acalásia Flashcards

1
Q

qual o significado do termo “acalásia”?

A

“não relaxamento”

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2
Q

acalásia é o distúrbio motor primário mais comum do esôfago?

A

SIM

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3
Q

qual a idade que ocorre com maior frequência?

A

25 a 60 anos de idade

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4
Q

qual a principal característica da acalásia?

A

déficit de relaxamento fisiológico do esfíncter esofagiano inferior (EEI) durante a deglutição.

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5
Q

quais as características da acalásia?

A

(1) déficit de relaxamento fisiológico do esfíncter esofagiano inferior (EEI) durante a deglutição.
(2) graus variados de hipertonia do EEI (tônus normal em alguns casos)
(3) subtituição TOTAL da peristalse normal do corpo esofagiano por contrações anormais.

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6
Q

qual a causa das alterações encontradas na acalásia?

A

As alterações encontradas na acalásia são consequência
da degeneração de neurônios do plexo
de Auerbach presente na parede esofagiana (seus corpos celulares são destruídos), o grande responsável
pela coordenação motora do esôfago.

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7
Q

qual o principal sintoma da acalásia?

A

DISFAGIA DE CONDUÇÃO

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8
Q

a disfagia de condução ocorre para sólidos e líquidos ou só para sólidos?

A

para sólidos e líquidos.

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9
Q

a disfagia surge agudamente ou insidiosamente?

A

insidiosamente! (meses ou anos)

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10
Q

o que a obstrução a passagem do bolo alimentar gera no esôfago?

A

faz com que o esôfago retenha material não digerido, podendo sobrevir graus variados de dilatação em seu corpo.

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11
Q

quais outros sintomas o paciente pode desenvolver além de disfagia?

A
  • regurgitação, broncoaspiração, halitose (em estágios mais avançados), tosse crônica (especialmente noturna), perda de peso ao longo de meses ou anos.
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12
Q

a regurgitação desse material não digerido que ocorre em 1/3 dos pacientes pode resultar em:

A

crises de tosse e broncoespasmo (que geralmente ocorre ao deitar) ou até em episódios de repetidos de pneumonia e abcesso pulmonar, bem como na formação de bronquiectasias (todos em função das broncoaspirações.

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13
Q

a perda de peso é uma constante, geralmente insidiosa e leve a moderada. V OU F?

A

V!!

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14
Q

odinofagia (dor ao deglutir) é um sintoma característico?

A

não! mas pode ocorrer principalmente nos estágios iniciais da doença.

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15
Q

a dor torácica (cólica esofagiana) é muito comum na acalásia?

A

não! é relatada apenas por alguns pacientes, e resulta de contrações vigorosas que tentam “vencer” o EEI (acalásia vigorosa).
esse fenômeno costuma aparecer só nas fases iniciais da acalásia, quando a contratilidade do corpo esofagiano ainda não foi completamente perdida.

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16
Q

a acalásia é uma lesão benigna, maligna ou pré-maligna?

A

PRÉ-MALIGNA, complicando tardiamente de 1 a 10% dos pacientes num tempo médio de 15 a 25 anos.

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17
Q

qual o tipo histológico mais comum da lesão pré-maligna da acalásia?

A

carcinoma escamoso

18
Q

O mecanismo
etiopatogênico é a irritação da mucosa promovida
pelo material estagnado no corpo do esôfago,
o que induz a formação de áreas de metaplasia
e posterior neoplasia.

A

V

19
Q

qual o teste padrão ouro para confirmação da acalásia?

A

ESOFAGOMANOMETRIA

20
Q

quais outros exames a acalásia pode ser detectada?

A
  • radiografia de tórax

- esofagografia baritada

21
Q

o que o RX de tórax simples pode revelar?

A
  • ausência da bolha gástrica
  • massa mediastínica tubular ao lado da aorta
  • nível hidroaéreo no mediastino na posição
    ereta, representando material estagnado no
    esôfago.
22
Q

o que a esofagografia baritada pode mostrar?

A
  • dilatação do corpo esofagico (megaesôfago)
  • imagem de estreitamento em “bico de pássaro” na topografia do EEI
  • atraso no esvaziamento esofagiano.
  • presença de contrações esofagianas não peristálticas (anormais)
23
Q

é a esofagografia que permite classificar a doença em diversos estágios?

