2. Enxertos e Retalhos Flashcards

1
Q

Quais as caracterísricas dos enxertos?

A
  • Transferência de um tecido SEM vascularização própria de uma área doradora para uma área receptora.
  • A maioria dos enxertos decorrem da retirada total ou parcial da camada cutânea (epiderme e derme).
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2
Q

Qual a classificação dos enxertos quanto a origem?

A
  • Autoenxerto: mesmo indivíduo.
  • Isoenxerto: irmão gêmeo.
  • Aloenxerto (homoenxerto): outro indivíduo.
  • Xenoenxerto (heteroenxerto): outra espécie (ex.: tilápia).
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3
Q

Quais as fases de integração dos enxertos?

A
  • Embebição (1 a 2 dias): nutrição por difusão plasmática.
  • Inosculação (3 a 4 dias): alinhamento dos capilares no leito receptor (fase mais crítica).
  • Revascularização (5 a 7 dias): penetração vascular no enxerto e migração de fibroblastos.
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4
Q

Quais as condições essenciais para integração do enxerto?

A
  • Leito bem vascularizado.
  • Imobilização.
  • Ausência de infecção.
  • Ausência de coleções (hematomas e seromas).

Obs.: para garantir a imobilização do enxerto e as fases de inosculação e revascularização, pode-se usar o curativo de Brown.

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5
Q

Quais as principais causas de perda do enxerto?

A
  • Cisalhamento (principal).
  • Hematomas e seromas.
  • Infecção.
  • Desnutrição.
  • Leito mal vascularizado.
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6
Q

Quais os cuidados com o curativo do enxerto?

A
  • Só abir com 5 dias.
  • Manter hidratação (ex.: óleo de girassol).
  • Proteção solar.
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7
Q

O que é a contração primária do enxerto?

A
  • Acontece imediatamente após a retirada da área doadora.
  • Direramente proporcional ao número de fíbras elásticas e espessura do enxerto.
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8
Q

O que é a contração secundária do enxerto?

A
  • Ocorre após incorporação na área receptora.
  • Depende da fase de maturação durante a cicatrização e ação dos miofibroblastos.
  • Inversamente proporcional a quantidade de fibras elásticas e espessura do enxerto.
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9
Q

Qual a indicação do uso de enxertos?

A

Reconstrução de defeiros cutâneos (ex.: queimaduras, perdas teciduais, etc).

Obs.: os enxertos podem ser em malha, o que expande a área coberta (bom para pacientes com poucas áreas doadoras).

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10
Q

Quais as contraindicações do uso de enxertos?

A
  • Cobertura de tecidos nobres (ex.: ossos, músculos, tendões, etc).
  • Feridas mal vascularizadas.
  • Áreas irradiadas por radioterapia.

Obs.: podem ser usados em periósteo!

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11
Q

Quais as características dos enxerto de pele parcial?

A
  • Apresentam a epiderme e parte VARIÁVEL da derme.
  • Integração mais fácil na área doadora.
  • Maior oferta de tecido disponível (podendo ser recoletado na mesma área).
  • Pior efeito estético.
  • Apresenta MENOR contração primária, mas MAIOR contração secundária.

Obs.: é mais indicado para queimaduras e defeitos extensos.

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12
Q

Quais as características dos enxerto de pele total?

A
  • Apresentam a epiderme e TODA a derme (com anexos cutâneos, que facilitam a epitelização).
  • Maior risco de não-adesão na área doadora.
  • Menor oferta de tecido disponível (necessidade de suturar a área doadora).
  • Melhor efeito estético.
  • Apresenta MENOR contração secundária, mas MAIOR contração primária.

Obs.: é mais indicado para áreas nobres (ex.: face) e pequenas.

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13
Q

Quais as características dos retalhos?

A

Transferência de tecidos COM suprimento sanguíneo próprio de uma área doadora para uma área receptora.

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14
Q

Quais as indicações do uso dos retalhos?

A
  • Cobertura de estruturas nobres (ex.: ossos, vasos, vísceras, etc).
  • Defeitos mal vascularizados.
  • Proeminências ósseas.
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15
Q

Qual a classificação dos retalhos quanto a vascularização?

A
  • Randômica: aleatória pelo plexo subdérmico (ex.: avanço, rotação, zetaplastia e V-Y).
  • Axial: por um pedículo vascular ao longo do eixo maior do retalho (ex.: mediofrontal).
  • Microcirúrgica: anastomose vascular por técnica de magnificação (ex.: DIEP).
  • Perfurante: ramo vascular que irriga angiossomos.

