Acidentes por Serpentes Flashcards

1
Q

O que é ofidismo e por que é considerado o principal acidente por serpentes?

A

Ofidismo refere-se ao envenenamento causado por serpentes, sendo considerado o principal acidente devido à sua frequência e gravidade.

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2
Q

Como ocorre o envenenamento por serpentes?

A

O envenenamento acontece quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, mas nem toda picada leva ao envenenamento.

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3
Q

Quais são as medidas preventivas para evitar acidentes com serpentes?

A

Usar botas de cano alto, luvas ao manipular áreas propensas a serpentes, manter o ambiente limpo e evitar acúmulo de lixo são algumas medidas preventivas.

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4
Q

O que fazer em caso de acidente com serpentes?

A

Lavar o local da picada com água e sabão, manter o paciente deitado e hidratado, procurar atendimento médico e, se possível, levar a serpente para identificação.

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5
Q

Quais são as práticas não recomendadas em caso de acidente com serpentes?

A

Não se deve fazer torniquete, cortar ou perfurar o local da picada, colocar substâncias estranhas e nem consumir bebidas alcoólicas ou tóxicos.

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6
Q

Qual é o tratamento indicado em casos de envenenamento por serpentes?

A

O tratamento é feito com soros antiofídicos específicos para cada tipo de envenenamento, administrados em ambiente hospitalar sob supervisão médica.

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7
Q

Quais são os principais gêneros de serpentes peçonhentas no Brasil?

A

Os principais gêneros são Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus, compreendendo cerca de 60 espécies.

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8
Q

Como identificar serpentes peçonhentas?

A

As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno na região anterior do maxilar superior e fosseta loreal, exceto as corais verdadeiras (Micrurus).

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9
Q

Quais são as características das serpentes não peçonhentas?

A

Geralmente têm hábitos diurnos, coloração viva e brilhante, escamas lisas e vivem próximas a coleções líquidas.

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10
Q

Onde as serpentes costumam se abrigar?

A

Elas se abrigam em locais quentes, escuros e úmidos, como pilhas de lenha, montes de lixo, entre outros.

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11
Q

Qual é o critério de identificação das serpentes corais verdadeiras?

A

Apresentam características externas iguais às das serpentes não peçonhentas, são desprovidas de fosseta loreal e têm padrão de coloração com anéis coloridos.

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12
Q

Quais são os grupos de serpentes botrópicas?

A

As serpentes botrópicas têm cabeça triangular, fosseta loreal, cauda lisa e presa inoculadora de veneno.

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13
Q

O que caracteriza o gênero Bothrops em relação aos acidentes por serpentes?

A

É responsável pela maioria dos registros de acidentes, sendo comum em várias regiões do Brasil.

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14
Q

Quais são as espécies de serpentes botrópicas comumente encontradas em diferentes estados brasileiros?

A

Urutu, Surucucurana, Jararaca-da-seca, Jararacuçu, Jararacão, entre outras.

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15
Q

Quais são os estados onde a Jararaca-do-norte é encontrada?

A

AC, AM, RR, PA, AP, MA, RO, TO, CE e MT, especialmente em áreas de floresta.

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16
Q

Qual é a importância do diagnóstico precoce e da soroterapia no tratamento de acidentes por serpentes?

A

São fundamentais para garantir um tratamento eficaz e reduzir os riscos de complicações graves.

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17
Q

Por que é importante manter o ambiente limpo e livre de entulho para evitar acidentes com serpentes?

A

Porque locais sujos e com entulho podem atrair pequenos animais, que servem de alimento às serpentes, aumentando o risco de encontros com humanos.

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18
Q

Quais são os principais sintomas de envenenamento por serpentes?

A

Os sintomas podem variar dependendo do tipo de serpente, mas geralmente incluem dor local intensa, edema, sangramento, distúrbios de coagulação, entre outros.

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19
Q

O que fazer se uma pessoa for picada por uma serpente não identificada?

A

Procurar imediatamente atendimento médico, informando sobre o acidente e, se possível, levar uma descrição da serpente para facilitar o tratamento.

