Solos Flashcards

1
Q

Quando expostas à superfície do planeta, as rochas se encontram sob condições muito diferentes
daquelas nas quais se formaram. As condições reinantes na atmosfera levam à quebra e alteração das rochas
por agentes químicos, físicos e biológicos, processo que recebe o nome de

A

intemperismo.

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2
Q

saprolito

A

A rocha em
diferentes estados de alteração

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3
Q

manto de alteração ou regolito.

A

tudo aquilo que está acima da rocha fresca
ou sã (solo + saprolito)

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4
Q

intemperismo físico

A

em geral opera primeiro, originado fissuras e quebrando as rochas em
fragmentos menores sem, contudo, alterar a sua composição química e mineralógica. O fendilhamento e
fragmentação favorecem a penetração da água.

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5
Q

A desagregação das rochas pelo intemperismo físico se dá
pela ação de:

A
  • ciclos de aquecimento e resfriamento, que levam à expansão e contração dos minerais e ao surgimento
    de fissuras;
  • expansão volumétrica da água presente em fissuras ao congelar-se;
  • expansão volumétrica em fissuras pela cristalização de sais;
  • alívio de pressão das rochas expostas e consequente fendilhamento.
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6
Q

O intemperismo químico,

A

reações químicas que alteram a
composição química e mineralógica das rochas. A água é o principal agente do intemperismo químico

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7
Q

reações são do intemperismo químico incluem:

A
  • dissolução dos componentes mineralógicos das rochas;
  • hidrólise, que corresponde ao ataque à estrutura dos minerais promovido pelos íons H+ e OH- em
    solução (essa é a principal reação do intemperismo químico);
  • oxidação, especialmente associada a Fe e Mn, geralmente precedida pela hidrólise.
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8
Q

intemperismo biológico

A

é aquele mediado por organismos, podendo contribuir tanto para o
intemperismo físico (crescimento de raízes em fendas), quanto químico (liberação de ácidos orgânicos pelas
raízes, aporte de matéria orgânica, absorção de nutrientes).

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9
Q

Fatores que afetam o intemperismo

A

características das rochas e clima

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10
Q

minerais menos
resistentes ao intemperismo

A

olivina, piroxênios e anfibólios (augita e hornblenda, por exemplo) e os
plagioclásios. Esses minerais têm teores mais elevados de cátions como Fe2+, Mg2+ e Ca2+

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11
Q

minerais mais resistentes ao intemperismo

A

quartzo, muscovita e feldspato

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12
Q

Lixiviação

A

é a remoção de nutrientes e outras moléculas solúveis pela água que se infiltra
e percola através do solo

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13
Q

série liotrópica

A

A facilidade com que determinados elementos são perdidos

Al3+ > Ca2+ > Mg2+ > NH4
+ = K+ > Na+

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14
Q

fatores de formação do solo

equação
proposta por Jenny em 1941:

A

Solo = f(clima, organismos, material de origem, relevo, tempo)

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15
Q

solos
residuais ou autóctones)

A

O material de origem do solo pode ser a rocha que se encontra imediatamente abaixo dele

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16
Q

solos alóctones

A

material transportado de outros locais

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17
Q

processos básicos de formação
do solo

A

Adição, Remoção, Transformação e Translocação

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18
Q

processos básicos de formação
do solo (Adição)

A

acréscimo de materiais ao solo, como a adição de matéria orgânica à superfície
do solo pela vegetação

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19
Q

processos básicos de formação
do solo (Remoção)

A

a remoção de materiais do solo pode ser superficial ou em profundidade. A
erosão remove partículas da superfície pela ação da água e do vento, conforme veremos
no próximo capítulo. Já a lixiviação remove íons e moléculas em solução, que são
carreados pela água que drena através do solo em direção ao lençol freático. Esses dois
processos atuam em sentido inverso: enquanto a remoção por erosão acarreta
rejuvenescimento do solo (o material mais alterado é removido e o menos intemperizado
é exposto), a remoção por lixiviação condiciona seu envelhecimento (perda de nutrientes
e Si).

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20
Q

processos básicos de formação
do solo (Transformação)

A

corresponde às alterações que os materiais sofrem no solo, como por
exemplo, a conversão de um mineral primário a argilomineral (esquematizado
anteriormente) e a estabilização de resíduos orgânicos na forma de húmus.

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21
Q

processos básicos de formação
do solo (Translocação)

A

os materiais são transportados e mudam de lugar dentro do solo. A
matéria orgânica adicionada à superfície é incorporada pelos organismos à camada mais
superficial do solo. Os argilominerais, os óxidos de Fe e Al e a própria matéria orgânica
também podem ser transportados pela água, acumulando-se em profundidade.

