Afecções do reto e ânus Flashcards

1
Q

O que é prolaps​o retal?

A

Protrusão da mucosa pelo ânus.

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2
Q

Como o prolaps​o retal pode ser classificado?

A

Parcial, quando apenas a mucosa está envolvida;

Completo, quando todas as condições e todas as camadas do órgão estão prolapsadas.

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3
Q

Em que faixa etária o prolapsoo retal é mais comum?

A

Limite-se quase exclusivamente a cães e gatos jovens.

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4
Q

Qual a causa mais comum de prolaps​o retal em cães e gatos jovens?

A

Esforço para defecar, associado a colite ou proctite grave devido a endoparasitas.

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5
Q

Além do esforço para defecar, quais são outras causas possíveis de prolaps​o retal?

A

Neoplasia retal, distocia e, no gato, esforço persistente relacionado à obstrução uretral ou cálculos vesicais.

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6
Q

Por que os animais começam a fazer esforço, levando ao prolapso retal?

A

Devido à irritação retal, que pode resultar no prolapso de parte ou da totalidade da mucosa do reto.

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7
Q

Como o diagnóstico de prolapso retal é geralmente realizado?

A

Por meio do exame físico, distinguindo o prolapso retal de uma intussuscepção projetando-se do reto.

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8
Q

Qual é o tratamento inicial para o prolapso retal?

A

Redução manual do tecido prolapsado, seguida por sutura em bolsa de tabaco frouxa para permitir a função fisiológica do órgão.

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9
Q

O que é recomendado se o prolapso retal recorrer repetidamente?

A

Colepexia, uma técnica que visa evitar os movimentos caudais do cólon e do reto, criando aderências permanentes entre as superfícies serosas do cólon descendente e a parede abdominal.

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10
Q

Qual é a primeira, segunda e terceira etapas da colopexia?

A

1.Celotomia.
2.Exposição do cólon descendente.
3.Incisão da parede muscular esquerda e do cólon descendente.

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11
Q

O que é feito durante a quarta, quinta e sexta etapa da colopexia?

A

4.Sutura dos dois seguimentos com pontos contínuos ou simples interrompidos, usando ponto absorvível monofilamentar.
5. Sutura-se a mucosa e a muscular na parede abdominal, seguida pela sutura da serosa no peritônio
6.A fechamento da cavidade abdominal.

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12
Q

Como é realizada a amputação retal em caso de necrose na extremidade evertida?

A
  1. Transpassar na mucosa retal viável nas posições 6, 12, 3 e 9 horas com fio de polipropileno 1-0.
  2. Seccionar a parte necrosada.
  3. Realizar pontos simples entre os seguimentos.
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13
Q

Qual é a recomendação para emoliente fecal no pós-cirúrgico?

A

Óleo mineral, 5ml por animal via oral, duas vezes ao dia, por 2 a 3 semanas.

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14
Q

Qual é o anti-inflamatório indicado no pós-cirúrgico da Colopexia?

A

Meloxicam, 0,1mg/kg via oral, uma vez ao dia, por 3 dias.

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15
Q

Qual é a dosagem recomendada de tramadol para analgesia pós-cirúrgica em gatos?

A

1-3mg/kg via oral, subcutânea, ou intramuscular, duas a três vezes ao dia, por 2 a 5 dias.

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16
Q

Qual é a dosagem recomendada de tramadol para analgesia pós-cirúrgica em cães?

A

2-4mg/kg via oral, subcutânea, intramuscular, ou intravenosa, três vezes ao dia, por 5 dias.

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17
Q

Qual é a recomendação dietética enquanto a sutura em bolsa de tabaco não for retirada?

A

Dieta pobre em fibras até a remoção da sutura (3 a 5 dias).

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18
Q

Quais são as possíveis complicações após o procedimento?
Colopexia

A

Tenesmo, disquesia, hematoquesia e recidiva do prolapso.

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19
Q

Colopexia - Como é o prognóstico após o procedimento?

A

Prognóstico BOM

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20
Q

O que causa infecção e impactação do saco anal?

A

Acúmulo de secreção devido a inflamação ou obstrução do ducto anal.

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21
Q

Onde estão localizados os sacos anais?

A

Um em cada lado do reto, sob a pele de cachorros e gatos, com ligações à extremidade da mucosa do reto.

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22
Q

Como os sacos anais são estimulados a liberar líquido?

A

Movimentos intestinais do cachorro, especialmente durante a eliminação de fezes.

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23
Q

O que compõe os sacos anais?