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20
Q

Quais são as regiões do Brasil mais afetadas por acidentes com serpentes?

A

Todas as regiões brasileiras podem ser afetadas, mas algumas áreas como a Amazônia e regiões com vegetação densa apresentam maior incidência.

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21
Q

Quais são os cuidados necessários ao manipular materiais que podem abrigar serpentes, como lenha e folhas secas?

A

Usar luvas de proteção, evitar colocar as mãos em buracos e revirar esses materiais com cuidado para evitar encontros acidentais com serpentes.

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22
Q

Qual é a importância da educação e informação sobre serpentes para a prevenção de acidentes?

A

A educação e a informação podem ajudar as pessoas a reconhecerem os perigos, adotarem medidas preventivas e agirem corretamente em caso de acidente.

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23
Q

Quais são os riscos de não buscar atendimento médico após uma picada de serpente?

A

O risco inclui complicações graves, como necrose, insuficiência renal, distúrbios de coagulação e até mesmo óbito em casos mais graves.

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24
Q

Como diferenciar uma serpente peçonhenta de uma não peçonhenta visualmente?

A

A presença de fosseta loreal, dentes inoculadores de veneno e padrão de coloração são características que ajudam a diferenciar as serpentes.

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25
Q

Quais são os principais cuidados ao lidar com serpentes peçonhentas em ambiente hospitalar?

A

Os principais cuidados incluem o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), manipulação segura da serpente, administração adequada de soros antiofídicos e monitoramento contínuo do paciente.

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26
Q

Quais são os grupos de serpentes não peçonhentas mais comuns no Brasil?

A

Algumas das serpentes não peçonhentas mais comuns incluem cobras d’água, cobra cipó, cobra verde, entre outras espécies comuns em diferentes regiões do país.

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27
Q

Como evitar acidentes ao realizar atividades ao ar livre, como trilhas em áreas de mata?

A

Usar calçados adequados, evitar colocar as mãos em locais desconhecidos, manter-se atento ao ambiente ao redor e seguir trilhas conhecidas são algumas medidas preventivas.

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28
Q

Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar atendimento médico após uma picada de serpente?

A

Sintomas como dor intensa, inchaço significativo, sangramento persistente, dificuldade respiratória, náuseas, vômitos e tontura são sinais de alerta que requerem atendimento médico imediato.

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29
Q

Quais são os impactos ambientais da presença de serpentes peçonhentas em áreas urbanas?

A

A presença dessas serpentes pode causar preocupações de segurança pública, além de indicar possíveis desequilíbrios ambientais, como aumento da população de roedores e falta de controle de resíduos sólidos.

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30
Q

Como é feito o manejo seguro de serpentes peçonhentas em casos de resgate ou remoção em áreas urbanas?

A

O manejo seguro envolve o uso de técnicas específicas, como uso de gancho de captura, sacos apropriados para transporte, treinamento adequado dos profissionais envolvidos e liberação segura da serpente em seu habitat natural após o resgate.

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31
Q

Qual é a característica distintiva do Grupo Botrópico?

A

Cabeça triangular, fosseta loreal, cauda lisa e presa inoculadora de veneno.

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32
Q

Qual é a distribuição geográfica da serpente B. alternatus?

A

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais

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33
Q

Quais são os nomes populares da serpente B. atrox?

A

Surucucurana, Jararaca-do-norte, Combóia e Jararaca-do-rabo-branco

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34
Q

Onde é encontrada a serpente B. erythromelas?

A

Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

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35
Q

Qual é a distribuição geográfica da serpente B. jararacuçu?

A

Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina.

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36
Q

Qual é o nome científico da serpente conhecida como Coral?

A

Micrurus

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37
Q

O que caracteriza o Grupo Laquético?

A

Grande porte, cabeça triangular, fosseta loreal e cauda com escamas arrepiadas.

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38
Q

Quais são os nomes populares da serpente Lachesis sp.?

A

Surucucu

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39
Q

Onde é encontrada a serpente Lachesis sp.?

