3. Concordância verbal/nominal Flashcards
Como regra geral, a concordância verbal exige que o verbo concorde com o núcleo do sujeito.
Correta.
- Existem (VI) momentos (SUJ) na vida da gente, em que as palavras (SUJ) perdem (VTD) sentido (OD) ou parecem (VL) inúteis (predicativo) e, por mais que a gente (SUJ) pense (VTI) numa forma de empregá-las (OI), elas (SUJ) parecem (VI) não servir. Então a gente (SUJ) não diz (VI), apenas sente (VI).
Na frase abaixo, o verbo “havia” poderia ser substituído por “existiu”, sem prejuízo a correção gramatical:
- Nunca havia pessoas nesta sala.
Errada.
O verbo haver, no sentido de existir, ocorrer, será sempre impessoal, ou seja, permanecerá na 3ª p.s. Se formar locução, a impessoalidade se estende. Logo, só caberia a substituição se resultasse em:
- Nunca existiam pessoas nesta sala.
Está havendo oportunidades neste curso.
No trecho acima, o verbo “havendo” poderia ser substituído, sem prejuízo gramatical, por “existindo”.
Errada.
“Está havendo” constitui uma locução verbal. O verbo haver (no sentido de existir), por ser impessoal, “contamina” a locução.
Para substituir por “existindo”, o verbo “está” deveria concordar, resultando em:
- Estão existindo oportunidades neste curso.
Em “houve um grande assalto no banco” e “ocorreu um grande assalto no banco”, os verbos “haver” e “ocorrer” possuem a mesma função sintática.
Errada.
Houve (VTD) um assalto (OD) no banco (Adj. Adv.);
Ocorreu (VI) um assalto (suj.) no banco (adj. adv.)
Logo, semanticamente são iguais, mas sintaticamente são diferentes.
No trecho: “Eles haviam estudado muito”, o verbo “haver”, por expressar ideia de “existir/ocorrer”, está em desacordo com a norma culta, uma vez que trata-se de situação em que tal verbo é impessoal.
Errada.
Numa locução verbal, o verbo “haver”, no sentido de existir/ocorrer, só será impessoal quando ele for o verbo principal, e irá, inclusive, “contaminar” o verbo auxiliar, que também será impessoal. Porém, no caso em tela, o verbo “haviam” exerce função de verbo auxiliar, hipótese em que ele deverá obrigatoriamente concordar com o verbo principal na locução (ESTUDADO).
O termo “SE”, poderá exercer duas funções sintáticas: de pronome/partícula apassivadora, ou de índice de indeterminação do sujeito. Diferencie os casos.
Partícula apassivadora:
- Apresenta o sujeito que sofre a ação.
- Procura-se alunos interessados (SUJ). Núcleo = alunos.
- Não se sabe (vtd) tudo (suj) na hora da prova (adj.adv.)
- Vende-se (vtd) este carro (suj).
Obs.: ocorrerá apenas para VTD e VTDI (possuem OD).
Índice de Indeterminação do Sujeito:
- NÃO saberei quem é o sujeito.
- Vive-se (VI) triste nesta cidade.
- Mora-se (VI) bem aqui no bairro.
- Nunca se trata (VTI) só de uma questão.
- Assistiu-se (VTI) a outras palestras.
- É-se (VL) muito estranho.
Obs.: ocorreá nos casos de VI, VTI ou VL.
“Mais da metade dos professores utiliza o quadro branco”.
A expressão acima está em desacordo com as regras de concorância verbal, uma vez que o verbo “utiliza” deveria estar no plural.
Errada.
Quando estamos diante de expressões que trazem ambiguidade (singular e plural), o verbo poderá, também, ficar no singular ou no plural.
No caso em tela, o verbo”utiliza” está concordando com “metade”. Mas poderiam ser “utilizam”, concordando com professores.
Ex.:
- Três quintos do teste FOI (concorda c/ teste) de questões objetivas.
- Três quintos dos testes FORAM (concorda com quintos) de questões objetivas
“Estudar e aprovar constitui meu projeto”.
A expressão acima está sintaticamente incorreta, pois o verbo deveria estar concordando com o sujeito.
Errada.
Diante de sujeito oracional, o verbo fica sempre na 3ª p.s.
- Estudar e aprovar (sujeito oracional) constitui - SINGULAR - (vtd) seu projeto.
Ex.:
- Não se (part. apassiv.) indica (vtd singular) que as pessoas fiquem aqui (suj).
Como regra geral, a concordância nominal exige que artigos, pronomes, numerais e adjetivos concordem com o substantivo a que se referem.
Correta.
“Gosto de comer deliciosos bolos, pizzas e salgadinhos”.
A substituição de lugar, do termo “bolos” por “pizzas” não afetariam a estrutura da oração.
Errada.
Há casos especiais, na concordância nominal, que veremos a partir daqui.
Um deles é: adjetivo + substantivos de gêneros diferentes = concorda com o termo mais próximo.
Logo, na alteração sugerida pelo enunciado, o adjetivo passaria a concordar com pizzas, passando a “deliciosas pizzas, bolos e salgadinhos”.
“Gostaria de pedir frango e costela bem passados”
A substituição do termo “passados” por “passada” prejudicaria a correção gramatical da oração.
Errada.
Nesse caso, outro caso especial, em que, quando houver substantivos de gênero e números diferentes + adjetivo = concorda com o termo mais próximo ou usa plural masculino. Logo, as duas possibilidades trazidas no enunciado estão corretas.
Obs.: semanticamente ocorre mudança.
1. frango e costela bem passados (os dois bem passados);
2. frango e costela bem passada (apenas a costela bem passada).
Nas orações “Bruna ficou só em casa” e “Bruna e Carlos ficaram sós.”, o termo “só/sós” exercem a mesma função sintática.
Errada.
Bruna(SUJ) ficou(VI) só(OI) em casa (Adj. Adv.) - sozinha (apenas em casa);
Bruna e Carlos(SUJ) ficaram(VI) sós(adjetivo). sozinhos - adj.
Obs.:
- “SÓ”, quando adjetivo (sozinho) = concorda
- “SÓ”, quando advérbio (apenas) = não concorda.
“Depois da guerra só restam cinzas.”
Na oração acima, o termo “só” está no singular por exercer função sintática de advérbio.
Correta.
Só = apenas.
“SÓ” como Advérbio = não concorda.
“Eles queriam ficar só na casa”.
O termo “só” na expressão acima exerce função sintática de adjetivo, motivo pelo qual deveria estar empregado no plural.
Errada.
Eles(SUJ) queriam (VTD) ficar SÓ na casa = somente/apenas na casa = advérbio.
“SÓ” como advérbio = não concorda.
Em “Recebi bastantes flores” e “Estudei bastante”, o termo “bastante(s)” exercem morofologicamente a mesma função.
Errada.
- Recebi bastantes(adjetivo) flores.
- Estudei bastante (advérbio).
Obs.: Advérbio não flexiona, não concorda.
Ex.:
- Tenho bastantes (adj.) motivos para estudar com você.