Cirurgia Flashcards
Apendicite Aguda
Quais os tipos de bactérias encontradas em casos de apendicite perfurada?
Apendicite Aguda
Como é caracterizada a classificação laparoscópica de Gomes da apendicite aguda?
Apendicite Aguda
A artéria apendicular é ramo de que artéria?
Artéria apendicular - ramo terminal da artéria ileocólica - ramo da artéria mesentérica superior.
Pancreatite Aguda
Quais as duas possíveis complicações da hipercalcemia?
Pancreatite aguda: deposição de cálcio no ducto pancreático e ativação do tripsinogênio dentro do parênquima pancreático.
Doença ulcerosa péptica: hipercalcemia incrementa a secreção de gastrina, estimulando a secreção de ácido gástrico.
Pancreatite Aguda
Qual o marcador sérico mais específico para pancreatite aguda?
Sensibilidade: amilase e lipase iguais.
Especificidade: lipase mais específica e com maior meia-vida.
Lipase: 8-14 dias; Amilase: 3-7 dias.
Pancreatite crônica
Qual cirurgia indicar em casos de pancreatite crônica com dilatação ductal (> 7 mm)?
Cirurgia de Puestow (pancreaticojejunostomia lateral): ausência de fibrose.
Cirurgia de Frey (pancreaticojejunostomia lateral com ressecção pancreática localizada): presença de fibrose.
Pancreatite Aguda
Como é caracterizada a TC com contraste de um pseudocisto pancreático (achado tardio: > 4 semanas)?
- Extrapancreático;
- Coleção homogênea;
- Redonda ou oval;
- Realce capsular uniforme;
- Ausência de componente não-líquido;
- Parede bem definida e espessa.
Qual a conduta frente a casos de drenagem serossanguinolenta por meio da ferida operatória?
O que é pontuado na Escala de Coma de Glasgow?
Qual a meta de hemoglobina, INR e plaquetas após transfusão maciça?
- Hemoglobina entre 8-12g/dL
- INR < 1,5-1,8
- Plaquetas > 50.000/mm³
10 concentrados de hemácia em 24h ou 4 em 1h
Quais os critérios para indicação de protocolo de transfusão maciça?
ABC Score: maior ou igual a 2 pontos indica!!!
- Trauma penetrante em tronco (tórax ou abdome) – 1 ponto
- FAST positivo – 1 Ponto
- Pressão arterial sistólica igual ou abaixo de 90 mmHg – 1 ponto
- Frequência cardíaca igual ou acima de 120 bpm – 1 ponto
10 concentrados de hemácia em 24h ou 4 em 1h
Qual a conduta frente a casos de choque grau III com critério para protocolo de transfusão maciça?
- RL 1000 ml aquecido em AVP calibroso;
- Ácido tranexâmico (1g EV em bolus de 10’);
- Concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e plaquetas (1:1:1).
Como é caracterizado o perfil hemodinâmico do choque hipovolêmico?
- Pressão venosa central baixa;
- Saturação venosa central baixa;
- Débito cardíaco baixo;
- Resistência vascular sistêmica alta;
- Pressão de oclusão de artéria pulmonar baixa.
Qual a conduta frente a casos de lesão esofágica traumática?
- Associada a traumatismos penetrantes;
- Toracotomia de emergência;
- Drenagem pleural bilateral e mediastinal.
Saliva saindo pela ferida
Quais as vantagens da realização da Raquianestesia?
Como é realizado o sinal de Carnett? O que indica?
Contração da musculatura da parede abdominal.
* Positivo (dor): lesão da musculatura abdominal.
* Negativo (não se altera): peritonite.
Os achados tomográficos axiais do abdômen sugerem qual doença?
Isquemia mesentérica avançada
- Seta vermelha: diversos focos de aeroPortia (gás no interior do sistema venoso portal).
- Seta laranja: segmentos de alças com pneumatose intestinal (ar na sua parede).
A artéria mesentérica superior irriga quais porções do intestino?
Intestino médio: metade do duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon ascendente e até 2/3 do cólon transverso.
Como é caracterizado o quadro clínico da isquemia mesentérica crônica?
- Dor abdominal em cólica em região epigástrica/mesogástrica pós-prandial (incapacidade de aumentar o fluxo sanguíneo).
- “Medo de comer”: perda de peso.
- Sopro em região epigástrica (50% dos casos).
Como é caracterizado o quadro clínico da colite isquêmica?
Hérnias
Quais nervos estão presentes no canal inguinal?
(homem e mulher)
Homem: cordão espermático (ramo genital do nervo genitofemoral, plexo testicular simpático) e nervo ilioinguinal.
Mulher: nervo ilioinguinal e ramo genital do nervo genitofemoral.
Qual a área de maior ocorrência da hérnia de Spiegel?
Parede abdominal anterolateral (fáscia de Spiegel), composta pelas aponeuroses dos m. transverso do abd e oblíquo interno (geralmente infraumbilical - linha arqueada de Douglas).
Hérnias
Toda hérnia de Spiegel deve ser operada?
Sim, devido ao alto risco encarceramento pelo anel herniário estreito. Sutura o músculo transverso do abd com o músculo oblíquo interno, seguido pelo fechamento da aponeurose do m. oblíquo externo.
Maiores: tela para diminuir recorrência.
Qual a única indicação de redução manual de hérnia abdominal sob analgesia?
Hérnias encarceradas, sem nenhum sinal de estrangulamento, em pacientes com alto risco cirúrgico.
Hérnias
Por que é importante solicitar exame de imagem para avaliação da hérnia de Spiegel?
Hérnias pequenas (1-2 cm), pode ter dor localizada e sem abaulamento, e se encontra abaixo da aponeurose do músculo oblíquo externo (íntegra).
TC ou USG de abdômen
Hérnias
Como é caracterizada a hernioplastia pela técnica de Lichtenstein?
Tela de polipropileno fixada ao tubérculo púbico e ao ligamento inguinal, corrigindo o defeito na parede posterior (hérnia direta) e do canal inguinal (hérnia indireta).
Técnica sem tensão = baixos índices de recidiva (1%).
Hérnias
Quais os cuidados são orientados no pré e no pós-operatório de uma hernioplastia?
Tabagismo: suspendido pelo menos 8 semanas antes;
Pontos: retirados de 10 a 14 dias de pós-operatório;
Retorno ao trabalho: trabalho sedentário: 10 dias após; trabalho manual: abster-se de levantar pesos por 4-6 semanas; trabalho manual pesado: 6 semanas (80% da resistência original do tecido após 6 semanas)
Hérnias
Como é caracterizada da hernioplastia pela técnica de Bassini?
Sutura dos arcos musculoaponeuróticos do m. transverso abdominal e m. oblíquo interno e do tendão conjunto ao ligamento inguinal, desde o tubérculo púbico até o anel inguinal interno (reforço da parede posterior).
Altas taxas de recidiva
Hérnias
Como é caracterizada a hernioplastia pela técnica de McVay?
Sutura do tendão conjunto ao ligamento pectíneo/Cooper para correção das hérnias femorais.
Sutura contínua pelo canal inguinal também corrige hérnias inguinais.
Hérnias
Como é caracterizada a hernioplastia pela técnica de Shouldice?
Imbricação de múltiplas camadas musculares visando o reforço da parede posterior.
Não utiliza tela.
Hérnias
Quais sinais tomográficos indicam isquemia intestinal?
Pneumatose intestinal + ar no sistema venoso
Hérnias
Quais os limites do trígono lombar inferior (Petit)?
- Músculo grande dorsal (medial);
- Músculo oblíquo externo do abdômen (lateral);
- Crista ilíaca (inferior).
Quais as principais diferenças entre drenos de sucção ativos e passivos?
Drenos: prevenção de seroma e subsequente infecção. Inseridos em áreas com grande dissecção do subcutâneo.
Ativos: aspiração contínua ou intermitente (pressão negativa). Ex.: Abertos (reservatório de Salem - potencial contaminação) ou fechados (Jackson-Pratt, Portovac).
Passivos: drenagem espontânea ou por gravidade (capilaridade). Ex.: Penrose, cateter Foley, cateter Malecot.
Hérnias
Quais os limites do canal femoral?
- Anterior: trato iliopúbico ou ligamento inguinal;
- Posterior: ligamento de Cooper;
- Lateral: veia femoral.
- Medial: junção do trato iliopúbico e do ligamento de Cooper (formando o ligamento lacunar).
Quais os locais anatômicos de estreitamento do esôfago? Quais os locais são mais acometidos por impactação de corpos estranhos?
- Constrição pelo músculo cricofaríngeo;
- Constrição broncoaórtica;
- Constrição diafragmática.
Qual o local de surgimento do divertículo de Zenker?
Região faringoesofágica: localizado entre as fibras do músculo tireofaríngeono (ponto de fragilidade muscular - trígono de Killian).
Sintomas: pode causar disfagia cervical em idosos.
Quais as principais causas de hemorragia digestiva alta?
- Úlcera péptica (60%);
- Rotura de varizes esofágicas (15%);
- Síndrome de Mallory-Weiss.
Qual a conduta frente a casos de hemorragia digestiva alta?
Estabilização clínica: reposição volêmica, hemotransfusão e IBPs.
EDA: localiza e trata a lesão, realizada até 24h em sangramentos não-varicosos e até 12h em varicosos.
Cirurgia: casos refratários ou recorrentes a terapia endoscópica.
Qual o local que causa maior sangramento?
Parede posterior do bulbo duodenal: acomete a artéria gastroduodenal.
Hemorragia Digestiva Alta
Qual a função do IBP no tratamento da hemorragia digestiva alta?
- Estabiliza o coágulo aderido à lesão (hemostasia);
- Aumenta o pH intragástrico, inativando a ação da pepsina (evita digestão dos coágulos formados);
- pH mais alcalino favorece a agregação plaquetária.
Sempre adm IBP, independente da etiologia
Câncer gástrico
Como é caracterizada a anemia perniciosa?
- Gastrite atrófica auto-imune;
- Anemia megaloblástica + plurissegmentação de neutrófilos;
- Auto-anticorpos anti-célula parietal e anti-fator intrínseco;
- Atrofia do corpo e fundo gástricos (progressiva e irreversível);
- Aumento o risco de câncer gástrico (4-5x).
Câncer gástrico
Como é caracterizada a classificação de Borrmann?
Câncer Gástrico
Como é caracterizado o tipo intestinal e o difuso (Lauren)? Qual apresenta melhor prognóstico?
O que é a arcada de Riolan?
Conexão entre as porções proximais da artéria mesentérica superior com a artéria mesentérica inferior, através das artérias cólica média e cólica esquerda.
Se uma ocluir, mantém a irrigação
As artérias retal média e inferior são ramos de qual artéria?
Artéria ilíaca interna.
Artéria retal superior: ramo da artéria mesentérica inferior
Quais as indicações e contraindicações da derivação intrahepática portossistêmica transjugular (TIPS)?
Comunica veia porta a veia hepática
Qual a indicação de dreno de Kehr?
Lesão do ducto biliar não causada por eletrocautério e < 50% circunferência.
Dreno inserido pela lesão
O cisto de colédoco indica tratamento expectante?
