Álcool Flashcards

1
Q

Prevalência do transtorno de uso de álcool

A

É o TUS mais comum.
Afeta 100 milhões de pessoas no mundo.

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2
Q

Espectro do uso não saudável…

A
  1. Uso com risco de consequências
  2. Uso que já teve consequências mas não o suficiente para diagnosticar TUS
  3. Uso com critérios de TUS
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3
Q

Uso de álcool nocivo para a saúde

A

Consumo de uma quantidade de álcool com risco de consequências à saúde do indivíduo, sem critérios de dependência

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4
Q

Consumo de álcool que representa risco à saúde

A

Homens abaixo de 65 anos: mais de quatro doses por dia ou 14 doses-padrão por semana em média

Mulheres de todas idades ou homens de 65 anos ou mais: mais de três doses por dia ou sete doses-padrão por semana em média

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5
Q

Uma dose-padrão de álcool…

A

14 gramas de etanol.
- 150 ml de vinho
- uma lata de cerveja
- uma dose de destilado

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6
Q

Uso em binge…

A

É aquele que eleva em 2 horas o álcool sérico para 0,08 mg/dL
- Para homens, 4 doses
- Para mulheres, 5 doses

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7
Q

Transtorno de uso de álcool

A

Padrão de uso levando a prejuízo ou sofrimento significativo.

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8
Q

Fatores de risco para o transtorno:

A
  • Gênero masculino
  • de 18 a 29 anos
  • Deficiência
  • Uso de outras substâncias
  • Transtorno de humor
  • Transtorno de personalidade
  • Trans
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9
Q

Genética

A

Tem um peso de 50% na patogênese do transtorno

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10
Q

Influências ambientais

A
  • Influência intra-familiar (exposição pré-natal ou padrão de criação)
  • Influência dos pares
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11
Q

Traços de personalidade associados

A
  • Neuroticismo
  • Impulsividade
  • Extroversão
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12
Q

Regulação de afeto positiva

A

Patogênese envolvendo ação do álcool em centros de recompensa

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13
Q

Regulação de afeto negativa

A

Patogênese envolvendo uso de álcool para alívio de afetos negativos.

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14
Q

Vulnerabilidade farmacológica

A

Patogênese envolvendo susceptibilidade individual a um padrão de uso com riscos.

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15
Q

Tendência ao desvio

A

Patogênese que envolve o uso de álcool como forma de desvio de normas sociais. Se inicia na infância. Déficit de socialização

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16
Q

Sinais e sintomas não inicialmente associados pelo paciente ao uso de álcool:

A
  • Distúrbios de sono
  • Refluxo
  • Hipertensão
  • Alteração de enzimas hepáticas
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17
Q

Clínica da intoxicação:

A
  1. Fala empastada
  2. Nistagmo
  3. Desinibição
  4. Descoordenação
  5. Marcha instável
  6. Hipotensão
  7. Taquicardia
  8. Prejuízo à memória
  9. Estupor
  10. Coma
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18
Q

Clínica da abstinência:

A
  • Tremores
  • Alucinações
  • Convulsões
  • Morte
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19
Q

Tempo de sintomas de abstinência

A

Surgem entre 4 a 72 horas desde a interrupção/redução.
Pico em dois dias.
Resolução em cinco dias.

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20
Q

História natural

A

Não há correlação estrita entre clínica em que o paciente se encontra e seu prognóstico em alguns anos.

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21
Q

Suicídio

A

Risco de tentativa de suicídio é de 7% para usuários frequentes de álcool (população geral 1%).
Em geral associado a contato recente (< 3 meses) com serviço de saúde

22
Q

Exame físico

A

Aumento hepático ou esplênico. Aranhas vasculares. Eritema palmar. Sinais de abstinência.

23
Q

Alterações de exames laboratoriais

A
  • AST e ALT aumentadas (2:1)
  • Macrocitose (VCM > 100)
  • gGT elevada
24
Q

Indicação de tratamento psicofarmacológico

A
  • Gravidade moderada a severa
  • Em conjunto com medidas psicossociais
  • Não deixar de fornecer ainda que o paciente não aceite medidas psicossociais
25
Q

Primeira linha de tratamento psicofarmacológico

A

Naltrexona e acamprosato

26
Q

Mecanismo de naltrexona

A

Bloqueio de receptores mu-opidoides. Redução da regulação de afeto positiva. Modulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, reduzindo consumo de álcool.

27
Q

Contraindicações de naltrexona

A
  • Uso de opioides (controle de dor).
  • Hepatite ou falência hepática
    Utilizar acamprosato
28
Q

Efeitos colaterais de naltrexona

A

Náusea, cefaleia, tontura.
Resolução após suspensão

29
Q

Exames no uso de naltrexona

A

Repetir enzimas hepáticas a cada seis meses.
Risco de elevação importante durante o uso.

30
Q

Dose de naltrexona

A

Em geral até 50 mg/dia diariamente.
Pode ser iniciado 25 mg/dia para checar tolerância.
Pode ser usado até 100 mg/dia.
Pode ser usado apenas SOS.