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22
Q

classes de processos de formação do solo.

A

Calcificação: Latolização ou ferralitização: Eluviação e iluviação: Laterização e plintização: Pedoturbação: Adições antropogênicas: Gleização: Salinização, sodificação e solodização: Paludização: Ferrólise:

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23
Q

classes de processos de formação do solo (Calcificação:)

A

formação de carbonatos (principalmente CaCO3) secundários no solo.
Típico de climas mais secos, nos quais a lixiviação é pouco intensa. Processo típico dos
Chernossolos

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24
Q

classes de processos de formação do solo ( Latolização ou ferralitização:)

A

remoção intensa de nutrientes e Si do solo pela lixiviação,
com acúmulo residual de óxidos de Fe e Al. Condiciona a formação de Latossolos.

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25
Q

classes de processos de formação do solo ( Laterização e plintização:)

A

mobilização de Fe e sua concentração na forma de concreções
localizadas (plintita e petroplintita) ou extensas (laterita). Leva à formação de Plintossolos.

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26
Q

classes de processos de formação do solo ( Eluviação e iluviação)

A

: são processos de translocação de materiais dentro do solo, saindo
de determinado local (eluviação) e sendo depositado em outro (iluviação). A eluviação
pode originar camadas esbranquiçadas, empobrecidas em argila e matéria orgânica, típica
dos Espodossolos (processo também chamado de podzolização). Nesses solos, também
ocorre queluviação, um tipo de iluviação em que Fe e Al são transportados formando
complexos com moléculas orgânicas, acumulando-se em profundidade (horizonte
espódico). A argiluviação ou lessivagem é outro tipo de iluviação em que partículas de argila são translocadas das camadas superficiais para as mais profundas, sendo o processo
típico de formação de diversos solos, como Argissolos, Planossolos, Luvissolos e Nitossolos
(horizonte B textural).

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27
Q

classes de processos de formação do solo ( Pedoturbação:)

A

alteração da disposição das camadas do solo por erosão (deposição de
sedimentos sobre o solo), fendilhamento intenso em Vertissolos (o solo contrai quando
seco, originando fendas que são preenchidas por material superficial) e ação de animais da
fauna do solo (chamado também bioturbação).

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28
Q

classes de processos de formação do solo (Adições antropogênicas:)

A

ocupações humanas antigas que produziram solos muito
diferentes dos demais do local. Um exemplo típico no Brasil são as terras preta de índio,
nome popular que se dá a solos antrópicos formados em antigos aldeamentos indígenas.

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29
Q

classes de processos de formação do solo ( Gleização:)

A

eliminação dos agentes pigmentantes vermelhos e amarelos (Hematita e
Goethita, respectivamente) em condições de hidromorfismo (excesso de água e falta de
Oxigênio). Típico dos Gleissolos.

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30
Q

classes de processos de formação do solo ( Salinização, sodificação e solodização:)

A

processos típicos de regiões áridas e semiáridas.
Na salinização, há formação e acúmulo de sais no solo (KCl, NaCl, CaSO4). Na sodificação,
não há formação de sais, mas o solo encontra-se saturado de cátions, principalmente Na+
.
Na solodização, o Na+ é translocado e acumula-se em profundidade.

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31
Q

classes de processos de formação do solo ( Paludização:)

A

acúmulo de matéria orgânica em locais alagados ou encharcados.

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32
Q

Ferrólise:

A

destruição de argilominerais das camadas superficiais do solo em condições
cíclicas de encharcamento e aeração, devido à acidificação pela oxidação do Fe2+ a Fe3+
.

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33
Q

pedon.

A

O menor volume de solo que representa suas características

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34
Q

horizonte A

A

Horizonte mineral e superficial (pode estar abaixo do O) cuja principal característica é a
influência da matéria orgânica. Os resíduos orgânicos depositados na superfície são
incorporados ao solo pela ação dos organismos, dando origem a esse horizonte que em
geral tem coloração escura e estrutura granular.

35
Q

Horizonte B

A

Horizonte mineral de subsuperfície (abaixo de A, E ou O). Representa a máxima
expressão dos processos pedogenéticos, sendo por isso o principal horizonte para
classificação do solo

36
Q

Horizonte C

A

Horizonte mineral, inconsolidado (solto, friável) e relativamente pouco alterado pelos
processos pedogenéticos. Rico em minerais primários, com cores claras e esmaecidas
(comumente róseo ou amarelo bem claro).

