Casos Clínicos Flashcards
Quais são as características (conceito, faixa etária mais frequente, sintomas) da patologia do caso clínico 1?
Arterite temporal:
1- Acometimento de grandes vasos, principalmente os ramos extracranianos da carótida.
2- Faixa etária: 50-75 anos.
3- Mais frequente no sexo feminino.
4- Cefaleia localizada de início recente.
5- Hipersensibilidade do escalpo.
6- Claudicação da mandíbula.
7- Dor e rigidez em cintura escapular e pélvica.
8- VHS aumentado (> 50).
9- Sintomas constitucionais.
CASO 1
Mulher, 68 anos, branca.
Crises recorrentes e intensas de cefaleia pulsatil de forte intensidade em regiões temporais, por vezes com irradiação para o escalpo.
Episódios de barramento visual na vigência das crises.
Sensação febril, perda de 4 kg no último mês e dor e rigidez articular em ombros.
Fraqueza mandibular à mastigação.
Ao exame físico, dor e endurecimento de artérias temporais e mucosas hipocoradas.
VHS 70 mm.
PCR 22.
Anemia normocítica e normocrômica.
Qual é o tratamento indicado?
Corticoide.
Arterite de células gigantes (= temporal) -> RESPOSTA DRAMÁTICA A CORTICOIDE!
CASO 2
Homem, 55 anos, pardo.
Anorexia, emagrecimento, sensação febril há 3 meses.
Artrite de mãos.
Dispnéia aos pequenos esforços e hemoptise há 2 meses.
Hematúria macroscópica há 1 mês e redução do volume urinário.
Disestesias e lesões arroxeadas na perna.
Ao exame, palidez de mucosas, crepitantes em velcro em bases, púrpura palpável em pernas.
Anemia microcítica.
p-ANCA presente.
PCR e VSG elevados.
Qual o diagnóstico desse paciente?
Poliangite microscópica.
CASO 3
Mulher, 25 anos, origem asiática.
Refere aftas orais e genitais recorrentes há dois anos, dolorosas e de difícil cicatrização.
Episódios de eritema ocular recorrente, lesões cutâneas tipo vesículas, artralgia se nódulos avermelhados e doloridos em braços.
Há duas semanas com cefaleia holocraniana, confusão mental e febrículas.
Ao exame, eritema ocular esq., discreta rigidez de nuca, lesões vesico-pustulares difusas e úlceras genitais profundas.
Quais condutas diagnosticas são necessárias nesse caso?
Doença de Behcet
O diagnóstico é basicamente clinico, mas são solicitados exames laboratoriais (descartar outras causas) e, em alguns casos, solicita-se o teste de Patergia.
LABORATORIAIS: inespecificos
TESTE DE PATERGIA: hiperatividade cutânea.
CASO 4
Homem, 50 anos, branco, origem polonesa.
Histórico de inúmeras IVAS e pneumonias.
Episódio de epistaxe, rinorreia, eplisclerites e conjuntivites nos últimos 6 meses.
Tosse seca, hemoptise e dispnéia aos médios esforços no último mês.
Ao exame, protuberância orbital esq., colapso da ponte nasal, intensa inflamação gengival, crepitante finos apicais.
Hematúria microscópica.
Creatinina 2,1
c-ANCA presente.
Qual o diagnóstico?
Granulomatose de Wegener.
CASO 5
Homem, 55 anos, pardo.
Febre baixa, emagrecimento 4kg, poliartralgias há 8 meses.
Parestesia em membros inferiores associada a nódulos ulcerados e cianose de alguns pododáctilos.
Portador de hepatite B.
Há 2 meses com dor abdominal tipo cólica de padrão pós-prandial.
VSG aumentado (80 mm/h)
TGO 86
HBsAg reagente
Anemia normocítica e normocrômica.
Qual o diagnóstico?
Poliartrite nodosa
CASO 6
Mulher, 31 anos, asiática.
Mal estar, astenia e emagrecimento de 8 kg nos últimos 6 meses.
Fraqueza e dor em MSE e dor em região cervical anterior esquerda.
Episódios hipertensivos nos últimos meses.
Artralgias em mãos de modo generalizado.
Dor à palpação do território carotídeo esquerdo, PA 160/50 em MSE e 120/70 em MSD. Sopro infraclavicular esq. e redução de pulsos braquial e radial esquerdos.
VSG e PCR elevados
Anemia discreta.
Plaquetas 820.000.
Arterite de Takayasu
CASO 7
Mulher, 35 anos, branca.
Crise de dispnéia associada a chiado no peito há 2 anos; sinusites de repetição.
Há 2 meses perda de força em pernas e os caídos. Redução da sensibilidade em não esquerda.
Histórico de inúmeros tratamentos para verminose por alteração no hemograma.
Ao exame, sibilância expiratório apical, anestesia em luva mão esquerda, paraparesia em membros inferiores.
Eosinofilia ao hemograma.
p-ANCA presente.
Síndrome de Churg-Strauss