Acidente com Animais Peçonhentos Flashcards
Qual a diferença entre animais peçonhentos e venenosos ?
Animais peçonhentos produzem peçonha na glandula venenosa e apresentam condições para injeta-las, através de estruturas perfurantes. á os venenosos, causam envenenamento de forma passiva, pelo contato, ingestão ou compressão.
Quais os acidentes por animais peçonhentos mais comuns ?
- Escorpião- 57%
- Aranha- 17%
- Cobras- 15%
Ofídico: como é o diagnóstico?
Clínico epidemiológico.
Todo acidente ofídico é por animal peçonhento?
Não
Ofídico: Sazonalidade.
Períodos de calor e chuva ( setembro a março);
Ofídico: Epidemiologia.
- Áreas rurais;
- 15 a 45 anos;
- Masculino;
- Pé/perna > mão/antebraço.
Quais os principais tipos de serpentes peçonhentas?
- Crotálico;
- Laquético;
- Botrópico;
- Elapídico;
Fosseta loreal.
Presente em botrópico, crotálico e laquético.
Cauda ( ofídico).
- Lisa: botrópico;
- Chocalho: crotálico;
-Escamas: laquético;
Botrópico: Epidemiologia.
- Mais comum- 90%
- Jararaca, jararacuçu, urutu, caiçara, ouricana;
- Habitam zona rural e florestas;
- Hábitos noturnos;
- Bote sem ruído;
Botrópico: Ações do veneno.
-Proteolítica- atividades de enzimas- inflamaçao e necroses- bolhas, edema e necrose;
- Coagulante: Veneno ativa cascata com consumo de fatores de coagulação- incoagulabilidade sanguína + plaquetopenia;
- Hemorragica: hemorraginas lesam membrana de capilares;
- IR: por microtrombos com obstrução de circulaçao renal ou por choque.
Botrópico: clínica.
Local:
- Dor;
- Edema;
- Marca da picada;
- Eritema discreto;
- Bolhas sero-hemorrágicas;
- Necrose;
- Enfartamento ganglionar;
Sistêmico:
- Sangramento em pele e mucosa;
- Hipotensao;
- Nausea/vômitos;
- IRA;
- Choque;
Botrópico: Complicações.
- SIRS;
- Síndrome compartimental;
- Abscesso;
- Necrose;
- Choque;
- IRA;
Botrópico: Gravidade.
- Leve: locais discretos, sem sistemicos;
- Moderado: Locais mais evidentes, sem sistêmicos;
- Grave: local+ sistemico;
Botrópico: Tratamento.
- Membro estendido e elevado;
- Analgesia;
- Hidrataçao;
- ATB- infecção 2ª;
- Soro;
Botrópico: quantas ampolas de soro usar?
- Leve: 2-4
- Moderada: 4-8
- Grave:12
Crotálico: Epidemiologia.
- Cascavel, Boicininga, Maracá, Maracambóia;
- Maior coeficiente de letalidade;
- Habitam áreas secas, arenosas e pedregosas;
- Ruído de chocalho.
Crotálico: Açoes do veneno.
- Neurotóxica: Inibe liberaçao de acetilcolina- bloqueio neuromuscular;
- Miotóxica: rabdomiólise- aumento de hdl, ck e ast;
- Coagulaçao: incoagulabilidade sanguínea;
-Nefrotóxica: pela mioglobinúria e desidrataçao; - Hepatotóxica: Necrose de tecido hepático;
Crotálico: Clínica
Locais: dor leve, eritema em picada, parestesia local ou regional;
Sistemico: gerais, secura de boca, sudorese;
Neurológicos: Face mistenica de Rosenfeld, alteração na deglutição, dificuldade em olfato e paladar;
Musculares: malgia, IResp., fasciculação, paralisia, mioglobinúria;
Crotálico: Gravidade.
- Leve: só local;
- Local+ alteração urinária;
- Grave: face miastênica, muscular e neurotóxicas graves;
Crotálico: Tratamento.
- Hidratação;
- Manitol a 20%;
- Bicarbonato;
- Furosemida;
- Correção de distúrbio hidroeletrolítico;
- Soro;
Laquético: Epidemiologia.
- Surucucu, malha de fogo;
- Áreas florestais;
Laquético: Ações do Veneno.
- Proteolítica;
- Coagulante;
- Hemorrágica;
- Neurotóxica: estimulação vagal
Laquético: Clínica.
