumento dos espaços intercostais, aumento do espaço retrocardíaco e hipertransparência.

104
Q

Quais são outros exames solicitados na exacerbação de DPOC

A

Gasometria arterial→ pode mostara uma acidose respiratória
Hemograma→ devido a policitemia que ocorrer devido a hipoxemia crônica
Ecocardiograma→ para casos de suspeita de edema e cor pulmonale

105
Q

Classificação ABCD de DPOC

A

Grupo A→ dispneia MRC 0-1, com 0-1 exacerbação não precisando ser atendido no hospital

Grupo C→ dispneia MRC 0-1, com ≥1 ou ≥2 exacerbações necessitando atendimento hospitalar

Grupo B→ dispneia MRC ≥2 com 0-1 exacerbação, não precisando ser atendido no hospital

Grupo D→ dispneia MRC ≥2 com ≥1 ou ≥2 exacerbações, precisando um atendimento hospitalar

106
Q

Tratamento do DPOC estável

A

Broncodilatadores: SABAs com duração de 4 - 6 h→ salbutamol, fenoterol; SAMA com duração de 4 a 6 h→ brometo de ipratrópio; LABAs com duração de 12h e mais→ Salmeterol ou Formoterol, indacaterol, olodaterol, vilanterol; LAMA com duração de 12h ou mais→ glicopirrônico, umeclidínium, brometo de tiotrópio, aclidinium.

Efeito adverso de beta 2 agonistas
- tremores, arritmias, taquicardia sinusal, hipocalemia

Efeito adverso de muscarínicos
- boca seca, glaucoma agudo

Corticóide inalatório: Beclometasona (Clenil®), Budesonida (Busonid®), Mometasona, Fluticasona. para diminuir as exacerbações. Indicados nos exacerbadores frequentes, contagem de eosinófilos > 300 células e paciente com asma concomitante.

107
Q

Como é a terapia estratégica para DPOC

A

Grupo A→ broncodilatador (SAMA ou SABA)
Grupo B→ LAMA ou LABA
Grupo C→ LAMA
Grupo D→ LABA+ LAMA ou LAMA ou ICS + LABA

108
Q

Tratamento não farmacológico de DPOC

A

Educação, cessação de tabaco, orientação de como identificar as exacerbações, imunização redução da exposição aos fatores de risco, oxigenoterapia domiciliar, reabilitação pulmonar (para melhor tolerância de esforço), atividade física

109
Q

Qual vacina é importante para paciente com DPOC

A

-Antipneumocócica PCV13 e PPSV23 para pacientes acima de 65 anos ou aqueles jovens com comorbidade e VEF1 < 40 e doença cardiovascular

  • Anti-influenza anual é recomendada em todos os pacientes com DPOC
110
Q

Como se dá a oxigenioterapia domiciliar

A

O paciente recebe um cilíndro de O2 e é para pacientes com PaO2 < 55mmHg ou Sat de O2 < 88% com ou sem hipercapnia

PaO2 entre 55-60 mmHg com sinais de hipertensão pulmonar ou policitemia

O alvo é manter a saturação de O2 entre 88-92%
O paciente deve usar pelo menos por 15 horas em um dia

111
Q

Como tratar a exacerbação de DPOC

A

Bronchodilatador→ SABA ou SABA + SAMA 2 jatos a cada uma hora nas primeiras 2 a 3 horas e após esse tempo, a cada 2 a 3 horas, dependendo da resposta do paciente, manter a LAMA ou LABA

Corticóide sistêmico→ para diminuir a inflamação e a exacerbação e melhorar a VEF 1; prednisona 40 mg por dia

Antibioticoterapia→ na presença de escarro purulenta ou com necessidade de ventilação mecânica.