31
Q

Acamprosato

A

Disponível no Brasil apenas para importação. Deve ser iniciado durante período abstinente e mantido durante recaídas. Reduz consumo de álcool e reduz recaídas.

32
Q

Gestação

A

Deve ser manejada por especialistas. Não há evidências em relação a segurança de uso de medicações contra o álcool durante a gestação. Enfoque em medidas psicossociais. Mas em geral, se a abstinência não é atingida sem medicações, pode-se dizer que o risco de usá-las é menor que o risco de manter o uso de álcool.

33
Q

Segunda linha de tratamento psicofarmacológico

A

Dissulfiram: bom suporte social, meta de abstinência.
Topiramato: histórico de convulsões prévias

34
Q

Mecanismo de dissulfiram

A

Inibe a acetaldeído desidrogenase. O acúmulo de acetaldeído leva a eritema, sudorese, náuseas, vômitos, cefaleia, hipotensão, palpitações, dispneia.

35
Q

Contraindicação de dissulfiram

A

Doença coronária, psicose.

36
Q

Doses de dissulfiram

A

Iniciar com 250 mg/dia (1 cp tem 250 mg). Máximo de 500 mg/dia. Dose de manutenção 250 mg/dia (após 2 semanas)
Necessária abstinência de 48 horas para início.
Após interrupção da medicação, seu efeito pode permanecer por até 14 dias.
Melhores resultados se uso supervisionado.

37
Q

Indicação de topiramato

A

Epilepsia comórbida.
Falha ao uso de acamprosato e naltrexona. Segunda linha.

38
Q

Titulação de topiramato

A

Iniciar com 25 mg/dia. Progredir 25 mg/dia/semana. Manter 50 mg de noite, depois 50 mg pela manhã. A partir de 100 mg/dia, pode-se progredir de 50 em 50 mg. Alvo de até 300 mg/dia titulados ao longo de oito semanasU (150 cedo e 150 à noite).

39
Q

Uso de topiramato

A

Redução leve a moderada do consumo de álcool e prevenção de recaídas. Mau controle de fissura.

40
Q

Efeitos adversos de topiramato

A

Prejuízo cognitivo, lentificação, depressão, perda de peso, fadiga, tontura, parestesias.

41
Q

Combinação de medicações

A

Não bem pesquisado. Preferência de monoterapia.

42
Q

Abstinência supervisionada

A

Para pacientes com sintomas leves (CIWA-AR até 15) de abstinência ou sem história de psicose, delirium tremês ou convulsões durante abstinência, pode ser feita de maneira ambulatorial. De resto, o paciente deve ser internado para que seja monitorado adequadamente. São também indicações de internação comodidades complexas (infarto, insuficiência hepática ou renal etc). Ainda que o paciente tenha CIWA > 15 ele pode ser tratado ambulatorialmente caso recuse internação. Documentar detalhadamente o suporte do paciente e suas razões para negar a internação.

43
Q

Padrão de uso com menor risco de síndrome de abstinência

A
  • Uso em binge três vezes ou menos por semana
  • Uso nos últimos quatro semanas apenas
44
Q

Programando prescrição para abstinência programada

A

Além da dose fixa que dever ser fornecida para quatro dias, fornecer 5 doses extras para SOS. Orientar sobre os sinais e sintomas de abstinência, orientar quando utilizar SOS e o que pode ocorrer após tomada de SOS.

45
Q

Benzodiazepínicos de longa duração

A

São preferidos pois não sofrem variações muito importantes ao longo de sua ação, mantendo bom controle dos sintomas e com menor risco de rebote.

46
Q

Diazepam para SAA leve/moderada

A

Dia 1: diazepam 10 mg 6/6h
Dia 2: 8/8 h
Dia 3: 12/12h
Dia 4: 10 mg/dia

47
Q

Gabapentina para SAA leve

A

Indicada para CIWA-AR < 10.
Dia 1: Gabapentina 300 mg 6/6h
Dia 2: 8/8h
Dia 3: 12/12h
Dia 4: 300 mg/noite

48
Q

Kindling

A

Teoria segundo a qual, após sucessivas e repetidas SAAs, neurônios sofrem mudanças estruturais e bioquímicas de forma a piorar as SAAs a cada ocorrência. Isso é interrompido pela gabapentina.

49
Q

Efeitos colaterais de gabapentina

A

Tontura, lentificação, diarreia, ataxia, fadiga, fraqueza, náuseas e vômitos

50
Q

Suporte nutricional

A

Prescrever tiamina e ácido fólico aos pacientes cuja principal fonte calórica é o álcool.

51
Q

Entrevista motivacional

A

Mobiliza e tende à resolução de ambivalências em relação a mudança.

52
Q

Alcoólicos Anônimos

A

Grupo de ajuda mútua. Enfoque no suporte de pares, participação social e experiência espiritual. Dia-após-dia.

O médico pode ajudar o paciente a buscar o local mais próximo, agendar sua visita, identificar os horários que o paciente pode comparecer, pedir que o paciente conte como foi, desmistificar o AA (o paciente pode achar que é algo religioso ou que medicações não são usadas)