A

Em todo o país, exceto áreas florestais e zona litorânea.

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40
Q

Qual é o padrão de coloração que caracteriza o Grupo Elapídico?

A

Combinações diversas de anéis vermelhos, pretos e brancos.

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41
Q

Qual é o nome científico da cascavel?

A

Crotalus Durissus.

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42
Q

Onde é encontrada a serpente Crotalus Durissus?

A

Em todo o país, exceto áreas florestais e zona litorânea.

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43
Q

Qual é o principal gênero responsável pela maioria dos acidentes ofídicos no Brasil?

A

Bothrops

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44
Q

Qual é a faixa etária mais afetada por acidentes ofídicos no Brasil?

A

Entre 15 e 49 anos.

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45
Q

Quais são os sinais e sintomas precoces associados a acidentes com serpentes do gênero Bothrops?

A

Dor, edema, equimose, coagulação normal ou alterada e sangramento (gengivorragia).

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46
Q

Quais são os sinais e sintomas precoces associados a acidentes com serpentes do gênero Lachesis?

A

Semelhante ao acidente botrópico, acrescido de sinais de excitação vagal (bradicardia, hipotensão arterial e diarreia).

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47
Q

Quais são os sinais e sintomas precoces associados a acidentes com serpentes do gênero Crotalus?

A

Ptose palpebral, diplopia, turvação visual, oftalmoplegia, parestesia no local da picada, edema discreto e dor muscular generalizada.

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48
Q

Quais são os sinais e sintomas precoces associados a acidentes com serpentes do gênero Micrurus?

A

Acidentes raros, ptose palpebral, diplopia, oftalmoplegia, dor muscular generalizada e insuficiência respiratória aguda.

49
Q

O que caracteriza a distribuição sazonal dos casos de acidentes ofídicos no Brasil?

A

Incremento no número de casos no período de setembro a março.

50
Q

Quais são os valores de letalidade detectados para os diversos tipos de acidentes ofídicos no Brasil?

A

Botrópico (0,31%), Crotálico (1,85%), Laquético (0,95%) e Elapídico (0,36%).

51
Q

Qual é o segmento do corpo mais frequentemente afetado por picadas de serpentes?

A

Pé/perna, seguido por mão/antebraço.

52
Q

Qual é o número aproximado de acidentes ofídicos notificados anualmente no Brasil?

A

Cerca de 20.000 acidentes.

53
Q

Qual é a distribuição geográfica da serpente M. Corallinus?

A

Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

54
Q

Quais são os sinais e sintomas tardios associados a acidentes com serpentes do gênero Bothrops?

A

Bolhas, abscesso, necrose, oligúria, insuficiência renal aguda.

55
Q

Onde são mais frequentemente encontrados os acidentes com serpentes do gênero Crotalus?

A

Nas regiões meridionais do país, devido ao aumento da atividade humana nos trabalhos do campo.

56
Q

Quais são os sinais e sintomas tardios associados a acidentes com serpentes do gênero Crotalus?

A

Urina avermelhada ou escura, oligúria, insuficiência renal aguda.

57
Q

Onde são mais frequentemente encontrados os acidentes com serpentes do gênero Bothrops?

A

Nas regiões meridionais do país, devido ao aumento da atividade humana nos trabalhos do campo.

58
Q

Quais são os sinais e sintomas tardios associados a acidentes com serpentes do gênero Bothrops?

A

Bolhas, abscesso, necrose, oligúria, insuficiência renal aguda.

59
Q

Quais são os sinais e sintomas tardios associados a acidentes com serpentes do gênero Micrurus?

A

Urina avermelhada ou escura, oligúria, insuficiência renal aguda.

60
Q

Qual é o valor aproximado da letalidade dos acidentes crotálicos no Brasil?

A

Cerca de 1,85%.

61
Q

Quais são as principais serpentes envolvidas nos acidentes botrópicos no Paraná?