37
Q

Horizonte R

A

Camada mineral de material consolidado, formado por rocha contínua ou fragmentos
grandes ocupando mais de 90% do volume

38
Q

Horizonte O

A

Horizonte superficial orgânico dos solos minerais. Formado pelo acúmulo de material
orgânico em condições de drenagem livre (sem encharcamento). Comum em solos
florestais e bastante espesso em climas mais frios.

39
Q

Horizonte H

A

Horizonte orgânico, superficial ou não, formado pelo acúmulo de restos vegetais em
condições de encharcamento, em que a ausência de oxigênio impede a decomposição
da matéria orgânica, que se acumula.

40
Q

Horizonte E

A

Horizonte mineral formado pela eluviação de argila, matéria orgânica e óxidos de Fe e
Al. Coloração esbranquiçada, ocorrendo abaixo de horizonte A ou O e acima de
horizonte B

41
Q

Horizonte F

A

Horizonte ou camada contínua formada por óxidos de Fe ou Al, chamado também de
bancada laterítica ou canga. Formado a partir da cimentação e endurecimento
irreversível de concreções.

42
Q

Carta de
Cores de Munsell

A

um catálogo sistematizado que permite a identificação das cores a partir do seu matiz
(cor do espectro eletromagnético), do valor (tonalidade da cor, mais claro ou escuro) e do croma (grau de
saturação da cor, ou proporção entre o matiz e o cinza).

43
Q

areia

A

(diâmetro de 2 a 0,05 mm)

44
Q

silte

A

(diâmetro entre 0,05 e 0,002 mm)

45
Q

argila

A

(diâmetro inferior a 0,002 mm ou 2 µm)

46
Q

Estrutura (grumosa)

A

Agregados granulares e arredondados, porém muito porosos e
macios. Comum nos horizontes O, H, A húmico e A chernozêmico.

47
Q

Estrutura (Granular)

A

Agregados arredondados, sendo a estrutura mais comum da
grande maioria dos horizontes A.

48
Q

Estrutura (Blocos
)

A

Estrutura muito comum na maioria dos horizontes B. Os agregados
têm formato de pequenos paralelepípedos com dimensões
semelhantes em todos os eixos, com arestas mais ou menos
arredondadas (blocos subangulares e angulares).

49
Q

Estrutura (Colunar e
prismática)

A

Os agregados são geralmente grandes e têm o eixo vertical bem
maior que o horizontal. Típica de Vertissolos, do horizonte B de
Planossolos e de solos afetados pela salinidade.

50
Q

Estrutura (Laminar
)

A

O eixo horizontal é maior que o vertical. Ocorre na superfície de
solos extremamente compactados ou que sofreram
encrostamento.

51
Q

Estrutura (Maciça)

A

Sem formato definido, pois os agregados não são ainda bem
formados, não existindo entre eles planos de fraqueza.
Característica do horizonte C.

52
Q

Estrutura (Grão
simples)

A

Ocorre em solos muito arenosos, nos quais os teores de argila e
matéria orgânica são insuficientes para a formação de agregados.

53
Q

Horizonte A hístico

A

único horizonte diagnóstico orgânico, define os Organossolos.

54
Q

Horizonte A chernozêmico:

A

horizonte mineral, com elevada fertilidade, macio e bem
agregado (estrutura grumosa), alto teor de matéria orgânica, cores escuras, define os
Chernossolos.

55
Q

Horizonte A proeminente:

A

horizonte mineral, macio e bem agregado (estrutura
grumosa), mas não tão fértil quanto o A chernozêmico.

56
Q

Horizonte A húmico:

A

horizonte mineral, com levado teor de matéria orgânica.

57
Q

Horizonte A fraco:

A

horizonte mineral, pouco espesso, cores claras, baixo teor de matéria
orgânica.

58
Q

Horizonte A antrópico:

A

horizonte mineral, com vestígios de atividade humana
(fragmentos de cerâmica, por exemplo), elevada fertilidade natural (altos teores de P) e
rico em matéria orgânica.

59
Q

Horizonte A moderado:

A

horizonte mineral mais comum, com características
intermediárias (não se enquadra como nenhum dos demais).

60
Q

Horizonte álbico:

A

forte eluviação, cores claras, textura mais arenosa, típico de
Espodossolos.

61
Q

Horizonte B textural:

A

apresenta gradiente textural (teor de argila maior no horizonte B
que no horizonte A devido à argiluviação), estrutura em blocos, define os Argissolos e
Luvissolos. O gradiente ou relação textural (teor de argila no horizonte B dividido pelo teor
de argila no horizonte A) deve ser maior que os seguintes valores, que variam em função
do teor de argila no horizonte A:
▪ > 1,5 quando o horizonte A tem mais que 40% de argila
▪ > 1,7 quando o horizonte A tem entre 15% e 40% de argila
▪ > 1,8 quando o horizonte A tem menos que 15% de argila

62
Q

Horizonte B nítico:

A

também é um horizonte B textural, mas com marcante cerosidade,
define os Nitossolos.