- Condição rara (<1 em cada 10 mil pessoas);
- Risco de malignização (inflamação crônica do parênquima hepático);
- Sempre indica CIRURGIA.
Tumores peri-hilares
Como é caracterizada a classificação de Bismuth?
1- hepático comum;
2- junção dos hepáticos;
3A- hepático direito;
3B- hepático esquerdo;
4- hepático D + E.
Câncer Gástrico
Por que a gastrectomia subtotal (Billroth I ou II) aumenta chance do desenvolvimento de câncer gástrico?
Há grande refluxo de bile para o coto gástrico, causando gastrite alcalina e consequente atrofia gástrica e intensa metaplasia intestinal.
Quais as principais causas de síndrome compartimental abdominal?
Trauma
Qual a posologia do ácido tranexâmico?
Como é realizada a profilaxia antimicrobiana pré-cirúrgica?
Sem perfuração de alças intesinais: Cefazolina 1-2g endovenosa na indução anestésica.
Perfuração de alças intestinais (+ cobertura para Gram neg e anaeróbios): Metronidazol 500mg e Cefazolina 1-2g endovenosos na indução anestésica.
Quais fios de sutura são absorvíveis e inabsorvíveis?
Trauma abdominal
Quais os órgãos mais acometidos por arma de fogo?
- Intestino delgado (50%);
- Cólon (40%);
- Fígado (30%);
- Estruturas vasculares abdominais (25%).
Trauma abdominal
Quais os órgãos mais acometidos por arma branca?
- Fígado (40%);
- Intestino delgado (30%);
- Diafragma (20%);
- Cólon (15%).
Hemorroidas
Como são classificadas?
Hemorroidas
Como é caracterizado o manejo das hemorroidas internas?
TODOS: medidas higienodietéticas.
Graus I e II: ligadura elástica ou escleroterapia;
Grau III: ligadura elástica ou hemorroidectomia;
Grau IV: hemorroidectomia.
Hemorroidas
Como é caracterizado o manejo das hemorroidas externas?
Externa não complicada:
Medidas higienoditéticas, tópicos.
Externa complicada:
< 48h: avaliar hemorroidectomia.
> 48h: melhora dos sintomas? Analgesia e cuidados locais.
Hemorroidas internas múltiplas e volumosas:
Anopexia anorretal.
Pancreatite aguda
O que é avaliado nos critérios de Ranson?
Quais as principais diferenças epidemiológicas entre Doença de Crohn e retocolite ulcerativa?
Tireoidectomia
Quais as possíveis complicações por lesão nervosa?
Lesão do nervo laríngeo recorrente: inervação da musculatura intrínseca da laringe.
Unilateral: disfonia e/ou dispneia (paresia ou paralisia da prega vocal unilateral).
Bilateral: dispneia intensa, cornagem e estridor (paralisia de ambas as pregas vocais).
N. laríngeo superior: falha na voz ao cantar (sons agudos).
Tireoidectomia
Quais as possíveis complicações por lesão vascular?
Hematoma pós-tireoidectomia: aumento do volume cervical, cornagem/estridor e agitação. Pode evoluir com cianose central e rebaixamento do nível de consciência.
Vascularização extensa: muitas ligaduras vasculares durante cirurgia
Tireoidectomia
Qual a principal complicação causada pela remoção inadvertida das paratireoides?
Queda do PTH e consequente HIPOcalcemia sintomática (tremores, câimbras, tetanias, arritmias e convulsões).
Fratura Exposta
Como é definida?
Descontinuidade do tecido ósseo em que há conexão entre o hematoma fraturário e o meio externo.
Osso não precisa ter contato com o meio externo.
Fratura Exposta
Como é caracterização a classificação de Gustilo e Anderson?
Arma de fogo: sempre grau III
Fratura Exposta
Quais microrganismos estão envolvidos na sua contaminação?
Microrganismos de origem hospitalar: Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli.
Fratura Exposta
Sempre deve realizar ATB?
Sempre realizar, o mais precocemente possível.
Fratura Exposta
Quais os melhores métodos para prevenção de infecção?
- SF 0,9% em abundância;
- ATB nas primeiras 3h;
- ATB até fechamento de partes moles ou 72h;
- Fixação definitiva: ATB em dose única, antes da indução anestésica.
Fratura Exposta
Qual a conduta?
- Lavagem com SF 0,9%;
- Retirada de contaminantes grosseiros;
- Solicitar ATB endovenoso (até 3h);
- Solicitar vacina antitetânica (DTP);
- Avaliação neurovascular (pulso?);
- Alinhamento do membro;
- Reavaliação neurovascular (pulso? se não -> cirurgia);
- Foto da ferida para não precisar tirar o curativo várias vezes;
- Curativo estéril;
- Imobilização provisória e radiografia;
- Encaminhamento para centro cirúrgico (até 24h).
Quais tipos de cânceres estão mais associados aos seguintes marcadores: CA 125, CEA, CA 19-9, CA 15-3 e alfafetoproteína?
CA 125: câncer de ovário;
CEA: câncer colorretal, de ovário e colangiocarcinoma;
CA 19-9: câncer de pâncreas;
CA 15-3: câncer de pulmão, de pâncreas e colorretal;
Alfafetoproteína: câncer testicular e carcinoma hepatocelular.
Como é caracterizada a Síndrome de Pancoast Tobias?
Causada por compressão de estruturas neurovasculares no tórax (plexo braquial e/ou cadeia simpática).
Sintomas ipsilaterais: dor, paresia, ptose palpebral, miose e anidrose.
Como é caracterizada a Síndrome de Claude Bernard-Horner?
Causada por lesão da cadeia simpática cervical.
Sintomas ipsilaterais: ptose palpebral, miose e anidrose ipsilateral.
Ausência de dor e paresia (diferente da Sd Pancoast Tobias)
Como é caracterizada a Síndrome da veia vaca superior?
Compressão da veia cava superior por massa ou lesão no tórax.
Sintomas: edema facial, aumento da cirulação venosa na porção superior do tórax, dispneia e tosse.
Como é caracterizada a Síndrome do desfiladeiro torácico?
Compressão de estruturas neurovasculares entre clavículas e costelas.
Sintomas ipsilaterais: dor, paresia, parestesia e alterações da cor da pele.
Como são definidos os enxertos?
- Segmento de pele sem subcutâneo;
- Nutrição vascular dependente do leito receptor (não próprio);
- Não aplicar sobre área desvascularizada ou em processo infeccioso.
Como são definidos os retalhos?
- Segmento da pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio;
- Comunicação com área doadora por pedículo;
- Preenche áreas de grandes perdas teciduais;
- Recria estruturas (mama);
- Cobertura sobre áreas nobres (articulações, vasos, nervos e tendões).
Enxerto: não suprimento vascular próprio
Quais as indicações terapêuticas da CPRE?
- Coledocolitíase;
- Estenoses das vias biliares (endopróteses e stents);
- Colangite;
- Pancreatite biliar com cálculo impactado;
- Drenagem interna transtumoral das vias biliares.
Não trata coledocolitíase (colecistectomia)
Quais nervos são responsáveis pela inervação da região inguinal?
Quais as opções de vias alimentares alternativas?
- Sonda nasoenteral;
- Gastrostomia;
- Jejunostomia;
- Nutrição parenteral.
Ileostomia não é via alimentar (via de saída)
Quais as opções terapêuticos para hiperplasia prostática benigna?
Pielonefrite obstrutiva
Qual a conduta frente a diferentes locais de obstrução?
Analgesia e ATB EV (ceftriaxona ou ciprofloxacino);
Antagonista alfa-adrenérico (tansulozina) se crônico (tto clínico);
Cateter duplo J retrógrado: cálculo ureteral (drenagem de urina infectada);
Nefrostomia percutânea: neoplasia extrínseca obstrui ureter;
Sondagem vesical: HPB (obstrução prostática);
Cistoscopia: estenose uretral grave.
Litotripsia eletiva: risco de perfuração e estenose se inflamada/aguda
Perioperatório
Com quanto tempo de retirada da heparina de baixo peso molecular profilática pode-se realizar anestesia do neuroeixo , passagem ou retirada de cateter peridural?
12 horas.
Risco de hematoma peridural/epidural (não subdural)
Perioperatório
Com quanto tempo de retirada da heparina de baixo peso molecular terapêutica pode-se realizar anestesia do neuroeixo , passagem ou retirada de cateter peridural?
24 horas.
Contraindicada a manutenção de cateter peridural.
Risco de hematoma peridural/epidural (não subdural)
Como é caracterizado o quadro clínico de prostatite?
- E. coli é bactéria mais comum;
- Mais comum em homens com HPB;
- Febre, mal estar, disúria, polaciúria e estranguria.
O tratamento da prostatite com infecção por pseudomonas aeruginosa pode ser realizado com Ertapenem.
V ou F??
Falso!
O Ertapenem apresenta resistência intrínseca a pseudomonas aeruginosa. O imipenem ou meropenem são carbapenêmicos que podem ser utilizados.
Macrodantina: não atinge nível terapêutico em tecido prostático
Queimaduras
Quais as principais medidas realizadas?
- Irrigação com água em temperatura ambiente;
- Avaliar necessidade de escarotomia dos membros;
- Analgesia (opioides potentes- fentanil ou morfina EV);
- Debridamento de flictenas (?);
- Curativos oclusivos secos com sulfadiazina de prata 10 mg/g;
- Cobrir com lençóis/cobertores térmicos (evitar hipotermia);
- Profilaxia do tétano (2º e 3º graus);
- Profilaxia para TVP (> 20% SCQ);
- Descompressão gástrica (> 20% SCQ) ou distensão abdominal, náuseas ou vômitos.
Queimaduras
Qual a diferença da queimadura de espessura superficial e profunda?
2º grau superficial: acomete epiderme e derme papilar.
2º grau profunda: acomete epiderme e derme reticular, destruindo parte dos folículos pilosos e tecido glandular.
Queimaduras
Como é realizado o cálculo de reposição volêmica em vítimas de queimadura elétrica?
Fórmula de Parkland: 4mL x SCQ x peso.
Outros: 2 mL x SCQ x peso
Queimaduras
Quais as principais características dos enxertos de pele total e parcial?
Queimaduras de espessura total (3º grau) ou parcial profunda (2º grau profunda): desbridamento e enxertia
Queimaduras
Qual tipo de enxerto é indicado para região de face?
Enxerto de pele total: face, pescoço, mãos e articulações.
Vantagens: maior sensibilidade e textura, e menor retração cicatricial (contração secundária).
Queimaduras
Quando irrigar queimadura com solução salina fria (>8°C)?
- Queimaduras pequenas (até 5% SCQ).
- Irrigar por 20-30 minutos, imediatamente após a queimadura.
Monitorizar temperatura para evitar hipotermia
Quais as principais recomendações do projeto Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória (ACERTO)?
Perioperatório
Qual a meta glicêmica?
140 a 180 mg/dL
Perioperatório
Em cirurgias eletivas, como deve ser realizado o jejum?
Jejum de sólidos: 6-8h antes da indução;
Líquidos + carboidratos (maltodextrina): até 2h antes da indução, exceto se retardo no esvaziamento esofágico ou gástrico, ou em procedimentos de emergência.
