INTRODUÇÃO A PSICOPATOLOGIA Flashcards

1
Q

Sinal

A

Estímulo emitido pelos objetos do mundo.

Ex.: fumaça → fogo / vermelho → sangue

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2
Q

Signo

A

Elemento nuclear da semiologia. É um tipo de sinal (significante – suporte material + significado – conteúdo).

Há 3 tipos de signos:

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3
Q

Ícone

A

O elemento significante evoca imediatamente o significado.

Ex. O desenho de uma casa pode ser considerado um ícone do objeto casa.

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4
Q

Indicador (índice)

A

A relação entre o significante e o significado é de contiguidade, na qual o significante é um índice, que aponta para o objeto significado.

Ex. Uma nuvem é um indicador de chuva.

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5
Q

Símbolo

A

O elemento significante e o objeto ausente (significado) são distintos em aparência e sem relação de contiguidade; trata-se de uma relação puramente convencional e arbitraria.

Ex. o conjunto de letras agrupadas “C-A-S-A” e o objeto “casa”.

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6
Q

Signos mais usados em psicopatologia

A

Sinais: verificáveis pela observação direta do paciente.

Sintomas: as vivências subjetivas relatadas pelos indivíduos.

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7
Q

2 aspectos básicos dos sintomas psicopatológicos

A

Forma dos sintomas (patogênese): sua estrutura básica, que é relativamente semelhante nos diversos pacientes.
Ex.: alucinação, delírio, ideia obsessiva, labilidade emocional.

Conteúdo dos sintomas (patoplastia): aquilo que preenche a alteração estrutural.
Ex.: sexualidade, segurança, sobrevivência, etc.

Os sinais e sintomas não ocorrem de forma aleatória; formam grupos ou Clusters (agrupamentos) + ou – frequentes, que podem ser estudados sob as formas de:

  • Síndrome: agrupamentos relativamente constantes e estáveis de sinais e sintomas.
  • Entidades nosológicas ou doenças ou Transtornos específicos: são os fenômenos mórbidos (relativo a doença) nos quais podem-se identificar certas etilogias, cursos, síndromes, etc

OBS: doença é diferente de transtorno!!!

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8
Q

Semiologia

A

É a ciência dos signos, estudada por 3 perspectivas:

  • Semântica: estudo das relações entre os signos e os objetos a que se referem.
  • Sintaxe: regras e leis que regem as relações entre os vários signos de um sistema.
  • Pragmática: relações entre os signos e seus usuários, em situações e contextos culturais específicos.
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9
Q

Divisões da Semiologia:

A
  • Semiotécnica: técnicas e procedimentos específicos de observação e coleta.
  • Semiogênesse: é o estudo da formação dos sinais e sintomas, sob ponto de vista clínico.
  • Propedêutica: ensino prévio, os conhecimentos preliminares necessários ao início de uma ciência.
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10
Q

Psicopatologia

A

Conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano.

Caracteriza-se por:

  • Ciência autônoma, não sendo prolongamento da neurologia ou da psicologia.
  • Principal limitação: nunca se poder reduzir por completo o ser humano a conceitos psicopatológicos. Sendo assim, é uma das abordagens possíveis do homem mentalmente doente, mas não a única e exclusiva.
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11
Q

normalidade em psicopatologia

A

Quando se trata de casos extremos, o delineamento entre o normal e o patológico não é tão problemático. Porém, nos casos limítrofes a delimitação entre o normal e patológica é bastante complicada e implica na própria definição do que é saúde e doença mental.

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12
Q

Fenômeno

A

Fato, acontecimento ou processo que pode ser observado na natureza ou sociedade. O estudo de um transtorno mental inicia com a observação dos fenômenos que ele manifesta.

Obs: Para gerar singularidade, é preciso definir e indicar o gênero próximo e a diferença específica. Sendo assim, o fenômeno definido deve se assemelhar a determinada coisa que deve ser agrupada (gênero próximo) e se diferenciar de outra coisas dentro desse grupo (diferença específica).

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13
Q

Há 3 tipos de fenômenos

A

Fenômenos semelhantes em todas ou quase todas as pessoas: existe uma qualidade singular em cada pessoa, mas a experiência é semelhante para todos.
Ex. todo ou quase todo ser humano sente fome, sede ou sono.

Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes: São fenômenos que o ser humano comum experimenta, mas que apenas em parte são semelhantes aos vivenciados pela pessoa com transtorno mental.
Ex. todo indivíduo sente tristeza, mas aquela vivenciada por um paciente com depressão é parcialmente semelhante à tristeza normal.

Fenômenos qualitativamente novos, distintos das vivências normais: São próprios a apenas certas doenças, transtornos e estados mentais.
Ex: incluem-se alguns fenômenos psicóticos, como alucinações e delírios, etc.

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14
Q

Principais campos e tipos de psicopatologia

A

 Descritiva: descrição do que caracteriza e descreve a vivência patológica como sintoma mais ou menos típico.