Obs.: angiossomos são áreas da pele irrigadas por um ramo vascular.

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16
Q

Quais as características do retalho microcirúrgico?

A
  • Transferência de tecido com pedículo próprio e confecção de anastomose vascular e nervosa na área receptora (à distância).
  • Os mais comuns são os de músculo reto abdominal e grácil.
  • São os retalhos mais complexos de se realizar e com maior tempo cirúrgico.
  • As principais causas de insucesso são trombose venosa (principal), anastomoses laterais e vasos com calibres diferentes.
17
Q

Quais a principais complicações do retalho microcirúrgico?

A
  • Trombose arterial: retalho pálido, com enchimento lentificado e sangramento lento ou ausente.
  • Trombose venosa: retalho escurecido, com turgor aumentado e sangramento escuro abundante.

Obs.: o tratamento dessas complicações é cirúrgico!

18
Q

Qual a classificação dos enxertos quanto a proximidade da lesão?

A
  • Local: adjacente a lesão (mesma borda).
  • Regional: no mesmo membro.
  • A distância: pediculados ou microcirúrgicos.
19
Q

Qual a classificação dos retalhos quanto à composição?

A
  • Simples: um único tipo de tecido (ex.: retalho cutâneo).
  • Composto: dois ou mais tipos de tecido (ex.: miocutâneo).
20
Q

Qual a classificação dos retalhos quanto ao modo de transferência?

A
  • Avanço: avanço do retalho sobre uma ferida (ex.: V-Y).
  • Rotação: rotação do retalho sobre o próprio eixo para cobrir uma ferida.
  • Transposição: zetaplastia.
  • Interpolação: ponte sobre uma região de pele sã (ex.: mediofrontal).
21
Q

Qual a classificação de Mathes-Nahai para a vascularização de retalhos musculares?

A
  • Tipo I: apenas por 1 pedículo.
  • Tipo II: pedículo dominante com pedículos segmentares NÃO suficites para nutrição.
  • Tipo III: dois pedículos dominantes.
  • Tipo IV: múltiplos pedículos segmentares (é o pior).
  • Tipo V: pedículo dominante com pedículos segmentares SUFUCIENTES para a nutrição (é o melhor).
22
Q

Qual a classificação de Mathes e Nahai para retalhos fasciocutâneos?

A
  • Tipo A: perfurante corre a partir de região periférica.
  • Tipo B: perfurante é septo cutânea (corre entre 2 músculos).
  • Tipo C: perfurante passa através do tecido muscular.
23
Q

Quais as principais formas de preparação de um retalho?

A
  • Autonomização.
  • Expansão.
24
Q

Quais as características da autonomização de um retalho?

A
  • Processo permanente e irreversível de aumento da vascularização de um tecido antes de sua transferência para a área doadora.
  • Feito com incisões parciais pelo retalho, gerando isquemia e estímulo a angiogênese (abertura de choke vessels).
  • Reduz o risco de necrose do retalho.

Obs.: o ideal é operar após 2 a 3 semanas de autonomização do retalho.

25
Q

Quais as características da expansão tecidual de retalhos?

A
  • Forma de autonomização onde se coloca um expansor que aumenta a área e a vascularização do retalho.
  • Indicado na reconstrução tardia de grandes áreas.
  • Não pode ser colocado em feridas abertas (expansor exposto) ou infectadas.
26
Q

Quais as alterações induzidas pela expansão tecidual do retalho?

A
  • Aumento da espessura da epiderme.
  • Afinamento da derme.
  • Atrofia da gordura (irreversível), musculatura e osso.
  • Aumento da vascularização por angiogênese (VEGF).
27
Q

Quais as complicações da expansão tecidual do retalho?

A
  • Exposição do expansor: retirar o expansor e avanço do retalho expandido.
  • Infecção: antibioticoterapia.
28
Q

Quais os principais retalhos no tratamento das úlceras de pressão sacrais?

A
  • Lombossacro transverso: retalho de rotação.
  • Limberg: cobertura de defeitos romboides.
  • V-Y: retalho de avanço.
29
Q

Quais as características do retalho TRAM?

A
  • Retalho miocutâneo tipo III formado pelo músculo reto abdominal e pele do hipogástrio.
  • Nutrido pelos vasos epigástricos superiores.
  • Utilizado nas reconstruções mamárias.

Obs.: o retalho mais utilizado para reconstrução mamária é o DIEP (fasciocutâneo tipo C).