Aditivos zootécnicos melhoradores do desempenho Flashcards

1
Q

Definição de aditivos zootécnicos

A

Os aditivos zootécnicos são substâncias
incorporadas à alimentação dos animais de
produção com o objetivo de aumentar a
eficiência alimentar.
Os aditivos elevam a produtividade,
diminuem a mortalidade, modificam a
microbiota, diminuem os custos da
produção e aumentam a uniformidade
do plantel.

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2
Q

Antimicrobianos e seus usos

A

Os antimicrobianos podem ser usados com 4
diferentes objetivos: tratamento de processos
infecciosos, controle de infecções, prevenção ou
como aditivo para balancear a microbiota. As
doses e duração do tratamento variam.

os antimicrobianos aditivos
melhoram a qualidade da microbiota intestinal
e, consequentemente, a permeabilidade da
mucosa intestinal, facilitando a absorção de
nutrientes. Além disso, reduzem perdas
energéticas com resposta aos processos
inflamatórios intestinais.

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3
Q

Anabolizantes

A

Os anabolizantes são substâncias hormonais que
aumentam a retenção de nitrogênio e a
deposição de proteínas em tecidos musculares.
São usados para aumentar a massa
muscular em bovinos de corte, mas no
Brasil seu uso é proibido.
Para calcular o balanço nitrogenado, ou
a quantidade de nitrogênio retido,
devemos subtrair a quantidade de
nitrogênio perdida na urina e fezes da
quantidade usada no alimento.
Interagem com receptores nucleares de células
musculares, promovendo a regulação da
expressão gênica e aumentando a síntese de
proteínas.

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4
Q

Ionóforos

A

Os ionóforos são aditivos para bovinos que
visam o aumento da produção leiteira, mas
também são anticoccidianos na avicultura.
São a monenensina, lasalocida, narasina,
senduramicina e salinomicina.
Sua ação depende da seleção de bactérias
ruminais com consequente aumento da
produção do ácido propiônico, que origina
lactose e aminoácidos glicosídeos, os quais são
substratos do leite.

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5
Q

Questão da resistência bacteriana

A

A questão será analisada dentro de dois enfoques maiores: (1)
resíduos de antimicrobianos em alimentos e o possível aparecimento de resistência bacteriana no TGI humano;
e (2) aquisição de bactérias resistentes a partir de alimentos de origem animal. Será abordado cada um deles,
separadamente, por merecerem reflexões individuais.

Neste contexto, há evidências de que a exposição de um organismo a doses terapêuticas de antimicrobianos
administrados por tempo prolongado pode levar a uma perturbação da microbiota normal do TGI, com
repercussões no metabolismo de substâncias endógenas e exógenas e na suscetibilidade a patógenos como
Salmonella spp., Campylobacter e Escherichia coli. Este efeito, que é mais evidente quando o uso terapêutico
dos antimicrobianos é feito pela via oral, pode também desenvolver pressão de seleção sobre a microbiota
indígena do TGI, de tal maneira a aumentar o potencial para o desenvolvimento ou a aquisição de resistência a
esses antimicrobianos ou a outros do mesmo grupo ou que apresentam idêntico mecanismo de ação. Essa
observação confirmada por diversos pesquisadores leva obviamente à questão do possível impacto sobre a
microbiota do TGI humano dos resíduos de antimicrobianos usados em animais de produção.

De fato, o
uso por tempo prolongado de um antimicrobiano como aditivo pode exercer uma pressão de seleção de modo a
favorecer o aparecimento de cepas mutantes que não apenas resistem às suas ações, como também podem
transmitir a resistência a outras bactérias. Entretanto, devese
considerar que a ocorrência de uma infecção
causada por microrganismo resistente de origem animal depende de uma cadeia de eventos sucessivos,
conforme ilustrado na Figura 51.7. Linhagens resistentes da espécie capaz de causar infecção no homem
devem ser selecionadas nos animais tratados com antimicrobianos e, posteriormente, contaminar a carcaça
durante seu processamento no abatedouro. A bactéria precisa então sobreviver às condições de preparo do
alimento (p. ex., calor, condimentos) e às barreiras do sistema imunitário e do TGI humano, apresentando
característica de patogenicidade. Instalada a infecção no homem, o tratamento deverá requerer antibióticos do
mesmo grupo farmacológico para o qual as linhagens presentes nos animais haviam adquirido resistência,
resultando em insucesso terapêutico.

As bactérias resistentes sempre estarão presentes. Assim, o grande desafio que se apresenta é transformar
este problema de urgência crescente em outro que seja manejável. Há que se monitorar, prevenir e controlar o
desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos, fato que requer um esforço contínuo, discernimento e
colaboração entre vários profissionais dos setores público e privado, envolvendo a população como um todo e,
de maneira muito especial, os médicosveterinários,
os pecuaristas e as lideranças do Governo Federal. De
qualquer forma, é oportuno salientar que os seguintes princípios despontam como fundamentais para o
equacionamento da situação: (1) buscar uma delimitação clara entre aditivos e suplementos básicos, e entre
aditivos e medicamentos de uso veterinário para se evitar o uso incorreto; (2) providenciar uma lista negativa
das substâncias indesejáveis ou que representem risco à saúde humana; (3) instituir um guia com
recomendações claras ligadas ao uso de aditivos; (4) instalar um programa nacional de vigilância e
monitoramento da resistência bacteriana a antimicrobianos; (5) proceder a uma revisão das exigências relativas
ao registro de rações com ou sem aditivos, bem como dos suplementos destinados aos animais de produção;
(6) tornar obrigatório o uso de receituário veterinário com retenção da receita, para a prescrição de aditivos; (7)
empreender uma ampla discussão a respeito da conveniência da continuação do uso de antimicrobianos como
aditivos, buscandose
ao mesmo tempo alternativas tecnológicas para substituílos
o mais brevemente possível,
como, por exemplo, pelo uso de vacinas, prébióticos
ou probióticos.

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