A

Material oleoso, glândulas sebáceas e glândulas apócrinas, resultando em um fluido semi-oleoso com odor forte e cor castanha.

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24
Q

Além da marcação territorial com a urina, como os cachorros marcam território através das fezes?

A

As glândulas anais liberam líquido nas fezes durante a eliminação, auxiliando na marcação territorial.

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25
Q

Além da marcação territorial, qual é outra função do líquido liberado pelos sacos anais?

A

O líquido ajuda na lubrificação das fezes.

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26
Q

Qual é a causa principal da saculite anal?

A

Infecção ou obstrução do ducto anal.

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27
Q

O que a inflamação dos sacos anais pode causar?

A

Liberação de secreção, criando um ambiente propício para o crescimento bacteriano.

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28
Q

O que pode acontecer devido ao acúmulo de secreção causado por obstrução nos sacos anais?

A

Casos de hipersecreção, causada por fatores infecciosos, endócrinos, alérgicos, comportamentais ou idiopáticos.

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29
Q

Quais são os sinais clínicos da saculite anal?(10)

A

Incluem histórico de diarreia, irritação anal evidente, perseguição da cauda, corrimento mal cheiroso, dor, sensibilidade, tenesmo, disquezia, constipação e hematoquezia.

30
Q

O que pode ser observado durante o exame físico de um animal com saculite anal?

A

Região intumescida e inflamada, febre, alargamento do saco anal na palpação, e secreção anormal ao ser comprimido (branco acinzentado, marrom, amarelo, verde, sanguinolento, purulento, arenoso, turvo ou opaco).

31
Q

Quem é mais comumente afetado pela saculite anal?

A

Pode ocorrer em animais de qualquer idade, raça ou gênero, mas é mais comum em animais de pequeno porte.

32
Q

Como é diagnosticada a impactação anal?

A

Saco distendido e dolorido

33
Q

Como é diagnosticada a saculite anal?

A

Dor à palpação, secreções líquidas amarelas tingidas de sangue ou purulentas

34
Q

Como é diagnosticada a abscedação do saco anal?

A

Distensão acentuada do saco, exsudato purulento, celulite, eritema, dor e febre.

35
Q

Qual exame de imagem é recomendado em casos de suspeita de neoplasia?

A

Radiografia TC ou IRM.

36
Q

Quais alterações laboratoriais são comuns na saculite anal?

A

Leucocitose com desvio à esquerda, citologia revelando debris celulares e bactérias

37
Q

Quais são algumas bactérias encontradas no material do saco anal doente?

A

S. faecalis, Clostridium perfringens, E.coli, Proteus spp, Staphylococcus.

38
Q

Qual é o principal diagnóstico diferencial da sacolite anal?

A

Alergias a pulgas, tumor perianal, fistula perianal ou pioderma das dobras da cauda.

39
Q

Como é tratada a sacolite anal?

A

Compreensão manual, lavagem antibiótica tópica, modificação da dieta, e tratamento das dermatoses concomitantes.

40
Q

Como é tratada a impactação anal leve?

A

Espremendo, lavagem com soro fisiológico e infusão de preparação de antibiótico-corticoide.

41
Q

Qual é o tratamento para abscessos de saco anal?

A

Corte, drenagem e lavagem. Compressas quentes aplicadas 2 ou 3 vezes ao dia são benéficas.

42
Q

Quando a saculectomia anal é indicada?

A

Em caso de fracasso na terapia médica e suspeita de neoplasias.

43
Q

Quando a cirurgia para trato de drenagem persistente deve ser adiada?

A

Até que a inflamação seja controlada após a ruptura do saco anal.

44
Q

Quais são as técnicas cirúrgicas utilizadas na saculectomia anal?

A

Técnica aberta ou fechada.

45
Q

Como devem ser tratadas saculite anal, abscedação ou fístula antes da cirurgia?

A

Devem ser tratadas durante vários dias

46
Q

Por que a inflamação e fibrose pré-operatórias aumentam o risco de incontinência fecal?

A

Podem resultar em dano ao esfíncter anal, causando incontinência fecal temporária ou permanente.

47
Q

Quais são algumas complicações em curto prazo após a cirurgia?

A

Drenagem excessiva, arrastar do ânus no chão, inflamação e formação de seroma.

48
Q

Quais são algumas complicações em longo prazo após a saculectomia anal?

A

Lamber o sítio da cirurgia, incontinência fecal, fistulização, formação de estenose, persistência de trato drenante.

49
Q

Além das mencionadas, quais outras complicações podem ocorrer após a cirurgia?