63
Q

Horizonte B plânico:

A

também é um horizonte B textural, mas com mudança muito
abrupta do horizonte A para o B, caracteriza os Planossolos.

64
Q

Horizonte B latossólico:

A

material bastante intemperizado, argila de baixa atividade,
espessura maior que 50 cm, define os Latossolos.

65
Q

Horizonte B espódico:

A

acúmulo iluvial de matéria orgânica associada ou não a Fe e Al,
horizonte diagnóstico de Espodossolos.

66
Q

Horizonte plíntico:

A

ocorrência de plintita (concreção de Fe macia, que não sofreu
endurecimento irreversível), caracteriza os Plintossolos.

67
Q

Horizonte litoplíntico:

A

semelhante ao anterior, mas com petroplintita (concreções que
sofreram endurecimento irreversível), também define os Plintossolos.

68
Q

Horizonte glei:

A

cores acinzentadas, hidromorfismo, típico dos Gleissolos.

69
Q

Horizonte vértico:

A

grande fendilhamento quando seco, estrutura prismática, típico dos
Vertissolos.

70
Q
  • Horizonte B incipiente
A

espessura superior a 10 cm, mas sem atributos diagnósticos que
permitam classificá-lo como qualquer outro, define os Cambissolos.

71
Q

Ausência de horizontes diagnósticos

A

superficiais e ausência de horizonte B: define a
ordem dos Neossolos

72
Q

Argissolos

A

Os Argissolos apresentam evolução pedogenética avançada, com predomínio de caulinita na fração
argila (argila de baixa atividade) e evidências de migração da argila dos horizontes superficiais para o
horizonte B (argiluviação), levando ao desenvolvimento de horizonte B textural.
Os Argissolos comumente apresentam baixa fertilidade natural, acidez elevada e teores elevados de
Al3+. Apresentam menor grau de evolução que os latossolos, ocorrendo em condições de relevo ondulado
(mais declivoso). Geralmente são propícios ao desenvolvimento de culturas perenes (café, eucalipto, citros),
porém podem apresentar restrições físicas em profundidade (adensamento).

73
Q

Nitossolos

A

Os Nitossolos apresentam horizonte B nítico, com pequeno gradiente textural (relação entre teores
de argila dos horizontes B e A), cerosidade marcante e estrutura em blocos ou prismática. Teor de argila
acima de 35% e argila de atividade baixa. Frequentemente estão associados à ocorrência de rochas máficas,
como basalto e anfibolito, apresentando pigmentação bastante cromática, do vermelho ao brunado
(marrom).

74
Q

Luvissolos

A

Os Luvissolos apresentam horizonte B textural, mas com argila de alta atividade e elevada fertilidade
natural (alta saturação por bases). Ocorrem em regiões de intemperismo menos intenso, como no Nordeste
brasileiro, sendo por isso geralmente pouco profundos e comumente pedregosos.

75
Q

Planossolos

A

Os Planossolos apresentam horizonte B plânico, sendo marcados pela intensa perda de argila do
horizonte A (ou E) com concentração no horizonte B, originando uma transição abrupta da textura do
horizonte A mais arenoso para o horizonte B bem mais argiloso. Apresentam baixa permeabilidade devido a
essa mudança abrupta da textura do horizonte A para o B plânico, sendo comum a ocorrência de
mosqueados. Ocorrência em locais planos, com drenagem limitada, sendo muito propício ao cultivo de arroz
inundado. Em locais mais quentes e secos pode haver acúmulo de sódio (Planossolos Nátricos), como na
região Nordeste e no Pantanal.

76
Q

Latossolos

A

Os Latossolos apresentam horizonte diagnóstico B latossólico, marcado pelo intemperismo intenso,
remoção de bases e Si e acúmulo residual de óxidos de Fe e Al. São solos bastante profundos (horizonte B
com no mínimo 0,5 m, sendo que raramente os horizontes A + B têm menos de 1,0 m), com perfil
relativamente homogêneo em profundidade (pouca diferenciação entre os horizontes) e argila de baixa
atividade (< 17 cmolc/kg de argila). Ocorrem principalmente em relevos mais suavizados, podendo
apresentar estrutura granular ou em blocos. Apesar das limitações químicas (baixa fertilidade, elevada
acidez, teores elevados de Al3+), podem ser muito produtivos quando corrigidos quimicamente e, em geral,
são facilmente mecanizáveis. Apresentam boas condições físicas e elevada friabilidade (facilmente
destorroados nas operações de revolvimento do preparo de solo).