Perioperatório
Durante as cirurgias que envolvem o abdome superior, a queda da Capacidade Vital é o valor de maior modificação durante o procedimento.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Perioperatório
Qual anestésico local é indicado para aplicação em extremidades e região genital?
Lidocaína sem vasoconstritor: início de ação rápido (baixa latência).
Vasoconstritor: pode causar isquemia e necrose do membro
Perioperatório
A lidocaína é o anestésico local com menor cardiotoxicidade, seguido pela ropivacaína e bupivacaína.
V ou F?
Verdadeiro!
Perioperatório
Quanto menor o pKa, maior a concentração de formas não ionizadas; portanto, maior a permeabilidade na membrana celular, e consequentemente, menor o tempo para início dos efeitos.
V ou F?
Verdadeiro!
A lidocaína apresenta pKa baixo, então tem baixo tempo de latência.
Perioperatório
A ligação proteica alta está relacionada ao tempo de duração do anestésico. A lidocaína apresenta alta ligação proteica, em detrimento da ropivacína.
V ou F?
Falso!
A ligação proteica alta está relacionada ao tempo de duração do anestésico. A lidocaína apresenta BAIXA ligação proteica, em detrimento da ropivacína.
Perioperatório
Qual escore é utilizado para avaliação do risco de tromboembolismo venoso?
Escore de Caprini
Perioperatório
Pacientes que realizam cirurgias ortopédicas necessitam de profilaxia para tromboembolismo venoso após a alta hospitalar?
Sim!
Cirurgia de quadril: 35 dias.
Cirurgias de joelho: 10 a 14 dias.
Perioperatório
Durante cirurgia, qual a principal causa de diminuição do ETCO2 sem deformidade da curva?
Associada ao choque (diminuição de PA).
1) Queda da PA causa má perfusão com diminuição do metabolismo aeróbico (produz menos CO2).
2) Queda da perfusão pulmonar pelo baixo débito cardíaco (expira menos CO2).
Perioperatório
Qual o melhor hipnótico utilizado em casos de hipertensão intracraniana? Pode usar morfina e fentanil como analgésico?
Hipnótico: propofol diminui a PIC, então é indicado em casos de hipertensão intracraniana e edema cerebral.
Analgésicos: morfina e fentanil causam hipotensão e aumento da PIC por vasodilatação cerebral secundária. Em associação com propofol, pode ser utilizada.
Perioperatório
Como é classificada a baricidade dos anestésicos locais?
Comparada a densidade do LCR à 37°C durante raquianestesia. Altera o nível do bloqueio, não influencia na duração da anestesia.
Hipobáricos: densidade menor, então tendem a ascender quando sentado ou inclinado.
Isobáricos: densidade similar, então permanecem no local onde são injetados.
Hipérbáricos: densidade maior, então descem no espaço subaracnóideo quando sentado ou inclinado.
Perioperatório
Baixo indutor de depressão cardíaca e respiratória, rápido adormecer e despertar, usado em associação na para anestesia profunda, risco aumentado de náuseas e vômitos pós-anestésicos e utilizado para sedação consciente. Qual é o gás anestésico?
Óxido nitroso
Perioperatório
Como é caracterizada a classificação de Caprini?
Muito baixo risco: 0
Baixo risco: 1-2
Risco moderado: 3-4
Alto risco: Maior ou igual a 5
Vertigem
Como é caracterizada a propedêutica da tontura psicogênica?
Tontura;
Head impulse test negativo;
Ausência de nistagmo;
Ausência de desvio skew.
Vertigem
Como é caracterizada a propedêutica da VPPB?
- Principal vertigem de origem periférica;
- Vertigem com duração de segundos;
- Desencadeada pela movimentação da cabeça;
- Pode estar associado a náuseas;
- Teste Skew negativo;
- Head impulse test positivo.
Menière: não desencadeada pelo movimento, mas este exacerba a tontura
Vertigem
O que indica o teste Skew deviation positivo?
Desalinhamento vertical dos olhos por comprometimento da aferência pré-nuclear vestibular aos núcleos motores oculares ou via utrículo-ocular.
Positivo: origem central.
Negativo: origem periférica.
Vertigem
O que indica o head impulse test positivo?
Avalia o reflexo vestíbulo-ocular pela análise do funcionamento dinâmico dos seis canais semicirculares.
Positivo: disfunções vestibulares (origem periférica).
Negativo: origem central.
Vertigem
Como diferenciar a vertigem periférica da central?
Vertigem
Quais testes semiológicos realizar em casos de síndrome vestibular aguda?
Protocolo “HINTS”: 3 manobras:
H ead
I mpulse
N ystagmus
T est of
S kew
Vertigem
O que indica o nistagmo horizontal e vertical na investigação de uma síndrome vestibular aguda?
Horizontal: origem vestibular (periférica).
Vertical ou bilateral: origem central.
Vertigem
Quais os possíveis sintomas dos neuromas acústicos?
Tumores intracranianos originados das células de Schwann, investindo no nervo vestibular ou coclear.
Crescimento: ocupam grande porção do ângulo cerebelopontino e causam perda auditiva neurossensorial unilateral (+ comum), tontura e zumbido.
Vertigem
Quais nervos afetados pelos neuromas acústicos?
Nervo vestíbulo-coclear (VIII par) e nervo facial (VII par): entram no conduto auditivo interno.
Perda auditiva neurossensorial unilateral (+ comum), tontura e zumbido.
Vertigem
Qual o local de acometimento da VPPB?
Acomete quase exclusivamente o vestíbulo e os canais semicirculares, não apresentando envolvimento coclear ou central.
Deslocamento anômalo dos otolíticos do sáculo e do utrículo para os canais semicirculares.
Vertigem
O que é o sinal de Romberg?
Diferença de equilíbrio com os olhos abertos e fechados.
Aberto com equilíbrio e fechado sem equilíbrio.
Vertigem
Qual o melhor exame complementar para investigação de vertigem de origem central?
RNM de crânio
Vertigem
Qual medicamento utilizado para tta da vertigem vestibular?
Betaistina: indicada para Doença de Ménière (vertigem, perda auditiva, zumbido). zumbido).
Vertigem
Em casos de vertigem tratada com cinarizina/flunarizina e desenvolvimento de parkinsonismo, qual a conduta?
O uso de Cinarizina/Flunarizina é a segunda causa de parkinsonismo. Então, deve cessar o seu uso.
Vertigem
A manobra de Dix-Hallpike com tontura, mas sem nistagmo, confirma o diagnóstico de VPPB.
Verdadeiro ou falso?
Falso!
Só confirma na presença de nistagmo. Se apenas tontura, pode sugerir VPPB.
Não afasta Meiére = piora com o movimento
Perda Auditiva
Quais os indícios de problemas auditivos manifestados por crianças?
- Necessita de volumes altos de som e televisão;
- Piora da concentração e atenção na escola;
- Distração na escola;
- Tendência ao isolamento.
Perda Auditiva
Como podem ser classificadas?
Perda condutiva: alterações na orelha externa e orelha média (diminuem a transmissão sonora pelo conduto auditivo externo, membrana timpânica e ossículos).
Perda neurossensorial: alterações na cóclea, vias auditivas e córtex cerebral auditivo.
Vertigem
Qual o canal mais acometido na VPPB?
Canal semicircular posterior (80%): nistagmo rotatório (torcional) no olho ipsilateral ao labirinto acometido, além de um nistagmo vertical para baixo no olho contralateral.
Vertigem
Como é realizada a manobra de Epley?
- Rotação lateral da cabeça a 45° para o lado que se quer testar (igual a Dix-Hallpike);
- Angulação da cabeça a 45° abaixo do nível da maca com a cabeça rodada (igual a Dix-Hallpike) (30-45s);
- Rotação em 90° para o lado contralateral, mantendo a cabeça angulada a 45° abaixo do nível da maca (30-45);
- Mudança de decúbito dorsal para lateral e rotação da cabeça para baixo, com os olhos em direção ao chão (30-45s);
- Elevação do paciente, sentando-se através de movimento lateral.
Paciente com o seguinte exame físico: abolição do murmúrio vesicular no HTD, abolição do frêmito tóraco-vocal ou ressonância vocal e percussão do HTD com som submaciço. Qual a principal causa?
Derrame pleural ou atelectasia
Pneumonia lobar: frêmito toraco-vocal estaria aumentado
Apneia Obstrutiva do Sono
Qual a principal causa na infância?
Hipertrofia de tonsila faríngea (adenoide) e de tonsilas palatinas (amigdalas).
Apneia Obstrutiva do Sono
Qual a fisiopatologia da síndrome da apneia obstrutiva do sono e doenças neuromusculares ou neurológicas?
Hipotonia muscular e/ou redução do controle ventilatório central.
Quais os sinais sugestivos de câncer de laringe? Em qual lugar apresenta pior prognóstico?
Principais FR: etilismo e tabagismo;
Sintomas precoces: disfonia (rouquidão) > 15 dias;
Melhor prognóstico na glote (menor drenagem linfática);
Supraglote ou subglote: sintomas tardios e pior prognóstico (maior drenagem linfática).
Dx: laringoscopia direta
Quais as principais diferenças da paralisia facial central e periférica?
Qual exame de imagem solicitar para avaliação do tamanho da adenoide?
Radiografia de cavum (nasofaringe)
Perda auditiva
Como é caracterizada a audiometria de perda auditiva neurossensorial?
Via óssea (0 e X) e neurossensorial ([ e ]) abaixo dos 25 dB.
Rubéola congênita, meningite, asfixia perinatal, aminoglicosídeos.
Perda auditiva
Como é caracterizada a audiometria de perda auditiva condutiva?
Via óssea (0 e X) acima dos 25 dB, e a via neurossensorial ([ e ]) abaixo deste limiar, mantendo um gap entre elas.
Hipertrofia das adenoides (obstrui o conduto auditivo), otite serosa.
Como é caracterizado o abscesso periamigdaliano?
Aumento assimétrico da tonsila e do palato mole ipsilateral;
Pode apresentar trismo.
Qual a conduta frente a casos de abscesso periamigdaliano?
- Internação hospitalar;
- ATB empírico;
- TC cervical + tórax (avaliação da extensão);
- Cervicotomia + drenagem (anestesia geral).
Exames não devem retardar tto
Como é caracterizada a angina de Ludwig?
- Infecção bilateral do espaço submandibular (2-3 molar inferior);
- Infecção polimicrobiana (flora da cavidade oral);
- Celulite agressiva, de rápida propagação “lenhosa” ou forte;
- Ausência de linfadenopatia.
Não é abscesso
Como é caracterizada a fasceiíte necrosante?
Infecção dos tecidos moles profundos, que resulta na destruição progressiva da fáscia muscular e da gordura subcutânea sobreposta.
TTO: ATB + drenagem + desbridamento.
Imunossuprimidos: DM2
Apneia Obstrutiva do Sono
Quais as principais complicações?
- Cor pulmonale;
- Déficit do crescimento;
- Problemas neurocognitivos;
- Distúrbios comportamentais.
Apneia Obstrutiva do Sono
Quais as principais causas?
Hipertrofia de adenoide (infância);
Hipertrofia de tonsilas;
Anomalias craniofaciais;
Distúrbios neuromusculares;
Obesidade.
Apneia Obstrutiva do Sono
Qual o tratamento?