Local: igual botrópico;
Sistemico: semelhante ao brotópico + sintomas vagais;
Laquético: Tratamento
- Tratamento geral;
- Estabilização;
- Soro: 10 a 20 ampolas.
Elapídico: Epidemiologia.
- Micrurus : coral verdadeira ( falsa: não tem inoculador + barriga branca e anel diferente);
- Comum na Amazônia;
Elapídico: Ações do Veneno.
- Neurotóxica- ação pré e pós sináptica.
Elapídico: Clínica
Local: dor e parestesia discreta;
Sistêmica: gerais, fraqueza muscular progressiva, face miastênica, paralisia de músculos respiratórios.
Elapidico: Tratamento
- Se Iresp: Ambu ou máscara, IT ou VM;
- Atropina;
- Neoatigmina;
- Soro 10 ampolas;
Escorpionismo: Epidemiologia
- MG, SP, BA, RN, AL, CE;
- Sazonalidade: meses quentes e chuvosos;
- Membro superior > inferior;
Escorpionismo: espécies
- T serrulatus;
- T bahiensis;
- T stigmurus;
- T cambridgei;
- T metuendus;
Escorpionismo: Ações do veneno
Afeta canais de sodio- efeito parassimpático e simpático
Escorpionismo: Clinica
Local: Dor, parestesia, eritema
Sistêmico: hipo ou hipertemia
Agitação
Tremor
Hipertonia
Gerais
Icc
Arritmia
EAP
Choque
Escorpionismo: Gravidade
Leve: local
Moderada: local+ 1 sistêmica
Grave: sistêmica
Escorpionismo: Tratamento
< 7 anos:
2 ampolas( repete se não melhora em trinta minutos)
Grave: 4 ampolas
> 7 anos:
Observação
Moderado: 2 ampolas
Grave: 4 ampolas
Araneismo: espécies
Loxoceles;
Phoneutria;
Latrodectus;
Loxoceles: epidemiologia
Forma mais grave
Acomete principalmente adultos- mulheres
Acomete mais coxa, tronco ou braços
Loxoceles: ações do veneno
Processo inflamatório local: obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose focal
Hemólise intravascular
Loxoceles: clinica
Cutânea: picada pouco dolorosa no início, mas, evolui com bolhas serohemorragicas e necrose
Sintomas gerais
Redução em nível de consciência
Cutâneo- Visceral: hemólise intravascular intensa- anemia, icterícia, hemoglobinuria, coagulação intravascular
Loxoceles: Gravidade
Leve: in característica
Moderada: característica
Grave: característica e alteração de hemólise intravascular
Loxoceles: Tratamento
Leve: sintomático
Moderado: 5 ampolas de soro ou prednisona
Grave: 10 ampolas e prednisona
Phoneutria: Epidemiologia
Ocorre em áreas urbanas
Ambos os sexos
Mãos e pés
Aranhas apresentam posição de defesa
Phoneutria: ações do veneno
Ativação dos canais de sodio
Phoneutria: clinica
Local: dor imediata, edema, eritema, sudorese, parestesia
Sistêmico: taquicardia, hipertensão, agitação, sudorese, sialorreia, priapismo, hipotensão, choque, EAP
Phoneutria: Gravidade
Leve: local
Moderado: local e sistêmico leve
Grave: local e sistêmico grave
Phoneutria: Tratamento
Leve: sintomático
Moderado: 2-4 ampolas de soro
Grave: 5-10 ampolas de soro
Latrodectus: Epidemiologia
Região Nordeste
Sexo masculino entre 10 a 30 anos
Femea
Latrodectus: Acao do veneno
Alpha latrotoxina que atua sobre terminações nervosas- dor
Liberação adrenérgicos e colinergica
Aumento da permeabilidade ao sódio e potassio
Latrodectus: Clinica
Local: Lesão puntiformes e dolorosas, hiperestesia, pápula, placa urticariforme
Sistêmica: teremos, ansiedade, cefaléia, eritema, prurido
Motor: contratura, hiperreflexia, rigidez abdominal, fáceis latrodectismica
Latrodectus: Gravidade
Leve: local
Moderada: espasmos, dor abdominal
Grave: faceis
Latrodectus: Tratamento
Leve: sintomático
Moderado: 1 ampola de soro
Grave: 2 ampolas de soro
Diagnóstico diferencial acidente por aranhas.
Espasmo muscular: Latrodectus
Adrenergico e colinergica: Phoneutria
Isquemia próximo ao ponto de inoculação: Loxosceles