DTA Flashcards
As intoxicações são causadas por micro-organismos toxigênicos (que produzem toxinas), cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino.
R: Errado
Esse conceito apresentado é de toxinfecção.
“Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento (diferente da toxinfecção, o microrganismo produz essa toxina ainda no alimento). Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum”.
Exemplos clássicos do processo de ingestão de toxinas formadas no alimento decorrente da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento são as intoxicações causada por Bacillus cereus (cepa diarreica).
R: Errado
A cepa diarreica está relacionada à toxinfecção.
“Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento (diferente da toxinfecção, o microrganismo produz essa toxina ainda no alimento). Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum”.
A dose infectante é a dose máxima de um microrganismo, toxina ou agente químico contida no alimento capaz de causar DTA.
R: Errado
É a dose mínima.
“Dose infectante – Dose mínima de um microrganismo, toxina ou agente químico contida no alimento capaz de causar DTA. Não é um limiar preciso, mas é útil como indicador relativo da infectividade de um patógeno de origem alimentar. Essa dose é dependente do organismo, hospedeiro e alimento”.
Dados disponíveis de surtos apontam como agentes mais frequentes responsáveis pelas DTAs são os de origem bacteriana, dentre eles a Escherichia coli O157H7.
R: Errado
O sorotipo O157H7 não está entre os mais frequentes e sim a “Escherichia coli”.
“Agentes etiológicos mais comuns – dados disponíveis de surtos apontam como agentes mais frequentes os de origem bacteriana, e dentre eles, Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella spp, Bacillus cereus e Clostridium perfringens”.
O sistema imune elimina toxinas de baixo peso molecular. Entretanto, compostos de alto peso molecular e não polares, como micotoxinas, não são eliminados e, portanto, são rapidamente absorvidos no trato intestinal.
R: Errado
A assertiva encontra-se incorreta, visto que o sistema imune elimina toxinas de alto peso molecular e são os de baixo peso molecular (como micotoxinas) que não são eliminados e são absorvidos.
“O sistema imune elimina toxinas de alto peso molecular. Entretanto, compostos de baixo peso molecular e não polares, como micotoxinas, não são eliminados e, portanto, são rapidamente absorvidos no trato intestinal. Micotoxinas são metabolizadas no fígado por um processo chamado de “biotransformação”. Todavia, a biotransformação pode tornar um composto mais tóxico. Por exemplo, aflatoxina B1 é convertida em um epóxido reativo, o qual reage com o DNA nuclear, causando danos que podem levar a câncer de fígado”.
Os vômitos presentes nas intoxicações possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso periférico.
R: Errado
Ação sobre o SNC e não SNP.
“Intoxicações – são provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do micro-organismo patogênico no alimento (diferente da toxinfecção, o microrganismo produz essa toxina ainda no alimento). Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando às diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum”.
Dados disponíveis de surtos apontam como agentes mais frequentes responsáveis pelas DTAs são os de origem bacteriana, dentre eles o Bacillus cereus.
R: Certo
“Agentes etiológicos mais comuns – dados disponíveis de surtos apontam como agentes mais frequentes os de origem bacteriana, e dentre eles, Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella spp, Bacillus cereus e Clostridium perfringens”.
A presença de agentes tensoativos (bile) e de enzimas diversas fazem do meio ambiente do aparelho digestivo um local impossível de ser povoado para muitos dos agentes infecciosos.
R: Errado
Não é um local impossível de ser povoado, apenas muito difícil.
“A imunidade inata é o mecanismo de defesa inicial do hospedeiro contra microorganismos no trato intestinal. Os mecanismos inespecíficos se relacionam com a estrutura e funcionamento próprio do aparelho digestivo, como:
*Barreiras físicas: estrutura do tubo digestivo, presença de muco e motilidade permanente. O muco age como uma barreira, prevenindo a passagem de compostos de alto peso molecular para os enterócitos, na camada epitelial e para manter as Imunoglobulinas A (IgA) perto do epitélio. A presença de uma capa de muco secretada no epitélio representa um obstáculo que impede o ataque de enzimas proteolíticas e a adesão microbiana.