Leve-moderada: expectante, manejo nutricional (obesidade), farmacológico (rinite alérgica).
Grave: CPAP, cirurgia (adenoidectomia).
Perda auditiva
O AAS pode cursar com zumbido/perda auditiva?
Os salicilatos (AAS) geralmente causam zumbido, mesmo em concentrações dentro da faixa terapêutica (20 mg/dL [1,5 mmol/L]). Outros: perda auditiva sonora e transitória (raramente permanentes).
Cirurgia Bariátrica
Qual o mecanismo de deficiência de ferro?
- Perda da acidez gástrica necessária para ser convertido na sua forma ferrosa (melhor absorvida).
- Exclusão dos principais sítios de absorção do (duodeno e jejuno proximal).
Reposição EV: absorção oral diminuída
Cirurgia Bariátrica
Qual o mecanismo de deficiência de B12?
- Reservas corporais totais grandes (3-5 mg), sendo suficiente para fornecer níveis adequados por 5 a 10 anos.
- Absorvida no íleo distal, mas necessita do fator intrínseco (produzido por células parietais do estômago).
Reposição Parenteral ou Sublingual: absorção oral diminuída
Cirurgia Bariátrica
Como deve ser realizada a introdução da dieta no pós-operatório?
D0-D1 de PO: dieta líquida, inicialmente água, líquidos claros até dieta líquida completa (suplementos proteicos 60g/dia). Mantida por 2 semanas.
10-14 dias do PO: introdução da dieta pastosa.
Projeto ACERTO: reintrodução da dieta precoce (1º dia)
Cirurgia Bariátrica
Em caso de Cirurgia metabólica, a dosagem pré-operatória do peptídeo C é preditor da melhora do diabetes no pós-operatório.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro!
Reflete a capacidade de produção de insulina endógena pelo pâncreas (preditor da melhora ou remissão do DM2). Se elevado, apresenta maior probabilidade de melhora do controle glicêmico.
Cirurgia Bariátrica
O bypass gástrico em Y de Roux é a cirurgia de escolha em quais condições?
- DM2 não controlado;
- Doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose hepática);
- Síndrome metabólica;
- Síndrome do ovário policístico;
- DRGE e esôfago de Barret.
Cirurgia Bariátrica
Como deve ser realizada a reposição de ferro no PO?
Homens: pelo menos18 mg/dia de ferro elementar.
Mulheres em idade fértil (menstruação): pelo menos 45-60 mg/dia de ferro elementar.
Reposição EV: absorção por via oral diminuída
Cirurgia Bariátrica
Quais as principais diferenças entre as cirurgias para tto da obesidade?
Predominantemente disabsortivas: derivação bileopancreática/Scopinaro (alça comum de 50 cm), e switch duodenal (alça comum de 100 cm).
Cirurgia Bariátrica
Como é caracterizada a síndrome de dumping precoce?
Ocorre em até 50% dos pacientes submetidos ao bypass gástrico.
Quadro: sintomas do TGI (náuseas/ômitos,
plenitude gástrica, cólicas, arreia explosiva) e vasomotores (palpitações, diaforese, tonturas, rubor) 5 a 20 minutos após as refeições.
Cirurgia Bariátrica
Como é caracterizada a fisiopatologia do dumping precoce?
Interrupção do mecanismo pilórico + pequena bolsa gástrica: rápido esvaziamento de alimentos hiperosmolares no intestino delgado.
Cirurgia Bariátrica
Quais as orientações dadas a pacientes com quadro de dumping precoce?
- Evitar alimentos ricos em açúcar;
- Refeições pequenas e frequentes;
- Não ingerir líquido durante as refeições;
- Consumir alimentos ricos em fibras, carboidratos complexos, gorduras e proteínas.
Cirurgia Bariátrica
Como é caracterizada a síndrome de dumping tardio (hipoglicemia hiperinsulinêmica pós-prandial)?
- Complicação mais rara;
- Cerca de 3h após a ingestão de carboidratos;
- Meses a anos após a cirurgia.
Cirurgia Bariátrica
Como é caracterizada a fisiopatologia da síndrome de dumping tardio (hipoglicemia hiperinsulinêmica pós-prandial)?
Rápida absorção de carboidrato: liberação excessiva de insulina pó-prandial, podendo desenvolver hipoglicemia.
Glândula adrenal: liberação de catecolaminas, com desenvolvimento de sintomas adrenérgicos (diaforese, tremores, tonturas e taquicardia).
Cirurgia Bariátrica
Quais os mecanismos de ação das cirurgias bariátricas?
Cirurgia Bariátrica
Quais as comorbidades relacionadas ao aumento de carga sobre a estrutura corporal?
- Artropatias;
- Insuficiência venosa periférica e suas complicações;
- Apneia Obstrutiva do Sono;
- Refluxo Gastroesofágico;
- Hérnias da Parede Abdominal;
- Incontinência urinária de esforço.
Cirurgia Bariátrica
Como é caracterizado o quadro clínico de hérnia interna?
- Insinuação do intestino por um dos defeitos mesentéricos criados durante o procedimento;
- Dor abdominal, associada ou não a sintomas obstrutivos;
- Comum em cirurgias laparoscópicas e raras se apenas gastrectomia vertical.
Cirurgia Bariátrica
Como é caracterizada a TC de abdômen em casos de hérnia interna?
- Alças intestinais distendidas em localização anormal;
- Torção e ingurgitamento dos vasos mesentéricos (sinal do redemoinho).
Cirurgia Bariátrica
Por quanto tempo deve ser suspendido o consumo de cigarro?
De 4 a 6 semanas antes e depois da cirurgia eletiva.
Associado a complicações locais e pulmonares
Cirurgia Bariátrica
Quais as principais alterações causadas pelo tabagismo no PO?
- Vasoconstrição periférica;
- Redução do fluxo sanguíneo na ferida (30 a 40%);
- CO inibe o metabolismo celular oxidativo (radicais livres de O2);
- Nicotina aumenta a adesividade plaquetária;
- Oclusão microvascular (isquemia tecidual);
- Inibe a função das células endoteliais;
- Inibe a função e proliferação dos fibroblastos.
Cirurgia Bariátrica
Qual a principal complicação da Gastrecomia de Sleeve?
Deficiência de vitamina B12 (cianocobalamina): absorção no íleo terminal após ligação ao fator intrínseco, produzido pelas células parietais gástricas, localizadas no fundo e corpo do estômago (ressecados).
Não anemia ferropriva (mantém duodeno e jejuno proximal)
Cirurgia Bariátrica
Cirurgias mistas apresentam ELEVAÇÃO nos níveis de incretinas (GLP-1 e GIP).
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro!
São secretados em resposta à chegada de nutrientes (carboidratos) no intestino, estimulando a secreção de insulina pelo pâncreas.
Cirurgia Bariátrica
Pacientes submetidos a bypass em Y de Roux são mais predispostos a desenvolver cálculos renais de oxalato de cálcio.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro!
Disabsorção: promove maior concentração de ácidos graxos no lúmen intestinal.
Os ácidos graxos se ligam ao cálcio, reduzindo a ligação deste com o oxalato, permitindo que o oxalato fique livre para ser absorvido, aumentando os seus níveis séricos e de sua excreção renal (hiperoxalúria).
Colecistite
Quais os microrganismos encontramos na colecistite aguda enfisematosa?
- Colecistite aguda + infecção secundária.
- Clostridium: produção de gás (anaeróbias).
Ex: Clostridium perfringens, Clostridium welchii
Qual o diferencial clínico da colecistite aguda enfisematosa?
Quadro: instalação súbita, evolução rápida e crepitação da parede abdominal.
Grupos de risco: homens, > 60 anos e DM2.
Colecistecomia de urgência
Como é caracterizado o quadro clínico da linfadenite mesentérica?
- Após um resfriado ou gastroenterite;
- Dor abdominal (Dx apendicite);
- Outros: febre, náuseas e vômitos, diarreia, mal-estar e perda de peso.
- OBS: Dor abdominal pode durar de 1-4 semanas
TTO: suporte e hidratação
Qual a anomalia congênita do TGI mais comum?
Divertículo de Meckel:
* Remanescente do ducto onfalomesentérico;
* Divertículo verdadeiro do intestino delgado;
* Borda intestinal antimesentérica.
Como é caracterizado o quadro clínico do divertículo de Meckel?
- Geralmente assintomático;
- Sangramento retal indolor (+ comum na criança);
- Inflamação: semelhante à apendicite aguda;
- Obstrução intestinal (+ comum no adulto).
O que pensar em casos de colecistecomia há menos de 2 anos e sinais de colestase?
Coledocolitíase residual: coledocolitíase secundária à migração de cálculo vesicular.
TTO: USG abd (triagem) e CPRE terapêutica.
Como é caracterizada a coledocolitíase primária?
- Cálculos formados no colédoco;
- Cálculos marrons;
- Colédocos dilatados > 2 cm;
- Asssociado a infecção bacteriana e estase biliar.
Como é caracterizada a coledocolitíase secundária?
- Migração de cálculo da vesícula biliar;
- Colecistecomia < 2 anos + colestase: cálculo secundário.
Quando prescrever ácido ursodesoxicólico para casos de colelitíase?
Colelitíase + alto risco cirúrgico para tto padrão (colecistectomia).
Mecanismo: solubiliza o colesterol do cálculo, diminui a absorção intestinal de colesterol e melhora o esvaziamento da vesícula biliar.
Sucesso: 30-50%
Quais os limites do triângulo de Hesselbach?
Medial: borda lateral da bainha do músculo reto abdominal;
Superolateral: vasos epigástricos inferiores;
Inferior: ligamento Inguinal (Poupart).
Indireta (lateral) e direta (medial)
Quais os limites do canal inguinal?
Anterior: aponeurose do m. oblíquo externo;
Lateral: m. oblíquo interno;
Posterior: fáscia transversalis e m. transverso do abdome;
Superior: m. oblíquo interno;
Inferior: ligamento inguinal (Poupart).
Qual o conteúdo do canal inguinal dos homens?
- M. cremaster;
- Vasos testiculares;
- Ramo genital do n. genitofemoral;
- Nervo ilioinguinal;
- Ducto deferente;
- Plexo venoso pampiniforme;
- Art. cremastérica;
- Art. espermática;
- Art. do ducto deferente;
- Plexo testicular simpático;
- Vasos linfáticos.
Qual o conteúdo do canal inguinal das mulheres?
- Ligamento redondo do útero;
- Vasos sanguíneos e linfáticos;
- Nervo ilioinguinal;
- Ramo genital do nervo genitofemoral.
Qual é a principal artéria do apêndice cecal?
Artéria apendicular: ramo da artéria ileocólica (ramo da artéria mesentérica superior).
Qual a conduta frente a casos de colelitíase com crises recorrentes de dor em HCD + estabilidade + Afebril + Ausência de sinais de colecistite?
Colecistectomia eletiva, preferencialmente por via laparoscopia.
Qual a conduta frente a casos de hérnia femoral encarcerada associada a abdômen agudo obstrutivo?
- Herniorrafia femoral por inguinotomia.
- Laparotomia: redução espontânea da hérnia encarcerada, geralmente na indução anestésica (verificar a viabilidade do conteúdo reduzido).
