001 Princ. Const. do Dir. Penal Flashcards

1
Q

Onde está a previsão legal do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE?

A
  • art. 5º, XXXIX, CF/88.
  • art. 1º, CP:
    Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
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2
Q

Princípio da Reserva Legal?

A

Somente lei (em sentido estrito) pode definir crimes e cominar penas.

*** sentido estrito = editada pelo Poder Legislativo.

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3
Q

A MEDIDA PROVISÓRIA pode tratar sobre matéria penal?

A

Há 2 correntes:
1ª c.: não pode, pois a CF/88 veda a utilização de MP em matéria penal.
2ª c.: pode, desde que seja matéria favorável ao réu. Prevalece esta corrente no STF.

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4
Q

É possível que haja violação ao princípio da legalidade sem que haja violação à reserva legal?

A

Sim. Entretanto, havendo violação à reserva legal, isso implica necessariamente em violação ao princípio da legalidade, pois aquele é parte deste.

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5
Q

Princípio da TAXATIVIDADE DA LEI PENAL?

A

A lei tem que estabelecer precisamente a conduta que está sendo criminalizada, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade.

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6
Q

NORMAS PENAIS EM BRANCO?

A

As Normas Penais em Branco são aquelas que dependem de outra norma para que sua aplicação seja possível.
São divididas em:
- Homogêneas (sentido amplo -> fonte homóloga)
- Heterogêneas (sentido estrito -> fonte heteróloga)

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7
Q

Princípio da Anterioridade da Lei Penal?

A

Não basta que a criminalização de uma conduta se dê por meio de lei em sentido estrito, mas que ESTA LEI SEJA ANTERIOR AO FATO, À PRÁTICA DA CONDUTA.

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8
Q

(V/F) O princípio da anterioridade da lei penal culmina no princípio da irretroatividade da lei penal.

A

(V) Pode-se dizer, inclusive, que são sinônimos.

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9
Q

A lei penal pode retroagir?

A

Sim, quando ela beneficia o réu.

Art. 5º, XL, da CF/88 - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

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10
Q

No caso das LEIS TEMPORÁRIAS, após o término da sua vigência há “abolitio criminis” para as condutas tipificadas?

A

Não há “abolitio criminis” porque não houve revogação das leis, apenas o término do lapso temporal em que a leis temporárias vigoraram.

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11
Q

(V/F) O princípio da legalidade é um princípio de 2 vertentes.

A

(V) Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal.

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12
Q

Qual a fundamentação do PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA?

A

Art. 5º, XLVI, CF/88 - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: …

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13
Q

Explique o PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA.

A

O princípio em questão diz que a individualização da pena deve respeitar em três fases distintas: Legislativa, judicial e administrativa.
Na esfera LEGISLATIVA, a individualização da pena se dá através da cominação de punições proporcionais à gravidade dos crimes, e com o estabelecimento de penas mínimas e máximas, a serem aplicadas pelo Judiciário.
Na fase JUDICIAL, a individualização da pena sai do plano meramente abstrato e vai para o plano concreto é feita com base na análise, pelo magistrado, das circunstâncias do crime, dos antecedentes do réu, etc.
Na fase ADMINISTRATIVA, a individualização é feita na execução da pena, as decisões serão tomadas pelo Juiz da execução penal também de forma individual, de acordo com as peculiaridades de cada detento.

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14
Q

Onde está previsto o Princípio da INTRANSCENDÊNCIA DA PENA?

A

Art. 5º, XLV, da CF/88 - XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

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15
Q

Qual a diferença básica entre MULTA e INDENIZAÇÃO?

A

A diferença básica é que MULTA é espécie de pena e INDENIZAÇÃO é obrigação de reparar dano.

*** A multa deve respeitar o princípio da intranscendência da pena, na qual não pode ultrapassar a pessoa do infrator; já a indenização pode ser executada em face dos herdeiros.

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16
Q

(CESPE - 2013 - Polícia Federal - Delegado de Polícia)
A multa aplicada cumulativamente com a pena de reclusão pode ser executada em face do espólio, quando o réu vem a óbito no curso da execução da pena, respeitando - se o limite das forças da herança.

A

FALSA

Princípio da Intranscendência da Pena

17
Q

Onde estã a previsão do PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DAS PENAS?

A

Art. 5°, XLVII, da CF/88 - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

18
Q

A Constituição estabelece uma única exceção a pena de morte. Qual seria este caso?

A

No caso de guerra declarada, é possível a aplicação de pena de morte por crimes cometidos em razão da guerra. Esta ressalva é direcionada precipuamente aos crimes militares.

19
Q

Onde está a previsão do PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA NÃO CULPABILIDADE?

A

Também chamado de PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA, está previsto nos termos do art. 5°, LVII da CRFB/88 - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

20
Q

A partir da presunção da inocência do réu decorre que o ônus da prova cabe ao acusador. Em razão disso, qual outro princípio advém além do Princípio da Presunção da Inocência?

A

Em razão da Presunção da Inocência, decorre o princípio do in dubio pro reo (favor rei), segundo o qual, durante o processo (inclusive na sentença), havendo dúvidas acerca da culpa ou não do acusado, deverá o Juiz decidir em favor deste, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada.

21
Q

A PRISÃO PROVISÓRIA ofende o princípio da presunção de inocência?

A

Não. A PRISÃO PROVISÓRIA é uma prisão cautelar, ou seja, para garantir que o processo penal seja devidamente instruído ou eventual sentença condenatória seja cumprida. A prisão cautelar não tem como objetivo o cumprimento de pena.