A

As serpentes encontradas com maior frequência são Bothrops alternatus (urutu, cruzeira, urutu cruzeiro), Bothrops jararaca (jararaca, jararaca do rabo branco), B. jararacuçu (jararacuçu), B. moojenii (caiçaca, jararacão, jararaca), B. cotiara (cotiara), B. neuwiedi (jararaca pintada).

62
Q

Quais são algumas das ações do veneno das serpentes do gênero Bothrops?

A

O veneno das serpentes Bothrops tem ação proteolítica, coagulante e hemorrágica.

63
Q

Como são classificados os acidentes botrópicos em termos de gravidade?

A

Os acidentes botrópicos são classificados em leve, moderado e grave, com base nas manifestações clínicas e terapêutica necessária.

64
Q

Quais são algumas das ações do veneno das serpentes do gênero Crotalus (cascavéis)?

A

O veneno das serpentes Crotalus tem ação neurotóxica, miotóxica e coagulante.

65
Q

Quais são algumas das manifestações clínicas associadas aos acidentes crotálicos?

A

As manifestações clínicas podem incluir parestesia local, sintomas neurológicos como ptose palpebral e flacidez da musculatura da face, além de sintomas musculares como mialgias e mioglobinúria.

66
Q

Qual é a importância do Tempo de Coagulação (TC) nos casos de acidente botrópico?

A

O TC é importante para o diagnóstico e acompanhamento dos casos, podendo indicar alterações na coagulação sanguínea.

67
Q

Como é o tratamento específico para os acidentes crotálicos?

A

O tratamento específico consiste no uso do Soro Antibotrópico (SAB) ou associações antibotrópico-crotálicas (SABC), dependendo da disponibilidade do soro e da gravidade do caso.

68
Q

Quais são algumas das complicações locais associadas aos acidentes botrópicos?

A

Algumas complicações locais incluem síndrome compartimental, abcessos e necrose, especialmente em extremidades de dedos.

69
Q

Quais são as principais manifestações sistêmicas observadas nos acidentes botrópicos?

A

Manifestações sistêmicas podem incluir sangramentos em ferimentos pré-existentes, hemorragias à distância, náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão arterial e, em casos graves, choque.

70
Q

Como são as manifestações locais nos acidentes crotálicos?

A

As manifestações locais nos acidentes crotálicos podem incluir marcas das presas, edema, eritema, e em casos graves, podem ocorrer lesões musculares como rabdomiólise.

71
Q

Quais são as principais ações do veneno das serpentes do gênero Bothrops?

A

O veneno das serpentes Bothrops possui ação proteolítica, coagulante e hemorrágica, além de poder afetar a função plaquetária.

72
Q

Como são classificados os acidentes crotálicos em termos de gravidade?

A

Os acidentes crotálicos podem ser classificados como leves, moderados e graves, dependendo das manifestações clínicas e da necessidade terapêutica.

73
Q

Quais são as manifestações neurológicas associadas aos acidentes crotálicos?

A

As manifestações neurológicas incluem ptose palpebral, flacidez da musculatura da face, oftalmoplegia, dificuldade de acomodação visual e alterações no reflexo do vômito, entre outros.

74
Q

Como é o tratamento geralmente realizado nos casos de acidentes botrópicos?

A

O tratamento geral pode incluir drenagem postural do segmento picado, analgesia, hidratação, e em casos de infecção, antibioticoterapia.

75
Q

Quais são as principais ações do veneno das serpentes do gênero Crotalus?

A

O veneno das serpentes Crotalus tem ação neurotóxica, miotóxica e coagulante, afetando principalmente o sistema nervoso e muscular.

76
Q

Como é o tratamento específico nos casos de acidentes crotálicos?

A

O tratamento específico envolve o uso do Soro Anticrotálico, visando neutralizar os efeitos neurotóxicos e miotóxicos do veneno das cascavéis.

77
Q

Quais são os principais sinais de complicações sistêmicas nos acidentes crotálicos?

A

Os principais sinais de complicações sistêmicas incluem distúrbios da coagulação, aumento do Tempo de Coagulação (TC) ou incoagulabilidade sanguínea, além de pequenos sangramentos e, em casos graves, gengivorragia.