Como é caracterizada a Sd da alça aferente?
- Obstrução mecânica da passagem da bile pela alça aferente;
- Complicação de gastrectomia subtotal;
- Obstrução por torção da alça, hérnias internas ou por aderência;
- Sintomas: dor epigástrica + vômitos biliosos.
TTO: cirúrgico ou endoscópico.
Quais as principais causas de obstrução intestinal alta?
Como é caracterizada a tríade de Charcot? E a pêntade de Reynold’s?
Tríade de Charcot: icterícia, febre e dor em hipocôndrio direito.
Pêntade de Reynold’s: Tríade de Charcot + hipotensão arterial e alteração do nível de consciência.
Obstrução e infecção das vias biliares (colangite)
Quais as fases da cicatrização de feridas?
Fase inflamatória: hemostasia e quimiotaxia;
Fase proliferativa: regeneração do tecido conjuntivo;
Fase de maturação: contração, formação e remodelamento.
Como é caracterizada a Cirurgia de Hartmann?
Sigmoidectomia, fechamento do coto retal e colostomia terminal no cólon descendente.
Como é caracterizada a cirurgia de Whipple?
Indicação: neoplasias de cabeça de pâncreas.
Duodenopancreatectomia: ressecção da cabeça do pâncreas, duodeno, vias biliares e parte distal do estômago.
Como é caracterizada a cirurgia de Duhamel?
Indicação: megacólon.
Retossigmoidectomia abdominoperineal com anastomose colorretal (latero-lateral) retrorretal.
Quais as doses dos principais anestésicos locais?
Quais as principais bactérias encontradas na apendicite aguda perfurada?
Escherichia coli (aeróbia) e Bacteroides fragilis (anaeróbia).
Quais as medidas iniciais na suspeita de abdômen agudo obstrutivo?
- Jejum;
- Analgesia;
- SNG (descompressão do TGI);
- Hidratação endovenosa;
- Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos;
- TTO cirúrgico ou conservador (a depender da causa);
- TC de abdômen para identificar causa.
Vômitos: alcalose hipoclorêmica e hipocalêmica
Qual a conduta frente a casos de apendicite aguda em gestante?
- Mais comum no 1º e 2º trimestres;
- Deslocamento do apêndice: direção cefálica;
- Dor difusa ou em flanco direito;
- 1º exame: USG de abdômen;
- 2º exame: RNM de abdômen sem contraste;
- TTO: apendicectomia aberta ou laparoscopia.
Hemorragia Digestiva
Embora a ligadura elástica seja o tto preferencial nos casos de varizes de esôfago, essa técnica não está indicada na abordagem das varizes de fundo gástrico, pois é tecnicamente inviável.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro!
Nesse caso, a conduta é escleroterapia endoscópica com cianoacrilato.
Esplenectomia em últimos casos
Hemorragia Digestiva
Qual a etiologia das varizes gástricas decorrentes da hipertensão portal esquerda/sinistra?
Patologias diferentes da cirrose hepática:
- Pancreatite aguda;
- Neoplasias de pâncreas;
- Trombose da veia esplênica.
Motivo da hipertensão na veia esplênica
Hemorragia Digestiva
Quando indicar tto da úlcera péptica?
- Úlceras gigantes (> 4cm) recidivante;
- Perfuração da úlcera péptica;
- Obstrução do TGI devido à cicatrização das úlceras;
- Hemorragia recorrente não controlada com outras medidas.
Hemorragia Digestiva
Quando indicar o balão de Sengstaken-Blakemore para tto de hemorragia por varizes esofágicas?
- Balão: sonda calibrosa com 2 balões nas extremidades (1 insuflado no estômago, o outro no esôfago);
- Tamponamento mecânico: comprimem as varizes e controlam o sangramento;
- Insuflados até 24h (risco de necrose e perfuração);
- Eficaz em 90% dos casos.
Sangramento maciço, persistente e refratário (não é 1ª escolha)
Hemorragia Digestiva
A ruptura de varizes de esôfago é a principal causa de HDA em um paciente cirrótico.
Verdeiro!
Hemorragia Digestiva
A HDA deve ser tratada com reanimação cardíaca agressiva, monitoração estrita da resposta do paciente e colocação de sonda nasogástrica, para evitar o sangramento ativo.
Falso!
Apenas ajuda no diagnóstico (refluxo de sangue indica HDA), não tem benefício terapêutico.
Hemorragia Digestiva
Qual a conduta frente a casos de síndrome de Mallory-Weiss com estabilidade hemodinâmica (ausência de sangramento ativo ou hipovolemia)?
- Não requer internação;
- EDA ambulatorial;
- Sintomáticos;
- TTO empírico com IBP.
Avaliar presença de cirrose pela anamnese
Hemorragia Digestiva
Quais as peculiaridades do balão de Sengstaken-Blakemore para tto de hemorragia por varizes esofágicas?
- IOT para proteção da VA e prevenção de broncoaspiração;
- Insuflação do Balão Gástrico (200-500 mL de ar);
- Insuflação do Balão Esofágico (20-45 mmHg);
- Duração: até 24 (risco de necrose e perfuração esofágica);
- Se não cessar após 24h, fazer hemostasia endoscópica ou TIPS.
Ar: líquido poderia broncoaspirar se estourasse
Hemorragia Digestiva
Qual a conduta frente a casos de hemorragia por varizes de esófago ou de estômago?
BB: pode ser iniciado a partir do 5º dia após HDA, depois da suspensão do vasoconstrictor esplâncnico.
Hemorragia Digestiva
O que é o gradiente de pressão venosa hepática?
Pressão do fígado - Pressão sistêmica
- Normal < 5 mmHg;
- Aumentado: 5-10 mmHg;
- Hipertensão portal significativa: > 10 mmHg.
> 10: risco de varizes e sangramento
Hemorragia Digestiva
Quais as principais causas de sangramento no intestino delgado e no cólon?
Delgado: ectasia vascular ou angiodisplasia;
Cólon: diverticulose e, em 2º lugar, angiodisplasia.
Hemorragia Digestiva
Nos tumores de reto baixo, as metástases pulmonares podem surgir antes das hepáticas.
Verdadeiro!
Disseminação por via hematogênica.
Hemorragia Digestiva
A dosagem do CEA não tem valor para o rastreio/Dx do câncer colorretal (baixa S e E). Entretanto, níveis > 10ug/mL ao Dx sugerem maior possibilidade de metástases ou de tumor localmente muito avançado.
Verdadeiro!
Hemorragia Digestiva
Quais exames devem ser solicitados em caso de suspeita de câncer colorretal?
- Colonoscopia;
- CEA;
- TC de tórax;
- TC de abdômen;
- RNM da pelve.
Hemorragia Digestiva
Como é caracterizada a classificação endoscópica de Forrest para úlcera péptica?
Hemorragia Digestiva
Pacientes que apresentam melena certamente não apresentam hemorragia digestiva baixa.
Falso!
É um sinal clássica de HDA, mas pode estar presenta na HDB.
O sangue permanece em contato com a luz intestinal por mais de 12-14h, permitindo sua hidrólise enzimática e metabolização bacteriana.
Hemorragia Digestiva
Qual a conduta frente a casos de úlcera péptica por uso de AAS (AINE) para prevenção primária/secundária?
- Suspender o AAS;
- IBP por até 8 semanas;
- Retornar medicação após hemostasia;
- Facultativo: repetir a EDA para controle.
Retocolite Ulcerativa
Acometimento da mucosa intestinal contínuo e ascendente, progredindo do reto para o cólon. Se, na colonoscopia, apresenta mucosa retal preservada e acometimento descontínuo, deve-se repensar no Dx de RCU.
Verdadeiro!
Hemorragia Digestiva
Como é caracterizado o Tumor estromal gastrointestinal (GIST)?
- Surge do tecido conjuntivo da parede gástrica, à partir das células intersticiais de Cajal (envolvida na peristalse).
- Lesão subepitelial, volumosa, que cresce a ponto de ulcerar no estômago.
PAAF: Dx por positividade de CD117, PKC-theta, DOG1 e CD34
Hemorragia Digestiva
Por que não realizar colonoscopia para investigação de enterorragia em crianças? Qual seria o melhor exame?
- Principal causa: divertículo de Meckel;
- Localização no íleo (60 a 90 cm da válvula ileocecal);
- Colonoscopia não chegaria;
- Cintilografia com hemácias marcadas pelo 99-tecnécio: localiza focos de sangramento com fluxos baixos (0,1 a 0,4 mL/min), com índices de emissão de radiação baixíssimos.
Hemorragia Digestiva
Quais os principais fatores de risco para morbidade e mortalidade na hemorragia gastrointestinal aguda?
- > 60 anos;
- Hb muito baixa;
- PAS < 100 mmHg;
- FC > 100 bpm;
- Comorbidades (ICC, coronariopatia, Insuficiência renal ou hepática, câncer);
- Sangramento de alto risco na endoscopia.
Hemorragia Digestiva
Quais as indicações de cirurgia na hemorragia gastrointestinal alta não varicosa?
- Instabilidade hemodinâmica grave que impede tto endoscópico;
- Sangramento persistente e refratário à tentativa de hemostasia endoscópica;
- Ressangramento em menos de 48h do último tto endoscópico, com instabilidade hemodinâmica grave;
- Necessidade de múltiplas transfusões sanguíneas por dia (> 3 bolsas).
Hemorragia Digestiva
Qual a principal complicação da trombose de veia esplênica?
Ocorre aumento da pressão nas veias gástricas e, consequentemente, varizes gástricas que podem conduzir a HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA.
Hemorragia Digestiva
Qual a provável causa de sangramento com identificação de úlcera isolada no fundo gástrico na EDA?
Lesão de Dieulafoy:
- Malformação vascular da submucosa gástrica;
- Pequena curvatura do corpo gástrico proximal (60%);
- HDA abrupta e capaz de causar instabilidade hemodinâmica;
- Ausência de fatores de risco para úlcera péptica.
Hemorragia Digestiva
O alvo da restauração volêmica no cirrótico com HDA é manter o nível de PA sistólica entre 90 e 100 mmHg, pois níveis mais elevados podem provocar recidiva do sangramento.
Verdadeiro!
Hemorragia Digestiva
Qual a localização mais comum da úlcera péptica?
- Comum: pequena curvatura entre corpo e antro (incisura angularis);
- Sangra +: parede posterior do bulbo;
- Incomum no fundo gástrico (suspeitar de CA).
Hemorragia Digestiva
Quando indicar transfusão sanguínea?
Hemorragia Digestiva
O que é evidenciado nessa imagem?
Trombose de veia esplênica: principal afetada em processos inflamatórios ou expansivos do pâncreas, levando à formação de varizes de fundo gástrico e eventual ruptura (HDA).
Abdômen agudo
Qual a conduta frente a casos de volvo de sigmoide?
Qual o diagnóstico?
Síndrome de Fournier: fasciíte necrotizante da região perineal.
Como é caracterizado o quadro clínico da Síndrome de Fournier?
- Fasciíte necrotizante da região perineal;
- Flora polimicrobiana (tipo I) ou S. do grupo A (tipo II);
- Evolução rápida, toxemia e febre;
- Secreção com odor fétido;
- Necrose cutânea;
- Bolhas e gás (crepitação à palpação).