A

Infecção, deiscência, tenesmo, prolapso retal, disquezia e hematoquezia.

50
Q

Qual é o impacto severo das fístulas perianais em cães?

A

Podem ser debilitantes e, se não tratadas adequadamente, podem levar a alterações irreversíveis no reto e ânus, resultando em casos extremos de eutanásia.

51
Q

O que suspeita-se como possível causa genética das fístulas perianais?

A

Em pastores alemães, há uma suspeita de ligação genética; no entanto, estudos mais recentes indicam uma patogênese mediada pelo sistema imunológico.

52
Q

Quais são os sinais clínicos comuns de fístulas perianais em cães?

A

Tenesmo, hematoquezia, constipação, corrimento mucopurulento, coprofagia, anorexia, disquezia, diarréia, incontinência fecal, perda de peso, letargia.

53
Q

O que varia nos diagnósticos diferenciais de fístulas perianais?

A

Dependem dos sinais clínicos, com diferenciais incluindo dermatite alérgica, abscesso do saco anal, doença inflamatória intestinal, parasitas intestinais, e estenoses retais.

54
Q

O que é importante no exame retal e dos sacos anais para fístulas perianais?

A

A palpação completa e a expressão dos sacos anais ajudam a descartar abscessos e determinar a comunicação com fístulas.

55
Q

Quais são algumas complicações cirúrgicas comuns no tratamento de fístulas perianais?

A

Deiscência da ferida, flatulência, incontinência fecal, diarreia, tenesmo, constipação e estenose retal.

56
Q

Quais são alguns medicamentos usados na terapia imunossupressora para fístulas perianais?

A

Prednisona, Azatioprina, Ciclosporina, Tacrolimo

57
Q

Quais são as dosagens comuns para a terapia imunossupressora?

A

Prednisona (2-4mg/kg), Azatioprina (2mg/kg), Ciclosporina (4mg/kg a 10mg/kg), Tacrolimo (0,1% tópico).

58
Q

Qual é um problema comum quando a cirurgia é a única terapia para fístulas perianais?

A

Falta de resolução e alta incidência de recorrência.

59
Q

Além das complicações cirúrgicas, quais são outras complicações que podem ocorrer?

A

Tenesmo, prolapso retal, disquezia, hematoquezia, infecção e persistência de trajeto drenante.

60
Q

Em que faixa etária é mais comum a incidência de neoplasias perianais?

A

Maior em animais idosos a partir de 8 anos.

61
Q

Quais são as características dos adenomas perianais, tumores hepatóides em cães?

A

Nódulos arredondados, avermelhados, não aderidos, crescimento lento.

62
Q

Quais são as características do adenocarcinoma perianal em cães?

A

Crescimento acelerado, múltiplos, difusos, ulcerados, aderidos, com hematoquezia e disquezia.

63
Q

Qual é o tratamento recomendado para adenocarcinoma perianal?

A

Excisão cirúrgica ampla, orquiectomia (a depender), quimioterapia antineoplásica (carboplatina, doxorrubicina, mitoxantrona), eletroquimioterapia.

64
Q

Em que casos a quimioterapia e radioterapia são recomendadas para neoplasias malignas?

A

Para neoplasias malignas não exsecionáveis; VAC (vincristina, doxorrubicina, ciclofosfamida) pode ser uma opção.

65
Q

Quais são os cuidados pré-operatórios para neoplasias perianais?

A

Corrigir desequilíbrio eletrolítico, utilizar antibioticoterapia.

66
Q

Quais são os cuidados pós-operatórios recomendados?

A

Analgésicos sistêmicos, reintrodução de água e alimentos após 8-12 horas, amaciador de fezes por 3 semanas.

67
Q

Quando e como deve ser o acompanhamento pós-cirúrgico para neoplasias malignas?

A

Reavaliação em 2, 4, 6 meses após cirurgia e, a partir de então, anualmente; recidivas geralmente detectadas por volta de 3 meses.

68
Q

Como é o prognóstico pós-cirurgia para tumores perianais benignos e malignos?

A

Bom para tumores benignos; reservado e desfavorável para tumores malignos, apesar de alguns terem crescimento lento e metástase demorada.

69
Q

Qual é a eficácia conhecida da quimioterapia para neoplasias perianais?

A

A eficácia é desconhecida; pode retardar recidiva e crescimento metastático, mas não há relatos documentados.

70
Q

Quais são as possíveis complicações na amputação do reto?

A

Na amputação, são possíveis sangramento, estenose anal, infecção, deiscência de pontos e incontinência fecal.