78
Q

Qual é a importância do hemograma nos casos de acidentes ofídicos?

A

O hemograma pode revelar leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda, além de plaquetopenia de intensidade variável, ajudando na avaliação do quadro clínico e na detecção de complicações.

79
Q

Como são tratadas as complicações locais nos acidentes botrópicos?

A

As complicações locais podem ser tratadas com fasciotomia em casos de síndrome compartimental, debridamento em casos de necrose, e outros procedimentos conforme a necessidade.

80
Q

Quais são os métodos de diagnóstico complementares utilizados nos acidentes ofídicos?

A

Além do hemograma e do Tempo de Coagulação, podem ser realizados exames sumários de urina, dosagem de fibrinogênio, tempo de protrombina (TP), tempo de protrombina parcialmente ativada (TPPA) e tempo de trombina (TT), dependendo da evolução clínica do paciente.

81
Q

Como é feito o diagnóstico diferencial entre os acidentes botrópicos e crotálicos?

A

O diagnóstico diferencial é feito com base nas manifestações clínicas, nos exames laboratoriais e nos detalhes do acidente, como a identificação da serpente envolvida e as características do veneno.

82
Q

Quais são os principais fatores de risco associados aos acidentes crotálicos?

A

Os principais fatores de risco incluem o ambiente seco onde as cascavéis são encontradas, a frequência de contato humano com essas serpentes e a gravidade dos efeitos neurotóxicos e miotóxicos do veneno.

83
Q

Quais são as medidas de prevenção recomendadas para evitar acidentes ofídicos?

A

Algumas medidas de prevenção incluem evitar áreas conhecidas por terem serpentes, usar calçados fechados em ambientes propícios para encontros com serpentes, e estar ciente dos procedimentos adequados em caso de picada.

84
Q

Como é o processo de fabricação do soro antiofídico e qual a sua importância no tratamento dos acidentes?

A

O soro antiofídico é produzido a partir de veneno de serpentes, sendo essencial no tratamento dos acidentes ofídicos para neutralizar os efeitos tóxicos do veneno e evitar complicações graves.

85
Q

Quais são as principais orientações para o manejo pré-hospitalar de vítimas de picadas de serpentes venenosas?

A

As principais orientações incluem manter a vítima calma e imóvel, realizar compressão no local da picada se necessário, remover joias ou objetos que possam comprimir o local da picada, e buscar atendimento médico imediato.

86
Q

Quais são os principais cuidados no tratamento de complicações renais nos acidentes crotálicos?

A

Os principais cuidados incluem monitoramento da função renal, hidratação adequada, e em casos de insuficiência renal aguda, intervenções terapêuticas específicas conforme orientação médica.

87
Q

Quais são as orientações para a administração do soro antiofídico nos casos de acidentes ofídicos?

A

As orientações incluem a administração precoce do soro antiofídico conforme a gravidade do acidente, monitoramento da resposta ao tratamento, e possibilidade de doses adicionais em casos específicos.

88
Q

Como é o manejo das manifestações neurológicas nos acidentes crotálicos?

A

O manejo envolve o controle dos sintomas neurológicos, como ptose palpebral, oftalmoplegia, e dificuldade de deglutição, com acompanhamento médico e tratamento específico quando necessário.

89
Q

Quais são os principais sinais de melhora ou piora nos casos de acidentes ofídicos?

A

Sinais de melhora incluem diminuição do edema local, normalização dos exames laboratoriais como o Tempo de Coagulação, e regressão dos sintomas neurológicos. Sinais de piora podem incluir progressão do edema, agravamento das complicações sistêmicas e falta de resposta ao tratamento.

90
Q

Qual é a importância da educação e conscientização da população sobre os riscos e medidas de prevenção dos acidentes ofídicos?

A

A educação e conscientização são fundamentais para reduzir o número de acidentes ofídicos, pois ajudam as pessoas a reconhecerem os riscos, adotarem medidas preventivas e procurarem ajuda médica adequada em caso de picada.