A

sim!

24
Q

quais são os estágios criados para estágiar o megasôfago chagásico na esofagografia baritada? (classificação de Rezende)

A

I - Forma anectásica: esôfago de calibre normal (até 4 cm), apenas com pequena retenção de contraste, um minuto após a deglutição.

II - Esôfago discinético: com pequeno aumento
de calibre (entre 4-7 cm) e franca retenção
do contraste (megaesôfago leve).

III - Esôfago francamente dilatado (megaesôfago
clássico, entre 7-10 cm), atividade motora
reduzida e grande retenção de contraste.

IV - Dolicomegaesôfago (dólico = alongado):
maior que 10 cm ou tortuoso.

25
Q

quais achados na esofagomanometria (padrão ouro)?

A

(1) não relaxamento do EEI em resposta à deglutição (principal);
(2) graus variados de hipertonia do EEI;
(3) aperistalse (ou ausência de contrações eficazes)

26
Q

a presença de qual patologia na esofagomanometria fala contra acalásia?

A

DRGE, doença do refluxo gastroesofágico.

27
Q

o que a EDA pode fazer?

A
  • confirmar a dilatação do corpo do esôfago
  • excluir uma possível obstrução mecânica como causa da disfagia.
  • uma “esofagite irritativa” mas não de refluxo pode ser detectada.
28
Q

quais principais diagnósticos diferenciais de acalásia?

A
  • carcinoma estenosante distal (pseudoacalásia)

- estenose péptica

29
Q

como se exclui com segurança alguma condição maligna?

A

Em todos os pacientes com suspeita de acalásia, deve-se fazer biópsia do esôfago
distal e da cárdia, para que se possa excluir
com segurança alguma condição maligna.

30
Q

qual a forma mais comum de acalásia? primária ou secundária?

A

PRIMÁRIA (IDIOPÁTICA)

31
Q

qual a principal causa de acalásia secundária no BRASIL?

A

DOENÇA DE CHAGAS.

32
Q

quais outras etiologias mais raras?

A
  • amiloidose
  • sarcoidose
  • gastroenterite eosinofilica
33
Q

o que o protozoário flagelado Trypanosoma Cruzi causa na esofagopatia chagásica?

A

ele invade o plexo mioentérico (plexos de Auerback e Meissner) causando disfunção e posterior necrose dos interneurônios responsáveis pelo relaxamennto do EEI, e lesa neurônios importantes para a peristalse do corpo esofagiano.

34
Q

como é popularmente conhecida a esofagopatia chagásica?

A

“mal do engasgo”

35
Q

quais os sintomas da esofagopatia chagásica?

A

os mesmos da acalásia idiopática!

36
Q

as alterações nos exames baritados e manométricos são diferentes na acalásia idiopática e na chagásica?

A

não, apresentam as mesmas anomalias

37
Q

como deve ser o diagnóstico da esofagopatia chagásica?

A
  • sorológico (ELISA)
    OU
  • reação de machado-guerreiro.
38
Q

qual abordagem farmacológica é utilizada para pacientes com sintomas leves a moderados? e o que eles fazem?

A
  • nitratos (via sublingual)
  • antagonistas de cálcio (10mg nifedipina VO 6/6hr);
  • reduzem a pressão do EEI.
39
Q

Como é feito o tratamento com toxína botulínica?

A
  • consiste na injeção intramural e circunferencial de toxina botulínica
  • inibe neurônios excitatórios parassimpáticos (colinérgicos)
  • duração de 3-6 meses
40
Q

quais problemas existem com a dilatação pneumática (por balão) do EEI como método terapêutico?

A
  • perfuração esofágica (2-6% dos casos)
  • recidiva dos sintomas (50% dos casos) - nesse caso podem ser realizadas novas dilatações.
  • DRGE (2% dos casos)
41
Q

Como é realizada a miotomia de Heller?

A

realizada através da secção das camadas longitudinal e circular da musculatura lisa do esôfago distal.
- + fundoplicatura para evitar DRGE

42
Q

qual tratamento de escolha para megaesôfago avançado (grau IV)?

A

esofagectomia.

- ainda evita surgimento de câncer de esôfago.