 Dinâmica: engloba o conteúdo das vivências, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, singular, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos.

 Médico-naturalista ou biológica: o adoecimento mental é visto como um mau funcionamento do cérebro.
 Existencial: o paciente é visto principalmente como “existência singular”.

 Comportamental: o ser humano é visto como um conjunto de comportamentos observáveis, baseado em certas leis e determinantes do aprendizado.

 Cognitivista: os sintomas resultam de comportamentos e cognição disfuncionais, aprendidos e reforçados pela experiência familiar e social.

 Psicanalítica: o ser humano é visto como ser “sobredeterminado”, dominado por forças, desejos e conflitos inconscientes.

 Categorias diagnósticas: espécies únicas –>ter uma identificação precisa

 Dimensional: mais adequado à realidade clínica, uma vez que engloba dimensões e espectros da doença.

 Sociocultural: visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais.
Ex: pobreza; descriminalização.

 Operacional-pragmática: as definições básicas são formuladas de modo arbitrário; trata-se do modelo adotado pelas classificações DSM e CID.

 Fundamental: visa centrar a atenção da pesquisa psicopatológica sobre os fundamentos históricos e conceituais.

 Psicopatologia como “patologia do psicológico”: os fenômenos psicopatológicos seriam derivados dos fenômenos psicológicos normais.

 Psicopatologia como “psicologia do patológico”: a psicopatologia é ciência autônoma, pois nela entra uma série de fenômenos especiais que não representam alterações quantitativas do normal.

 Psicopatologia como semiologia psiquiátrica: a psicopatologia se concentraria na descrição dos sintomas e dos sinais dos transtornos mentais.

 Psicopatologia como propedêutica psiquiátrica: a psicopatologia passa a ser vista como o campo de estudo dos princípios e dos métodos de estudo do adoecimento mental, a ciência introdutória e prévia à psiquiatria e psicologia clínica.

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15
Q

Normalidade

A

NORMALIDADE:

  • Doença: alteração fisiopatológica.
  • Transtorno: não envolve uma fisiopatologia.
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16
Q

Normalidade como ausência de doença

A

Indivíduo que não é portador de transtorno mental definido
Problema: define-se a normalidade não por aquilo que ela supostamente é, mas por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta.

17
Q

Normalidade ideal

A

Depende de fatores socioculturais, ideológicos, dogmáticos e doutrinários
Ex. adaptação do sujeitos às normas morais e políticas de uma sociedade

18
Q

Normalidade estatística

A

Normal é o que se observa com mais frequência.
Problema: nem tudo o que é frequente é necessariamente “saudável” (vice-versa).
Ex: É muito frequente ter cárie dentária.

19
Q

Normalidade como bem-estar

A

OMS (1946): saúde como o “completo bem-estar físico, mental e social”, e não simplesmente como ausência de doença.
Problema: muito amplo, utópico e impreciso.

20
Q

Normalidade Funcional

A

Prioriza aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos; É considerado patológico quando se torna disfuncional.

21
Q

Normalidade como processo

A

Consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial; muito útil na psiquiatria infantil e geriátrica.

22
Q

Normalidade subjetiva

A

Ênfase na percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação ao seu estado de saúde
Problema: casos de sujeitos em fase maníaca do transtorno bipolar, apresentam, de fato, um transtorno mental grave. Quando perguntado a ele se está bem, muitas vezes alega que sim.

23
Q

Normalidade como liberdade

A

Conceitua a doença mental como perda da liberdade existencial.

24
Q

Normalidade operacional

A

Define-se, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando as consequências de tal definição.
Ex: CID e DSM

25
Q

Medicalização

A

O processo pelo qual problemas não médicos passam a ser definidos e tratados como problemas médicos, frequentemente em termos de doenças ou transtornos.

26
Q

Psiquiatrização

A

Transformar problemas que não são psiquiátricos em psiquiátricos.

27
Q

Psicologização

A

Transformar problemas não psicológicos em psicologicos.

28
Q

O Paradoxo da medicalização, psiquiatrização e psicologização

A

Pessoas com transtornos mentais graves (como esquizofrenia, transtorno bipolar, autismo, depressão grave, etc.) não terem acesso a cuidados de saúde mental adequados, enquanto pessoas socioeconomicamente mais privilegiados, há medicalização e psiquiatrização de condições não médicas.

29
Q

AVALIAÇÃO DO PACIENTE:

A

Principais aspectos:
 Anamnese.
 Exame psíquico.
 Avaliação física.
 Avaliação Neurológica.
 Avaliação psicológica.

Exames complementares:
 Hemograma.
 Glicemia.
 Hormônio tireoestimulante (TSH).
 Creatinina.
 Dosagem de vitamina B12 e vitamina D e sorologias para sífilis.
 Hepatites e HIV.
Outros: líquor; EEG; exames de neuroimagem e funcional.

30
Q

Insight

A

É a consciência da patologia ou de que algo não vai bem pelo próprio indivíduo.