Como é realizado tto da Síndrome de Fournier?
Cirurgia de urgência;
Desbridamento agressivo;
ATB precoce e de amplo espectro;
Suporte hemodinâmico;
Colostomia em alça: evita contaminação com fezes;
Reconstrução após tecido saudável (retalho).
Enxerto: estrutura fina para cobrir área nobre
Por que a colostomia em alça é obrigatória em casos de Síndrome de Fournier?
- Favorece a cicatrização adequada;
- Evita contaminação do ferimento por fezes;
- Medida obrigatória na maioria dos casos.
Qual a conduta frente a casos de trauma cervical penetrante?
Exploração local contraindicada: pode provocar novas lesões.
Quais as contraindicações absolutas para realização de anastomose primária do cólon?
- Instabilidade Hemodinâmica (baixa perfusão);
- Sepse de foco abdominal ou peritonite fecal;
- Tecidos desvitalizados.
Prejuízo na cicatrização e risco de deiscência
Quais as contraindicações relativas para realização de anastomose primária do cólon?
- Má Nutrição;
- Uso prolongado de corticosteroides;
- Radioterapia abdominal ou pélvica prévia;
- Neoplasia Avançada.
Prejuízo da cicatrização e risco de deiscência
Qual a conduta frente a casos de fraturas expostas no PS?
A lavagem abundante com SF 0,9% é realizada no centro cirúrgico, não no PS.
Em casos de fratura pélvica instável, onde colocar o lençol?
- Decúbito dorsal;
- Lençol pela região posterior (altura dos trocânteres maiores - 3);
- Aduzir ou cruzar MMII e rodar internamente.
Não é indicado realizar biópsia de massas retroperitoneais passíveis de ressecção completa, visto que pode disseminar células tumorais pelo trajeto da agulha.
Verdadeiro!
Indica-se ressecção sem necessidade de biópsia prévia, apenas pela avaliação do exame de imagem.
Quais os fatores de risco para candidemia (Candida spp)?
- Cirurgia abdominal;
- Nutrição parenteral;
- Uso prévio de ATB;
- Cateter venoso central.
Se instabilidade hemodinâmica ou candinemia: iniciar equinocandina (caspofungina, micafungina ou anidulafungina).
Quais as vantagens do início de dieta oral precoce em pós-operatório (ACERTO/ERAS)?
- Não aumenta o risco de deiscência de anastomose;
- Diminui o risco de infecção pós-operatória;
- Diminui o risco de íleo metabólico;
- Diminui o tempo de internação hospitalar.
Quais as principais medidas preconizadas no pós-operatório segundo o ACERTO/ERAS?
Cirurgias da via biliar, hernioplastias, ano-orificiais: dieta por via oral no mesmo dia da cirurgia;
Anastomose TGI: dieta líquida no mesmo dia ou no 1º dia de pós-operatório;
Anastomose esofágica: dieta com 12-24h de pós-operatório, por sonda nasoenteral ou por jejunostomia.
Quais os fatores de risco para colecistite aguda litiásica?
- Idade avançada;
- Doenças graves (sarcoidose, LES);
- Trauma;
- Nutrição parenteral total;
- Pós-operatório de cirurgia não biliar;
- Grandes queimados;
- Diabetes e imunossupressão.
10% dos casos
Doença pilonidal
Como é caracterizada?
Penetração de pelos em pequeno orifício na linha mediana da região sacrococcígea, com infecção crônica por formação de sinus e fístulas.
Teoria adquirida mais aceita
Doença pilonidal
Quando indicar tto cirúrgico?
Assintomáticos: expectante, com higienização local.
Sintomáticos: infecção recorrente e abscesso.
Doença pilonidal
Como é realizada a cirurgia para cisto pilonidal infectado?
- Drenagem de abscesso;
- Debridamento de pelos e resíduos;
- TTO definitivo: ressecção e fechamento primário fora da linha média, rotação de retalho (Limberg) ou procedimento de Bascom.
TTO definitivo após quadro infeccioso agudo
Adenoma hepático
Como é caracterizada RNM com contraste?
- Realce na fase arterial;
- Gordura intralesional;
- Ausência de realce na fase hepatobiliar;
- Comportamento variável na fase portal e na fase de equilíbrio;
- Pode evoluir com sangramento.
Diferencia da hiperplasia nodular focal
Adenoma hepático
Quando realizar ressecção cirúrgica?
Mulher: > 5 cm ou sintomáticos.
Homem: independente do tamanho.
Hiperplasia Nodular focal
Como é caracterizada na TC e na RNM?
TC: realce hipervascular na fase arterial; cicatriz central com realce tardio.
RNM: sinal próximo ao do fígado e apenas a cicatriz central brilha em T2.
O que indica essa imagem?
Pancreatite crônica:
Presença de calcificações/cálculos pancreáticos (seta vermelha) e dilatação do ducto pancreático principal (seta azul).
Outro: afilamento do pâncreas.
O que indica essa imagem?
Pancreatite aguda:
Extensa necrose (seta vermelha) do parênquima e densificação da gordura adjacente.
Quando indicar crioterapia?
Pequenos carcinomas espinocelulares de baixo risco (fora da face).
CEC
O estadiamento com TC não identificou comprometimento ósseo ou de linfonodos parotídeos/cervicais. Qual a conduta?
Ressecção tumoral extensa;
Retalho pediculado para a reconstrução.
Retalho microcirúrgico é a distância
CEC
Como é realizada a cirurgia micrográfica de Mohs?
Durante ato operatório, observa-se ao microscópio se as margens estão livres/comprometidas.
Não fecha por segunda intenção
Quais as opções de acessos vasculares para hemodiálise?
Cateter de curta permanência: usado em situações de urgência (complicação metabólica ou volêmica grave), e temporário.
Fístula arteriovenosa: geralmente une artéria radial e veia cefálica, no MS não dominante; pelo menos 4 semanas para ser maturada e utilizada.
Cateter de longa permanência (permcath): cuff que será fibrosado em um túnel subcutâneo, reduzindo a chance de infecção; pode ser prontamente utilizado.
Lombalgia
Quais os fatores de risco?
- Idade;
- Obesidade;
- Gênero (mulheres);
- Nível socioeconômico mais baixo;
- Multíparas;
- Escoliose (dependendo do grau);
- Tabagismo (lombalgia discogênica);
- Levantamento de peso;
- Vibração;
- Muito tempo sentado;
- Insatisfação com o trabalho;
- Sedentarismo.
Lombalgia
Quais os sinais de alarme?
se tem PITTI, DOC
P: Persistência (+ de 1 visita ao médico em 30 dias);
I: Idade (< 20a ou > 50a);
T: Trauma;
T: Tumor (história ou suspeita);
I: Infecção (história ou suspeita);
D: Déficit Neurológico;
O: Osteoporose;
C: Cauda Equina.
Lombalgia
A radiografia da coluna lombar em duas incidência ortogonais é um exame relativamente bom para a visualização de fraturas vertebrais.
V ou F?
Verdadeiro!
Não é um bom exame para identificação de hérnia de disco (RNM da coluna).
Lombalgia
Em casos de lombalgia aguda sem sinais de alarme, espera-se melhora completa do quadro em até 1 mês e meio (6 semanas). Após esse período, se persistência da dor, pode ser necessária a solicitação de RNM para Dx diferencial.
V ou F?
Verdadeiro!
Lombalgia
Como identificar o local de compressão nervosa da herniação?
Lombalgia
Como é caracterizada a organização ASIA para avaliação do trauma raquimedular?
Lombalgia
A dificuldade do paciente, com dor lombar, para andar na ponta dos pés indica comprometimento de qual raiz nervosa?
S1
Lombalgia
Um paciente com hérnia discal de nível L4-L5, em 90% dos casos, será posterior, acometendo a raiz transeunte, portanto, L5.
Verdadeiro!
Nesse caso, vai apresentar redução da força para dorsiflexão do pé e hipoestesia na borda medial do pé.
Lombalgia
Como é caracterizada a síndrome da cauda equina? Qual a conduta?
- Emergência ortopédica;
- Compressão da cauda equina (final da medula espinhal);
- Cauda equina: composta por raízes nervosas;
- Quadro: dor, anestesia em sela, alterações esfincterianas, diminuição da força de contração do esfíncter ao toque retal.
Encaminhar imediatamente para descompressão cirúrgica
Lombalgia
Como realizar a investigação?
Diagnóstico clínico!
Lombalgia
Quais alterações identificadas quando há compressão da raiz de L4?
- Comprometimento do reflexo patelar;
- Perda de força para a dorsiflexão do pé.
Lombalgia
Quais alterações identificadas quando há compressão da raiz de L5?
- Não há alteração de reflexos;
- Perda de força da extensão do hálux;
- Perda de força da dorsiflexão do pé (menor).
Lombalgia
Quais alterações identificadas quando há compressão da raiz de S1-S2?
- Comprometimento do reflexo Aquileu;
- Perda de força na flexão plantar do tornozelo e dos dedos.
Quais as principais causas de fratura patológica em adultos?
- Mieloma múltiplo (>40 anos);
- Metástases ósseas (mama e próstata);
- Osteoporose (>50 anos);
- Osteomalácia (deformidade óssea);
- Doença de Paget (osso neoformado de má qualidade).
Ao inibir as prostaglandinas, os AINEs quebram a barreira de proteção da mucosa gástrica, causando gastrite e úlceras. Então, devem ser usados pelo menor tempo possível.
Verdadeiro!
Mesmo se usado por via IM, permanece esse efeito colateral.
Como é caracterizada a lombalgia associada à estenose do canal lombar?
- Dor neuropática;
- Não respeita dermátomos;
- Irradia pelo membro inferior;
- Piora com extensão, especialmente aos esforços.
Como é caracterizada a lombalgia associada à espondilite anquilosante?
- Homens jovens;
- Piora com repouso e à noite;
- Melhora com movimento;
- Sacroileíte (1º sintoma);
- Rigidez de progressão caudo-cefálica.
Quais as principais diferenças clínicas da dor mecânica, neuropática e inflamatória?
Após dois dias, não é mais indicado repouso no leito, pois este tende a piorar a dor.
Verdadeiro!
Com três dias de evolução, está indicado voltar às atividades conforme tolerar.
Exames de imagem são necessários em pacientes com lombalgia de evolução inferior a 6 semanas.
Falso!
São necessários se superior a 30 dias/4 semanas (ortopedia) a 6 semanas (MFC).
Esclerose múltipla
Qual o defeito ocular presente na esclerose múltipla?
Neurite óptica (retrobulbar):
- Perda visual aguda;
- Unilateral;
- Dolorosa (piora à movimentação ocular);
- Reflexo fotomotor: defeito pupilar aferente ou pupila de Marcus Gunn.
- Discromatopsia: objetos vermelhos de forma “dessaturada”.
Pulsoterapia com metilprednisolona: diminui tempo e sintomas de doença
Esclerose múltipla
Como é caracterizado o defeito pupilar aferente ou pupila de Marcus Gunn?
Avaliação de fotorreatividade:
Olho afetado: não ocorrerá contração (miose) de nenhuma das pupilas (lesão na via aferente/entrada);
Olho normal: ambas as pupilas irão contrair (via aferente preservada). *
* Reflexos fotomotor direto e consensual normais
Esclerose múltipla
Qual a conduta frente a casos de neurite óptica por esclerose múltipla?