Oxigenoterapia→ paciente com Sat de O2 < 88%

112
Q

Quando dá suporte ventilatório na exacerbação de DPOC

A

Acidose respiratório ≥ 45mmHg ou pH < 7,35
Dispneia grave com uso de musculatura acessória, respiração paradoxal ou retração intercostal, hipoxemia persistente a despeito de suplementação de O2.
nesse caso, dá ventilação não invasiva

113
Q

Quando dar ventilação invasiva ao paciente

A

paciente não tolera ou falha na não invasiva
Após parada cardiorrespiratória
rebaixamento do nível de consciência ou agitação que requer sedação
inabilidade de remover a secreção respiratória
Instailidade hemodinâmica
hipoxemia grave

114
Q

Explique a tríade de Virchow

A

A tríade de Virchow parte do princípio de que para ter trombose, ter que ter pelo menos um dos seguintes fatores:
- lesão endotelial ou a parede vascular
- estase sanguínea
- hipercoagulabilidade

Além disso tem outros fatores predisponentes a formação de trombo e evento de THROMBOSIS
T- trauma and travel
H- Hospitalization and hormones
O- Old age
M- Malignancy
B- long Bone fracture
O- obesity e obstretrics
S- smoking and surgery (principally ortopedics)
I- immobilization
S- other Sickness like Antiphospholipid syndrome, Nephrotic syndrome and Paroxysmal hemoglobinuria

115
Q

Quais são os sintomas de TVP

A

Dor do membro acometido, espastamento, vermelhidão, edema, etc

116
Q

quais são os sintomas de TEP

A

dispneia de início súbito, cor pulmonale agudo, infarto pulmonar, taquipneia, taquicardia, hipoxemia, dor pleurítica, tosse com hemoptise, crepitações na ausculta

Os sintomas são mais intensos em embolia ou oclusão de grandes artérias

117
Q

quais são os sintomas de cor pulmonale

A

dispneia, choque cardiogênico, síncope, para cardiorrespiratória, turgência jugular venosa, hipotensão, hiperfonese de B2, taquicardia, edema dos MMII, taquipneia

118
Q

Qual é o melhor exame para o diagnóstico de TEP

A

Angiotomografia com contraste e janela mediastinal (exame de escolha)
Angiografia
Cintilografia de ventilação e perfusão (caindo em desuso)
Pode usar Ultrassom de compressão

119
Q

Quais são as possíveis alterações no raio X, gasometria arterial, ecocardiograma e ECG

A

Raio-X→ atelectasias laminas (risquinhos na base e porção lateral do pulmão), sinal de Corcova de Hampton (sinal triangular que mostra o segmento com infarto), Sinal de Westermark (oligoemia, hipoperfusão de uma área pulmonar devido a obstrução)

Gasometria arterial→ mostra hipoxemia, pode estar normal. Hipocapnia deve a taquipneia

ECG→ pode ou não ter o sinal S1Q3T3 com taquicardia sinusal

Ecocardiograma: mostra sobrecarga do VD, disfunção do VD e trombo no seu interior. Não é mandatório em paciente estável, só aponta para diagnóstico diferencial.
No paciente inestável, a ausência de sobrecarga ou disfunção do VD exclui TEP como causa de instabilidade hemodinâmica e aponta para diagnóstico diferencial para instabilidade hemodinâmica

120
Q

como avaliação a probabilidade pré teste de ser uma TEP

A

Dados clínicos + fatores de risco.
Os fatores de risco são determinados pelo escore de Wells
EATCHIPS
E- sinais clínicos de TEP como Edema, dispneia
A-alternative diagnosis other than TEP
T-Tachycardia (> 100bpm)
C- active Cancer
H- hemoptise
I- immobilization
P- past history of TEP ou TVP
S-surgery

baixo risco→ 0-1
risco intermediário→2-6
alto risco→ ≥7

121
Q

Qual é a importância de D-dímero

A

O D-dímero é utilizado para excluir TEP em pacientes com baixo risco ou risco intermediário após avaliação com escore de wells.
Tem um alto valor preditivo negativo