91
Q

Quais são os principais grupos de serpentes que causam acidentes ofídicos no Paraná?

A

Botrópico, Crotálico e Elapídico.

No Paraná, os principais grupos de serpentes causadores de acidentes ofídicos são o Botrópico, representado pelas serpentes do gênero Bothrops (Jararaca, Jararacuçu, Urutu, Cruzeira, Caissaca), o Crotálico, representado pelas serpentes do gênero Crotalus (Cascavel), e o Elapídico, representado pelas serpentes do gênero Micrurus (Coral verdadeira).

92
Q

Quais são as espécies de serpentes do grupo Botrópico que causam acidentes no Paraná?

A

Jararaca, jararacuçu, urutu, cruzeira e caissaca.
No Paraná, as espécies de serpentes do grupo Botrópico que causam acidentes são a Jararaca, Jararacuçu, Urutu, Cruzeira e Caissaca.

93
Q

Qual é a porcentagem aproximada de acidentes ofídicos no Brasil causados por serpentes do grupo Botrópico?

A

Cerca de 90% dos acidentes ofídicos no Brasil são causados por serpentes do grupo Botrópico.

94
Q

Como é dividido o mecanismo de ação do veneno botrópico?

A

Proteolítica, coagulante e hemorrágica.

O veneno botrópico possui três ações conhecidas: proteolítica, coagulante e hemorrágica. A ação proteolítica é atribuída às proteases, hialuronidases e fosfolipases presentes no veneno. A ação coagulante está relacionada à ativação do fator X e da protrombina, levando à incoagulabilidade sanguínea. Já a ação hemorrágica ocorre devido à ação das hemorraginas sobre o endotélio vascular, associada à plaquetopenia e alterações da coagulação.

95
Q

Quais são as principais manifestações locais do acidente botrópico?

A

As principais manifestações locais do acidente botrópico incluem dor intensa, edema, equimose na região da picada que pode progredir ao longo do membro, e eventualmente bolhas com conteúdo seroso ou sero-hemorrágico. Essas manifestações podem evoluir para áreas de necrose, sendo acompanhadas por infecções secundárias, que são as principais complicações locais.

96
Q

Quais são as principais manifestações sistêmicas do acidente botrópico?

A

As manifestações sistêmicas do acidente botrópico podem incluir sangramentos em pele e mucosas (gengivorragia, equimoses a distância do local da picada), hematúria, hematêmese, enterorragia, hipotensão e choque, embora estes últimos sejam mais raros. Também podem ocorrer alterações no sistema nervoso central, como sangramento, resultante da ação hemorrágica do veneno.

97
Q

Quais são as complicações locais do acidente botrópico?

A

Síndrome Compartimental, abscesso e necrose.
Entre as complicações locais associadas ao acidente botrópico estão a Síndrome Compartimental, caracterizada por grande edema que leva à isquemia de extremidades, abscesso devido à ação proteolítica do veneno, e necrose decorrente da ação proteolítica, associada à isquemia local.

98
Q

Quais são as complicações sistêmicas do acidente botrópico?

A

Choque, insuficiência renal aguda e óbito.
As complicações sistêmicas do acidente botrópico podem incluir choque, insuficiência renal aguda (IRA) devido à ação nefrotóxica do veneno, e até mesmo óbito, embora este último seja raro. Outras complicações sistêmicas podem estar relacionadas a sangramentos em diversos órgãos e sistemas.

99
Q

Qual é o tratamento específico para o acidente botrópico?

A

Soro antibotrópico (SAB).
O tratamento específico para o acidente botrópico envolve a administração do soro antibotrópico (SAB), que é indicado com base em critérios clínicos específicos descritos nas diretrizes médicas. Em geral, são administradas doses de soro conforme a gravidade do quadro e a resposta do paciente ao tratamento.

100
Q

Quais exames complementares são recomendados para avaliar o acidente botrópico?