Pulsoterapia com metilprednisolona:
- Diminui tempo de doença;
- Siminui sintomas visuais.
Esclerose múltipla
Quais os critérios de disseminação no tempo das doenças desmielinizantes?
Presença de lesão com realce ao contraste (aguda), simultaneamente a lesões sem realce (crônica).
OU
- Novas lesões em T2 de forma evolutiva, com ou sem realce;
- Presença de bandas oligoclonais no LCR;
- 2 surtos bem definidos em tempos diferentes.
Esclerose múltipla
Qual a conduta frente a casos de crises de déficits neurológicos bastante variáveis (neurite óptica, mielite, parestesias, ataxia cerebelar, diplopia, etc.)?
- Descartar causas secundárias (pseudocrise);
- Pulsoterpia com corticoide após descartar causas secundárias.
Se infecção + corticoide = sepse
Os inibidores de BCL-2 possuem atividade comprovada no tratamento do mieloma múltiplo com a t(11;14).
Verdadeiro!
São medicações pró-apoptóticas com bastante atividade em pacientes com a translocação 11;14.
Choque
Quais as características hemodinâmicas de acordo com o tipo de choque?
Trauma
Como pode ser classificado o trauma hepático?
Trauma
Quando indicar laparotomia em casos de trauma abdominal fechado?
Trauma
Quais as indicações de laparotomia imediata no trauma abdominal fechado?
- Dor e irritação abdominal;
- Instabilidade + FAST ou LPD positivos;
- Pneumopetriônio;
- Retropneumoperitônio;
- Ruptura diafragmática;
- Sangramento TGI persistente e significativa observado na drenagem nasogástrica ou vômito (hematêmese) ou sangramento retal;
- TC de abdome: lesão do TGI, vesical intraperitoneal, de pedículo renal e parenquimatosa grave.
Trauma
Como pode ser classificado o trauma de duodeno?
Conservador só se fechado + grau I/II; Cirurgia se penetrante
Trauma
Qual a conduta frente a casos de trauma duodenal de acordo com a TC de abdômen?
Trauma
Qual o tto de acordo com a localização do trauma vesical?
Intra: sutura do músculo detrusor com fio absorvível
Trauma
Como é caracterizada a cistografia de lesão vesical intra e extraperitoneal?
Intraperitoneal: contraste extravasa para cavidade (“orelha de cachorro ou de burro”).
Extraperitoneal: contraste contido no espaço pré-vesical, formando coleção organizada e unilateral (“gota de lágrima” ou “chama de vela”).
Trauma
Qual a conduta frente a casos de retropneumoperitônio?
Trauma
Qual a conduta se lesão pancreática presumida?
Trauma
Como é caracterizada a manobra de Kocher?
- Objetivo: acesso ao retroperitônio;
- Rotação medial do duodeno;
- Dissecção das ligações peritoneais laterais do duodeno;
- Expõe 1ª, 2ª e 3ª porção do duodeno e cabeça e pescoço do pâncreas.
Trauma
Como é caracterizada a manobra de Cattell-Braasch?
- Rotação do retroperitônio inframesocólico à D;
- Cima e esquerda: ceco, cólon ascendente e delgado;
- Exposição: Veia cava inferior, pedículo renal D, vasos ilíacos D, duodeno e cabeça do pâncreas.
Trauma
Quais estruturas podem ser acessadas com a manobra de Cattell-Braasch?
- Veia cava inferior;
- Pedículo renal direito;
- Vasos ilíacos direitos;
- Duodeno;
- Cabeça do pâncreas.
Rotação do retroperitônio inframesocólico à direita
Trauma
Como é caracterizada a manobra de Mattox?
- Rotação visceral medial à E;
- Aorta: do hiato diafragmático até vasos ilíacos;
- Indicação: hematoma retroperitoneal supramesocólico central (Zona I).
Trauma
Quando explorar no caso de lesões abdominais contusas?
Trauma
Na ausência de indicação cirúrgica imediata, os casos de trauma hepático e esplênico, o manejo não operatório está autorizado desde que o serviço tenha possibilidade de internação em UTI, TC e laboratório.
V ou F?
Verdadeiro!
Trauma
A esplenectomia total é obrigatória em casos de instabilidade hemodinâmica ou em pacientes com lesão arterial e blushing, apresentando falha do tto arteriográfico.
V ou F?
Verdadeiro!
Trauma
A arteriografia com embolização fica reservada aos pacientes com lesão de víscera maciça, estáveis hemodinamicamente, com a presença de extravasamento de contraste na fase arterial (blushing), assim como em alguns casos de fístula arteriovenosa e pseudoaneurisma.
Verdadeiro!
Trauma
É recomendada a imunização contra organismos encapsulados (S. pneumoniae, N. meningitidis e H. influenzae tipo B), 14 dias após a esplenectomia (benefício imunológico máximo).
V ou F?
Verdadeiro!
Trauma
Após um trauma abdominal a presença de lesão pancreática isolada não é comum, ao contrário, ela, na maioria das vezes, é acompanhada de lesões de outros órgãos.
V ou F?
Verdadeiro!
É comum associação com lesões duodenais e até hepáticas, concomitante.
O corpo pancreático é o lugar mais acometido
Trauma
Qual a conduta frente a lesões de reto extraperitoneal?
Derivação fecal (colostomia em alça de proteção);
Pode ser feita sutura primária e drenagem pré-sacral.
Trauma
Esta TC de abdômen + hipertimpanismo à percussão, sugere o quê? Qual a conduta?
Pneumoperitônio volumoso (abdômen perfurativo).
Conduta: laparotomia exploradora.
Trauma
Quais estruturas anatomicamente importantes estão situados no retroperitônio?
Retroperitônio: espaço virtual entre o peritônio parietal posterior e os músculos da parede posterior do abdômen.
Estruturas:
- Pâncreas;
- Parte do duodeno;
- Rins e ureteres;
- Artéria aorta abdominal;
- Veia cava inferior;
- Parede posterior da bexiga;
- Glândulas suprarrenais.
Trauma
O tto não operatório pode ser considerado em pacientes com TC ou USG com líquido livre, mas sem lesão de víscera parenquimatosa, desde que o paciente esteja estável hemodinamicamente e sem sinais de peritonite.
V ou F?
Falso!
Primeiramente, o exame a ser realizado é TC com contraste endovenoso.
Segundo, a presença de líquido livre, sem lesão de víscera parenquimatosa, sugere lesão intestinal/mesentério ou lesão de bexiga intraperitoneal, ambas com indicação de tto cirúrgico imediato.
Trauma
Quais os pontos de avaliação do e-FAST?
1- Saco pericárdio;
2- Espaço hepatorrenal (Morrison);
3- Espaço esplenorrenal;
4- Pelve ou fundo de saco de Douglas;
5- Janela torácica D;
6- Janela torácica E.
Trauma
O que indica essa imagem ultrassonográfica?
- Vesícula biliar bastante distendida;
- Conteúdo ecogênico no seu interior (lama biliar).
Trauma
O que indica essa imagem ultrassonográfica?
Bexiga com urina em seu interior
Trauma
O que indica essa imagem ultrassonográfica?
- Espaço hepatorrenal;
- Presença de líquido livre (hipoecóica).
Trauma
Como é realizado o empacotamento hepático na cirurgia de controle de danos?
Trauma
Quando realizar empacotamento hepático?
Trauma
Como é caracterizada a fratura peniana?
- Pênis ereto dobrado repentina e vigorosamente;
- Rompimento da túnica albugínea de 1 ou ambos os corpos cavernosos.
Trauma
Qual a conduta frente a fratura peniana?
Cirurgia: previne disfunção erétil e curvatura peniana.
Trauma
Como é caracterizado o quadro clínico da fratura peniana?
- Estalo audível + dor intensa;
- Inchaço e equimose;
- Deformidade em “berinjela”.
Trauma
Como pode ser classificado o trauma renal?
Trauma
Paciente apresente TC de abdômen C/C com os seguintes achados: hematoma não expansivo perirrenal com laceração de 0,8 cm do córtex renal E, sem extravasamento de urina. Qual a classificação e conduta?
Grau II e tratamento conservador.
Trauma
Qual a conduta frente a casos de trauma perineal complexo?
- Limpeza + debridamento de tecidos desvitalizados;
- Antibioticoterapia de amplo espectro;
- Derivação do trânsito intestinal;
- Revisão programada em 48 a 72h;
- Reconstrução após tecidos viáveis, na ausência de infecção.
Trauma
O que é considerado um trauma perineal complexo?
Fratura de pelve + laceração de partes moles do períneo
Trauma
O melhor exame diagnóstico para trauma abdominal é a TC de abdômen com contraste endovenoso. Contudo, este exame apresenta baixa sensibilidade para lesões diafragmáticas, mesentéricas e intestinais.
V ou F?
Verdadeiro!
Trauma
Qual a conduta frente a casos de trauma penetrante no abdômen?
Trauma
Em casos de ferimentos penetrantes no abdômen, como é realizada a exploração local da ferida?
Campo estéril e anestesia local;
Avaliar se houve violação do peritônio parietal.
Trauma
Há indicação de laparotomia ou laparoscopia frente à presença de líquido livre em cavidade abdominal sem a evidência de lesões de vísceras maciças ou extravasamento de contraste.
V ou F?
Verdadeiro!
A presença de líquido livre deve suscitar a possibilidade de lesão de víscera oca (não admite tratamento conservador).
Trauma
Qual a conduta frente a casos de trauma contuso com hematoma mesentérico?
Conservador, se:
- Ausência de extravasamento de contraste à TC;
- Ausência de sinais de comprometimento intestinal;
- Ausência de outras lesões operatórias concomitantes.
Podem desenvolver peritonite tardia e isquemia mesentérica
Trauma
Qual a conduta frente a casos de lesão esplênica intraoperatória de grau II?
Aplicação de malhas ou espuma hemostática e/ou sutura da cápsula esplênica.
Esplenectomia parcil raramente é realizada (risco hemorrágico)
Trauma
Qual a conduta frente a casos de trauma de uretra?
Dx: uretrocistografia retrógrada;
TTO imediato: cistostomia;
Reconstrução definitiva: após 3 a 6 meses.
Trauma direto/queda a cavaleiro: uretra anterior (bulbar é mais comum)
Trauma
Como é caracterizado o toque retal da lesão uretral posterior (membranosa)?
Próstata flutuante ao toque retal (deslocamento cranial), geralmente associada à fratura pélvica.
Trauma
O tratamento das lesões retais extraperitoneais é feito com derivação do trânsito (colostomia), ATB e pode ser associada a drenagem pré-sacral e rafia da lesão, se possível.
V ou F?
Verdadeiro!
Se o paciente responder bem ao uso do omeprazol diário, mas não de maneira sustentada, é um fator de sucesso para a cirurgia, melhorando seu prognóstico.
Verdadeiro!
O espasmo esofágico distal se caracteriza por contrações esofágicas sincrônicas (não coordenadas) no esôfago distal, que podem provocar disfagia intermitente (em cerca de 20% das deglutições). No entanto, não envolve falha de relaxamento do EEI.