77
Q

Plintossolos

A

Os Plintossolos são solos formados sob condições temporárias de inundação ou excesso de água,
típicos de regiões equatoriais ou tropicais com uma estação chuvosa e outra seca. Essas condições levam à
mobilização do ferro e seu acúmulo na forma de concreções (plintita ou petroplintita). São solos marcados
pela ocorrência de concreções de Fe em horizontes plíntico, litoplíntico ou concrecionário. A permeabilidade
é limitada, sendo comum a ocorrência de mosqueados. Apresentam acidez muito elevada, com baixa
fertilidade natural e baixa atividade da fração argila.
Os solos com horizonte plíntico, com predomínio de plintita (Plintossolos Háplicos), ocorrem
geralmente nas áreas mais baixas da paisagem, como em várzeas ou depressões, sendo bastante comuns na
região do Médio Amazonas. Já os solos com horizonte litoplíntico ou concressionário (Plintossolos Pétricos)
ocorrem em áreas mais altas, geralmente na borda de chapadas e paltôs.

78
Q

Espodossolos

A

São solos com horizonte B espódico, formado pela iluviação de matéria orgânica associada ou não a
Fe e Al, no processo de podzolização. São formados principalmente a partir de sedimentos arenosos em
locais deprimidos ou abaciados. Os horizontes são bem diferenciados, geralmente ocorrendo a sequência AE-B espódico-C. Sua ocorrência geralmente é indicada pela presença de vegetação particular, como as
campinaranas na Amazônia, as muçunungas na região dos Tabuleiros Costeiros (do PA ao RJ) e as restingas
no litoral.

79
Q

Gleissolos

A

São solos formados sob influência do hidromorfismo, ocorrendo em locais sujeitos à saturação por
água duradoura ou permanente. Apresentam horizonte glei, com cores acinzentadas e mosqueados.
Ocorrem em várzeas e baixadas, com vegetação tipicamente hidrófila ou higrófila. As áreas mais expressivas
de ocorrência estão associadas às planícies de inundação dos grandes rios, principalmente na região Norte.

80
Q

Organossolos

A

Os Organossolos são solos marcados pela predominância de características dadas pelo material
orgânico, com formação de horizonte hístico em condições de encharcamento (horizonte H) ou locais mais
frios e de maior altitude (horizonte O), que retardam a decomposição da matéria orgânica, favorecendo seu
acúmulo. O horizonte hítico é definido pelos teores de carbono orgânico superiores a 8% ou 80 g/kg.
Geralmente são bastante ácidos, com elevada CTC, mas muito pobres em nutrientes.

81
Q

Chernossolos

A

Os Chernossolos apresentam horizonte A chernozêmico, com argila de atividade alta e elevada
fertilidade natural (saturação por bases acima de 65%). São formados a partir de uma combinação de
condições que favoreçam o acúmulo de matéria orgânica no horizonte A (que apresenta coloração escura e
estrutura grumosa) associado a alta fertilidade natural, como locais de intemperismo menos intenso,
restrições à lixiviação de nutrientes (lençol freático superficial, baixa precipitação) e material de origem rico
em nutrientes (calcários, principalmente).

82
Q

Vertissolos

A

São solos com horizonte vértico, caracterizados pelos elevados teores de argila de alta atividade,
que se expande quando úmida e contrai quando seca. Comumente apresentam estrutura prismática e
intenso fendilhamento quando secos

83
Q

Cambissolos

A

Os Cambissolos apresentam horizonte B incipiente, sem predomínio de nenhum processo
pedogenético. São bastante comuns em locais de relevo mais movimentado e declivoso, onde as elevadas
taxas de erosão impedem o desenvolvimento do solo. As características desses solos são extremamente
variáveis, já que podem ser formados sob diferentes condições de material de origem, formas de relevo,
clima e vegetação.

84
Q

Neossolos

A

São solos com reduzida atuação dos processos pedogenéticos, com predomínio de características
herdadas do material de origem. Apresentam geralmente sequência de horizontes A-C-R ou A-R. Podem ser:
● Litólicos: rocha fresca próxima da superfície;
● Regolíticos: rocha fraturada próxima da superfície;
● Quartzarênicos: extremamente arenosos, com menos de 15% de argila;
● Flúvicos: associados a sedimentos aluvionares (depositados por rios) recentes.