A

Tempo de coagulação (TC) e coagulograma completo.
Para avaliar o acidente botrópico, são recomendados exames laboratoriais como o tempo de coagulação (TC) e o coagulograma completo com testes de Tempo de Ativação da Tromboplastina Parcial (TTPa) e Tempo de Tromboplastina (TT), além de avaliação clínica contínua para monitorar a evolução do quadro.

101
Q

Como é realizado o controle da eficácia do soro antibotrópico (SAB) no tratamento do acidente botrópico?

A

Bom, com baixa letalidade e possibilidade de sequelas locais.
O controle da eficácia do soro antibotrópico é realizado pela determinação do tempo de coagulação (TC) 12 e 24 horas após o término da soroterapia. Em casos de incoagulabilidade no exame de 12 horas e/ou qualquer alteração da coagulação nos exames de 24 horas, pode ser indicada soroterapia complementar com duas ampolas de SAB.

102
Q

Quais são as ações do veneno crotálico e como elas afetam o organismo humano?

A

O veneno crotálico possui ação neurotóxica, miotóxica, nefrotóxica e coagulante. A ação neurotóxica é causada principalmente pela fração crotoxina, que inibe a liberação de acetilcolina, resultando em bloqueio neuromuscular e paralisia. A ação miotóxica provoca lesões nas fibras musculares esqueléticas, levando à rabdomiólise. A ação nefrotóxica pode causar insuficiência renal aguda. A ação coagulante está relacionada à conversão direta do fibrinogênio em fibrina, levando à incoagulabilidade sanguínea.

103
Q

Quais são as manifestações locais e sistêmicas do acidente crotálico?

A

Neurotóxica, miotóxica, nefrotóxica e coagulante. As manifestações locais do acidente crotálico geralmente incluem dor, edema e eritema na região da picada. Já as manifestações sistêmicas podem variar desde neuroparalisias, como ptose palpebral e oftalmoplegia, até distúrbios de olfato e paladar, insuficiência respiratória aguda e sangramentos discretos em casos mais graves.

104
Q

Quais são as complicações associadas ao acidente crotálico?

A

Entre as complicações associadas ao acidente crotálico estão as neuroparalisias persistentes, insuficiência renal aguda (IRA), necrose tubular aguda e sangramentos graves, que podem levar ao óbito em casos extremos.

105
Q

Qual é o tratamento clínico recomendado para o acidente crotálico?

A

O tratamento clínico para o acidente crotálico inclui medidas gerais como hidratação adequada para prevenir alterações renais, uso de diuréticos se necessário, alcalinização da urina para prevenir efeitos nefrotóxicos, além do tratamento específico com soro anticrotálico (SAC) conforme critérios clínicos específicos.

106
Q

Quais exames complementares são indicados para avaliar o acidente crotálico?

A

Para avaliar o acidente crotálico, são indicados exames como creatinina sérica para monitorar a função renal, exames de coagulação como Tempo de Ativação da Tromboplastina Parcial (TTPa) e Tempo de Tromboplastina (TT), além de avaliação contínua dos sinais vitais e da função respiratória.

107
Q

Como é feita a administração do soro anticrotálico (SAC) no tratamento do acidente crotálico?

A

O soro anticrotálico é administrado por via intravenosa, geralmente em doses específicas determinadas pelo peso e gravidade do quadro clínico do paciente. A administração deve ser realizada sob supervisão médica e de preferência em ambiente hospitalar.

108
Q

Quais são os principais objetivos do tratamento clínico no acidente crotálico?

A

Os principais objetivos do tratamento clínico no acidente crotálico são neutralizar os efeitos do veneno, controlar as manifestações sistêmicas como neuroparalisias e insuficiência renal aguda, prevenir complicações graves e promover a recuperação do paciente.

109
Q

Quais são as medidas de suporte importantes no tratamento do acidente crotálico?

A

No tratamento do acidente crotálico, medidas de suporte como monitorização dos sinais vitais, controle da hidratação, manutenção de um adequado fluxo urinário, administração de analgésicos e suporte respiratório quando necessário são fundamentais para o manejo eficaz do paciente.