Verdadeiro!
Esofagite eosinofílica
Como é caracterizada a sua epidemiologia?
- Sexo masculino;
- Crianças/adolescentes e adultos jovens;
- Associação com atopia (rinite alérgica, asma e eczema).
Esofagite eosinofílica
Como é caracterizado o quadro clínico?
- Disfagia;
- Pirose;
- Dor torácica;
- Impactação alimentar (+ específico).
Esofagite eosinofílica
O que é evidenciado na EDA?
- Anéis esofágicos (“traquealização” do esôfago);
- Estrias longitudinais;
- Exsudatos esofágicos brancos;
- Estenoses.
Inflamação eosinofílica + remodelamento tecidual
Esofagite eosinofílica
Como é realizado o seu tratamento?
- Identificação e eliminação de alérgenos alimentares;
- Corticosteroides tópicos (fluticasona inalatória deglutida);
- Dilatação esofágica (se estenoses significativas).
Fluticasona: 880 a 1.760 mcg/dia (440 a 880 mcg, 2x/dia).
Esofagite eosinofílica
Na ausência de fluticasona, qual a segunda opção?
Budesonida suspensão oral: 1 mg, 2x/dia (2 mg/dia).
Ingestão de substância corrosiva
Qual a conduta imediata?
Estabilização (ABCD do trauma).
Ingestão de substância corrosiva
Se paciente estável na avaliação inicial, qual o próximo passo?
TC de tórax e de abdômen: avaliação rápida e não invasiva do esôfago, estômago e estruturas adjacentes, incluindo o mediastino e o abdômen.
Ingestão de substância corrosiva
O que deve ser realizado antes da EDA?
TC de tórax e de abdômen: identificação de eventuais lesões que possam se agravar com a realização da EDA.
EDA em até 24h: avalia a extensão e gravidade das lesões.
Ingestão de substância corrosiva
A passagem de sonda gástrica é contraindicada devido ao risco de perfuração ou agravamento das lesões esofágicas e gástricas.
V ou F?
Verdadeiro!
Se precisar ser realizada, deverá ser guiada por visão endoscópica.
Câncer de esôfago
A Tilose Palmoplantar apresenta herança autossômica dominante, e aumenta o risco de câncer epidermoide de esôfago em mais de 40 vezes, já em adultos jovens.
V ou F?
Verdadeiro!
Câncer de esôfago
Quando o paciente apresenta disfagia, o tumor já obstruiu mais de 60 a 70% da luz do esôfago (mais de 2/3 do seu lúmen), ou seja, já é uma lesão localmente muito avançada.
V ou F?
Verdadeiro!
Câncer de esôfago
Qual a principal complicação da DRGE crônica?
Esôfago de Barret: mucosa escamosa substituída por epitélio glandular especializado, com células caliciforme.
Aumenta a chance de Adenocarcinoma de esôfago
Câncer de esôfago
Quais os principais fatores de risco para câncer de esôfago?
Câncer de esôfago
Está indicada a fundoplicatura para reverter a metaplasia intestinal (esôfago de Barret).
V ou F?
Falso!
A cirurgia não é capaz de reverter o esôfago de Barrett, por isso não está indicada de rotina nessa condição (mesmas indicações cirúrgicas que DRGE).
Câncer de esôfago
A presença de displasia de alto grau é indicação absoluta de erradicar o epitélio metaplásico o mais rápido possível.
V ou F?
Verdadeiro!
Existem 2 opções: ablação por radiofrequência ou, se indisponível, esofagectomia distal.
DRGE
Quais as indicações de fundoplicatura?
- Refratariedade ao tratamento clínico;
- Desejo do paciente em descontinuar a medicação;
- Predomínio de sintomas respiratórios.
Câncer de esôfago
Qual a conduta se presença de displasia de baixo grau no esôfago de Barret?
Ablação endoscópica (RFA) ou diminuição do intervalo de vigilância endoscópica para de 6 em 6 meses.
Evolução para alto grau: RFA ou esofagectomia distal
Câncer de esôfago
Pela drenagem linfática mista (abdominal e torácica) e pela falta de serosa no esôfago, esses tumores são bem mais agressivos que os gástricos.
Verdadeiro!
Como é caracterizada a classificação é Siewert?
Tipo 1: Esôfago distal (1 a 5 cm acima da JEG);
Tipo 2: Juncionais (1cm acima até 2 cm abaixo JEG)
Tipo 3: Subcárdicos (abaixo de 2 cm da cárdia).
Câncer de esôfago
Qual a conduta frente a casos de esôfago de Barret?
Câncer de esôfago
As indicações da cirurgia do refluxo tem maior prevalência em dependentes do tratamento clínico - 70% a 75%.
V ou F?
Verdadeiro!
A melhor resposta à cirurgia antirrefluxo ocorre nos pacientes que tiveram boa resposta ao tto clínico, porém são dependentes deste e muitas vezes desejam interromper o uso prolongado de IBP.
> 70% das cirurgias apresentam essa indicação
Câncer de esôfago
O envolvimento do pericárdio pode ser classificado como T4a, o que ainda permite a ressecabilidade em casos em que não haja metástases à distância.
V ou F?
Verdadeiro!
Câncer de esôfago
Qual a diferença do T4a e T4b?
Câncer de esôfago
Tumores T3 e T4a ou N+, está indicada a terapia neoadjuvante com quimiorradioterapia, seguida de novo estadiamento e, finalmente, esofagectomia.
V ou F?
Verdadeiro!
Os resultados foram superior com a combinação da quimioterapia (carboplatina + paclitaxel) com a radioterapia do que com a quimio ou radioterapia isoladamente.
Câncer de esôfago
Quais os tipos de cânceres de esôfago representados no gráfico?
A: carcinoma epidermode (CEC)
B: adenocarcinoma:
C: outros
O aumento da incidência de adenocarcinoma nos EUA se deve ao aumento da obesidade (DRGE crônica).
Dados dos EUA. No BR, o CEC domina
Câncer de esôfago
Pacientes com fístula broncoesofágica são melhor tratados com radioterapia.
V ou F?
Falso!
A radioterapia não é indicada nesses casos, pois pode levar à necrose tumoral e até aumentar o trajeto fistuloso. Nesse caso, o melhor tto paliativo a prótese metálica por via endoscópica.
Câncer de esôfago
Os tumores escamosos de esôfago são bastante sensíveis à radioterapia, podendo regredir em até 25% das vezes.
V ou F?
Verdadeiro!
Câncer de esôfago
O que indica esse esofagograma?
Fístula broncoesofágica: há presença de contraste nos brônquios.
TTO apenas paliativo (> T4a)
Qual a diferença dos linfonodos inflamatórios e neoplásicos no USG?
Inflamatórios: hiperecogênicos.
Neoplásicos: hipoecogênicos.
Arredondado: fala mais a favor de neoplasia
Câncer de esôfago
Quais os tumores benignos do esôfago mais prevalentes?
- Leiomioma (60%);
- Cistos (20%);
- Pólipos (5%);
- Outros (5%).
Câncer de esôfago
Como são caracterizados os leiomiomas de esôfago?
- Homens entre 40-50 anos;
- Origem: camada mesenquimal;
- 2/3 distais do esôfago (80%);
- Esofagografia: massa lisa, bem definida, em forma de “meia-lua”.
TTO cirúrgico (enucleação)
Câncer de esôfago
Frente a captação positiva do PET, após neoadjuvância, está indicada esofagectômia + linfadenectomia, considerando-se uma proposta curativa.
Verdadeiro!
Câncer de esôfago
O que concluiu o estudo CROSS?
Quimioterapia: 5 ciclos de paclitaxel e carboplatina por semana;
Radioterapia: 23 sessões, 5 vezes por semana;
Esofagectomia + linfadenectomia.
Câncer de esôfago
Qual a conduta de acordo com a classificação de Siewert?
A endoscopia pode não visualizar o divertículo de Zenker, sendo indicado realizar esofagograma para realização do diagnóstico.
V ou F?
Verdadeiro!
Câncer gástrico
A porcentagem de pacientes que já apresentam metástase por ocasião do diagnóstico é de 75%.
V ou F?
Verdadeiro!
O tumor evolui de forma assintomática até a fase metastática.
Câncer gástrico
Cerca de 60% dos tumores encontram-se no antro, predominantemente na curvatura menor.
V ou F?
Falso!
Cerca de 30% dos adenocarcinomas gástricos estão no estômago proximal (próximos da cárdia), entre 25 a 30% estão no antro gástrico e cerca de 15% no corpo distal.
Qual as principais diferenças da gastrostomia e jejunostomia?
Gastrostomia:
- Tolera mais volume;
- Tolera mais carga osmótica;
- Flexibilidade no tipo de fórmula;
- Fórmulas mais baratas.
Jejunostomia:
- Preparações especiais;
- Fórmulas mais caras;
- Não usar se indicação de reparo jejunal.
Quais os sinais ecográficos sugestivos de colecistite aguda?
- Parede vesicular ≥ 4mm ou edema (sinal da dupla parede);
- Cálculo impactado e imóvel no infundíbulo;
- Aumento da vesícula (eixo longo ≥8 cm, eixo curto ≥4 cm);
- Líquido perivesicular (halo hipoecoico);
- Sinal de Murphy ultrassonográfico: hipersensibilidade topográfica.
Como é caracterizado o sinal de Murphy?
Parada abrupta da inspiração profunda durante a palpação profunda do ponto cístico.
Queimadura
Após medidas iniciais, quais as principais medidas realizadas diante de paciente queimado?
- Escarotomia dos membros se circunferenciais de 3º grau;
- Analgesia com opioides potentes EV (fentanil ou morfina);
- Profilaxia do tétano (todos com 2º e 3º graus);
- Profilaxia TEV se > 20% SCQ;
- Descompressão gástrica > 20% SCQ ou distensão abdominal, náuseas ou vômitos.
CA TGI
Como é caracterizado o tumor estromal gastrointestinal (GIST)?
- Origem das células intersticiais de Cajal;
- Expressão da proteína C-Kit;
- Meia-idade;
- Estômago (70%): > 4 cm, alta replicação mitótica e metástese ~30%;
- Delgado ou cólon: agressivos, metástase > 65%.
CA TGI
Como é realizado o tto do tumor estromal gastrointestinal (GIST)?
Localizados: ressecção cirúrgica, sem necessidade de linfadenectmia.
Quimioterapia (Mesilato de Imatinibe): se grandes, fora do estômago, doença avançada ou metastática.
Mesilato de Imatinibe: inibidor do receptor c-KIT
Tireoide
Quais exames solicitar em casos de nódulos tireoidianos?
TSH suprimido: indica-se cintilografia para diferenciar nódulo “quente” (hipercaptante) ou “frio” (hipocaptante).
Única indicação de cintilografia na avaliação de nódulo tireoidiano
Tireoide
Quais as características dos nódulos tireoidianos malignos e benignos?
Tireoide
A PAAF é o melhor exame para diferenciar um nódulo benigno de um nódulo maligno.
V ou F?
Verdadeiro!
Deve ser solicitada após realização de USG de tireoide, se TIRADS 3 ou mais (depende do tamanho -> > 2,5 cm no III; > 1,5 cm no IV; e > 1 cm no V).