*Condições físico-químicas: a função digestiva necessita de condições diversas. O pH do meio digestivo muda de condições de extrema acidez no pró-ventrículo até a alcalinidade no duodeno. Se um antígeno sobrevive à degradação físico-química no lúmen intestinal, ainda deve ultrapassar outros obstáculos. O peristaltismo mantém os antígenos em movimento, diminuindo o tempo de contato e a possível adesão ao epitélio.
*A presença de agentes tensoativos (bile) e de enzimas diversas fazem do meio ambiente do aparelho digestivo um lugar difícil para muitos dos agentes infecciosos”.
O jejuno representa a porção intestinal mais densamente povoada pela microbiota.
R: Errado
É o cólon que representa a porção intestinal mais densamente povoada.
“O peristaltismo e a acidez gástrica influenciam a variedade e a localização das bactérias no tubo digestivo, assim, a distribuição da microbiota não é homogênea e a sua diversidade e quantidade é crescente ao longo do trato gastrointestinal. O cólon representa a porção intestinal mais densamente povoada”.
Infecções são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Escherichia coli enterotoxigênica.
R: Errado
A ETEC é causadora de uma toxinfecção.
“Infecções – são causadas pela ingestão de micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clínico característico como as infecções por Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni”.
Em relação às DTAs, possuem maior importância no grupo etário de menores de 5 anos, em decorrência da elevada mortalidade por vômito nesse grupo, como também nos imunodeprimidos e idosos.
R: Errado
A elevada mortalidade nesse grupo é devido à diarreia.
“Morbidade, mortalidade e letalidade – presume-se que as DTAs apresentem alta morbidade, e mortalidade e letalidade baixas, dependendo das condições do paciente, do agente etiológico envolvido e do acesso aos serviços de saúde. Possuem maior importância no grupo etário de menores de 5 anos, em decorrência da elevada mortalidade por diarreia nesse grupo, como também nos imunodeprimidos e idosos”.
A ocorrência de surtos de DTA é de notificação compulsória mensal.
R: Errado
A notificação é compulsória e imediata.
“Notificação – A ocorrência de surtos é de notificação compulsória imediata. A ação de investigação epidemiológica de surto de DTA é de responsabilidade do órgão municipal de saúde”.
Num animal sadio, a flora normal ocupa os locais de adesão nos enterócitos e aumenta o pH luminal devido à produção de ácidos graxos voláteis.
R: Errado
Diminui o pH luminal.
“*Num animal sadio, a flora normal ocupa os locais de adesão nos enterócitos e diminui o pH luminal devido à produção de ácidos graxos voláteis. Microrganismos que penetram a barreira epitelial encontram fagócitos mononucleares (monócitos no sangue ou macrófagos nos tecidos) e polimorfonucleares. *A inflamação intestinal é um mecanismo não específico. Normalmente estão presentes numa grande quantidade leucócitos”.
As infecções por Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa emética) são exemplos clássicos de toxinfecções.
R: Errado
A cepa emética do B. cereus se enquadra como uma intoxicação.
“Toxinfecções – são causadas por micro-organismos toxigênicos (que produzem toxinas), cujo quadro clínico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos”.
Atualmente, considera-se possível o risco de infecção pelo consumo de carne bovina que apresente a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), que no homem se apresenta como a síndrome de Creutzfeld-Jacobs, caracterizada como uma encefalopatia degenerativa espongiforme, progressiva e fatal.
R: Errado
Cuidado! A DTA oriunda do consumo de carne bovina com o príon é a variante da síndrome de Creutzfeld-Jacobs, visto que a síndrome propriamente dita é uma alteração espontânea degenerativa dos humanos e não está correlacionada ao consumo de carne de ruminantes infectada com os príons.
“Algumas patologias foram recentemente associadas a príons, partículas proteicas com poder infectante, que podem também ser transmitidas por alimentos derivados de animais contaminados. Atualmente, considera-se possível o risco de infecção pelo consumo de carne bovina que apresente a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), que no homem se apresenta como uma variante da síndrome de Creutzfeld-Jacobs, caracterizada como uma encefalopatia degenerativa espongiforme, progressiva e fatal”.