110
Q

Quais são os critérios clínicos que indicam a necessidade de administração do soro antibotrópico (SAB) ou anticrotálico (SAC) nos casos de acidentes ofídicos?

A

Os critérios clínicos para administração do SAB ou SAC incluem a gravidade das manifestações locais e sistêmicas, como incoagulabilidade sanguínea, neuroparalisias, insuficiência renal aguda, sangramentos graves, entre outros. O diagnóstico e a decisão terapêutica devem ser baseados na avaliação médica completa do paciente.

111
Q

Quais são as medidas de prevenção recomendadas para evitar acidentes ofídicos?

A

As medidas de prevenção para evitar acidentes ofídicos incluem evitar o contato próximo com serpentes, especialmente em áreas de risco conhecido, usar equipamentos de proteção adequados ao trabalhar em ambientes onde há presença de serpentes, manter áreas limpas e livres de entulhos onde serpentes possam se esconder, além de orientar a população sobre os perigos e medidas corretas em caso de encontro com serpentes.

112
Q

Quais são as orientações gerais para o atendimento inicial de uma vítima de acidente ofídico?

A

As orientações gerais para o atendimento inicial incluem manter a vítima calma e em repouso, realizar limpeza da área da picada com água e sabão sem aplicar torniquetes ou realizar sucção do veneno, manter a área da picada elevada em relação ao resto do corpo, e buscar assistência médica especializada o mais rápido possível.

113
Q

Como é realizada a avaliação do tempo de coagulação (TC) para determinar a eficácia do soro antibotrópico (SAB) no tratamento do acidente botrópico?

A

A avaliação do tempo de coagulação (TC) para determinar a eficácia do SAB é feita por meio de exames laboratoriais, como o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) e o tempo de protrombina (TP), que avaliam a capacidade de coagulação do sangue. Esses exames são realizados geralmente 12 e 24 horas após o término da soroterapia.

114
Q

Quais são as principais manifestações locais e sistêmicas do acidente botrópico, causado por serpentes do gênero Bothrops?

A

As manifestações locais do acidente botrópico incluem dor intensa, edema significativo, equimose (manchas arroxeadas) na região da picada, bolhas com conteúdo seroso ou sero-hemorrágico, podendo evoluir para áreas de necrose. Já as manifestações sistêmicas podem incluir sangramentos em pele e mucosas, hipotensão, choque, hematúria, hematêmese, enterorragia e alterações neurológicas.

115
Q

Quais são as complicações locais e sistêmicas associadas ao acidente botrópico?

A

As complicações locais podem incluir síndrome compartimental, abscesso devido à ação proteolítica do veneno, necrose de tecidos, podendo evoluir para gangrena. Já as complicações sistêmicas podem envolver choque, insuficiência renal aguda, sangramentos graves e, em casos extremos, óbito.

116
Q

Como é feito o tratamento clínico do acidente botrópico e quais são as medidas específicas adotadas?

A

O tratamento clínico do acidente botrópico envolve medidas como manter o paciente em repouso, elevar o membro afetado, administração de analgésicos para controle da dor, monitorização dos sinais vitais, hidratação adequada, administração do soro antibotrópico (SAB) conforme critérios clínicos, profilaxia do tétano e acompanhamento de exames laboratoriais para avaliação da coagulação sanguínea.

117
Q

Quais são os exames complementares indicados para avaliação do acidente botrópico?

A

. Os exames complementares indicados para avaliação do acidente botrópico incluem testes de coagulação como tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa), tempo de protrombina (TP), além de avaliação do estado renal por meio de exames como creatinina sérica e ureia.

118
Q

Quais são as medidas de suporte essenciais no tratamento do acidente botrópico?

A

No tratamento do acidente botrópico, medidas de suporte essenciais incluem monitorização contínua dos sinais vitais, controle da hidratação, manutenção de um adequado fluxo urinário, administração de analgésicos para controle da dor, além do uso do soro antibotrópico (SAB) conforme critérios clínicos estabelecidos.